09 junho 2013

Mais civis na carreira militar

Mobilidade social na formação do oficialato pode contribuir para que as forças armadas reflitam o perfil do povo brasileiro. Esse pode ser o sentido do fenômeno registrado pelo Valor Econômico. Em 1998, 51,3% dos alunos da Aman (Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em Resende, Rio de Janeiro eram filhos de militares. No ano passado, eram 45%. Os filhos de civis chegaram a ser 78,1% em 2007, depois de extinta a obrigatoriedade de reserva de vagas para descendentes de militares. A participação de cadetes com famílias de renda entre 6 e 10 salários mínimos caiu de 47% em 2007 para 44,8% em 2011, enquanto houve um aumento de 21,1% para 23% dos oriundos de famílias com renda entre 2 e 5 salários mínimos. A origem geográfica reflete, de certo modo, o fator renda. Há décadas os cadetes da Aman são, em grande maioria, do Sudeste, mas a dimensão desse predomínio tem mudado: em 2007, os nordestinos eram 17,57%; hoje, são 32,99%.

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