31 março 2013

Minha entrevista ao Jornal do Commercio deste domingo

No Jornal do Commercio:
“PCdoB jamais teve apoio automático”
Débora Duque

Vice-prefeito do Recife e uma das principais lideranças do PCdoB em Pernambuco, Luciano Siqueira nega o “desconforto” do partido diante da possível candidatura presidencial do governador Eduardo Campos (PSB). Como argumento, sustenta que a legenda permanece como aliada estratégica tanto do PT como do PSB, mas alerta que o apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) não está garantido. Ao mesmo tempo, Siqueira não só demonstra compartilha das mesmas preocupações do governador sobre os rumos da economia do País, como reconhece a legitimidade do projeto socialista.

JC - O PCdoB sempre foi um aliado do PT e do PSB. Com a movimentação nacional do governador Eduardo Campos (PSB), como fica o partido em relação à disputa presidencial de 2014?
LUCIANO SIQUEIRA – Não há problema, nem dificuldade. O pleito para Presidência só será em 2014. O PCdoB é aliado estratégico do PT e do PSB. Aliás, o PCdoB é o único partido que marcha com todos desde 1989. E essa é uma decisão que não cabe a nós tomar, se o PSB vai ter candidato ou não. Além do que é um assunto que só será discutido no ano que vem. Não tem nenhuma razão para falar sobre isso agora.

JC – O PCdoB deve apoiar a candidatura de Dilma à reeleição?
SIQUEIRA – Repito, a decisão será tomada em 2014. O PCdoB não tem nenhuma razão para agir de outra forma. Vai continuar a contribuir, como vem contribuindo para o êxito do governo. O fato real e concreto é que a presidente Dilma governa o País, o PCdoB é aliado do PT e faz parte do governo. Somos um interlocutor frequente da presidente Dilma. Está de acordo com os rumos que o país vem tomando. Quanto às eleições do ano que vem, tomaremos a decisão no momento apropriado.

JC – Então não há um alinhamento automático à reeleição da presidente?
SIQUEIRA – Alinhamento automático o PCdoB jamais teve em 91 anos de história. Agora, ao mesmo tempo, o partido prima pela lealdade como uma regra de ouro na convivência política.

JC – Existe a possibilidade de o partido apoiar a candidatura do governador Eduardo Campos (PSB)?
SIQUEIRA -O partido tem experiência suficiente para só examinar as coisas quando elas de fato se concretizam. Existe uma hipótese posta pelo PSB e não podemos interferir nesse assunto. Agora, se você me pergunta, tanto eu acho que o PSB é um firme aliado do governo Dilma como acho que é um direito que o partido tem de especular sobre a hipótese de candidatura de Eduardo, e nós nos mantemos na posição de aliado estratégico tanto do PT como do PSB. Não há nenhum desconforto. Estamos muito mais voltados a ajudar que a economia volte a crescer num padrão correspondente às necessidades da população. Quando Eduardo se manifesta em favor de um melhor desempenho da economia, ele fala a mesma linguagem da presidente Dilma. Durante todos esses anos, nós do PCdoB discutimos política macroeconômica, nível de juros e isso jamais significou constrangimento para o governo.

JC – Por que não havia nenhum representante do partido na visita que a presidente
Dilma Rousseff (PT) fez à Serra Talhada na última segunda-feira (25)?
SIQUEIRA – Foi uma questão de agenda. Estávamos todos na reunião do comitê central do partido, em São Paulo. Daqui de Pernambuco, foram seis companheiros. A deputada Luciana Santos, eu, o prefeito de Olinda, Renildo Calheiros, o secretário Marcelino Granja e o presidente estadual do partido, Alanir Cardoso.
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