"Como já havia deixado claro em seu livro sobre estética, ainda nos anos 1970, não fica em cima do muro. Não é um eclético, toma partido, defende sua posição. É radical na defesa do que considera popular e nacional, bate de frente nas concepções neoliberais, acredita num futuro não-capitalista e não deixa de manifestar opiniões discordantes sobre valores estéticos em moda na arte e na cultura.
Paraibano, instalou seu fortim em Pernambuco e dedicou-se a entender a cultura da região nordestina e construir suas recriações a partir das manifestações populares autênticas. "Não sou um popular, defendo a arte popular, recrio sobre ela, assim como recrio sobre o erudito, busco o nacional".Grande parte de sua obra está esgotada, como o antológico Romance d' A Pedra do Reino ou o Príncipe do Vai e Volta (1971) ou Iniciação à Estética (1975). Começou a publicar com Uma Mulher Vestida de Sol em 1947, e está longe de requerer aposentadoria, como indica seu mais recente e ousado projeto." (Enio Lins, no texto da entrevista a ele concedida por Ariano Suassuna, na Revista Princípios número 51).
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