Uma conversa puxa outra
Luciano
Siqueira, no portal Vermelho
As pretensões são modestas, mas os resultados têm sido significativos. A Roda de Conversa que realizamos no Recife a cada quinze dias, no Bar Retalhos - um bate papo descontraído, em que atuo como "animador" da discussão - ocorre com tema livre ou, em alguns casos, com tema específico, mas sempre cabe tudo.
Termina que todos os caminhos dão na bodega, como diz o nosso povo. De um problema crucial da cidade, como a mobilidade e a qualidade do transporte coletivo, ao padrão de investimento público atual no País, a conversa visita muitos temas conexos. E com frequência ressalta a necessidade das reformas estruturais democráticas, a correlação de forças, aspectos táticos essenciais da nossa luta; e mesmo referências históricas e teóricas que ajudam a compreender os problemas atuais.
À luz da compreensão dialética do conhecimento, de um modo muito simples e de fácil compreensão, os participantes exercitam a percepção de que, na verdade, tudo se relaciona e é possível, a partir de falas diversas e aparentemente desencontradas, construir um raciocínio comum sobre os temas que afloram. Nem sempre convergente, diversas vezes com uma boa dose de polêmica.
Cá com meus botões, confesso que o Programa Socialista e as orientações táticas do PCdoB - que tomo como referência na condução do bate papo - se constituem em norte seguro e esclarecedor. E aqui e acolá, o recurso à base teórica que nos dá lastro.
Isto sem raciocínios simplistas, mecanicistas ou dogmáticos; e procurando levar o debate até onde parecer ser, a cada encontro, o alcance do grupo reunido.
Uma experiência interessante, pela qual já passaram quase setecentas pessoas, vez que a cada reunião formam-se espontaneamente grupos heterogêneos, alguns participantes "veteranos" e a maioria gente que comparece pela primeira vez.
Por que faço o registro aqui?
Porque, a meu juízo, trabalhar com o Programa Socialista no cotidiano implica muitas formas de debate e de abordagem dos problemas concretos postos na ordem do dia. No sindicato, no grêmio ou diretório acadêmico, na associação comunitária, nos fóruns diversos do movimento democrático e em encontros informais, como a nossa Roda de Conversa.
Implica, sobretudo, lastrear a tomada de posição sobre questões locais ou nacionais à luz do projeto estratégico.
O que contrasta com a inapetência de alguns, pouco afeitos ao debate aberto e sujeito a críticas e questionamentos "fora do esquadro" e muito afeitos à simples repetição acrítica do que julgam assimilar como sendo a orientação partidária. Ou seja, mais tendentes ao puro e simples doutrinarismo do que à análise concreta da situação concreta, teórica e programaticamente fundamentada.
Em "Que fazer?", Lênin já nos indicava a necessidade de partir do fato imediato, muitas vezes aparentemente sem nexo com outros fatos relevantes, relacioná-lo com a questão nacional e situá-lo, assim, como objeto da luta transformadora.
Essa relação entre o particular e o geral, portanto, mostra-se indispensável à formação de uma consciência social avançada e à capacitação política de antigos e novos lutadores.
As pretensões são modestas, mas os resultados têm sido significativos. A Roda de Conversa que realizamos no Recife a cada quinze dias, no Bar Retalhos - um bate papo descontraído, em que atuo como "animador" da discussão - ocorre com tema livre ou, em alguns casos, com tema específico, mas sempre cabe tudo.
Termina que todos os caminhos dão na bodega, como diz o nosso povo. De um problema crucial da cidade, como a mobilidade e a qualidade do transporte coletivo, ao padrão de investimento público atual no País, a conversa visita muitos temas conexos. E com frequência ressalta a necessidade das reformas estruturais democráticas, a correlação de forças, aspectos táticos essenciais da nossa luta; e mesmo referências históricas e teóricas que ajudam a compreender os problemas atuais.
À luz da compreensão dialética do conhecimento, de um modo muito simples e de fácil compreensão, os participantes exercitam a percepção de que, na verdade, tudo se relaciona e é possível, a partir de falas diversas e aparentemente desencontradas, construir um raciocínio comum sobre os temas que afloram. Nem sempre convergente, diversas vezes com uma boa dose de polêmica.
Cá com meus botões, confesso que o Programa Socialista e as orientações táticas do PCdoB - que tomo como referência na condução do bate papo - se constituem em norte seguro e esclarecedor. E aqui e acolá, o recurso à base teórica que nos dá lastro.
Isto sem raciocínios simplistas, mecanicistas ou dogmáticos; e procurando levar o debate até onde parecer ser, a cada encontro, o alcance do grupo reunido.
Uma experiência interessante, pela qual já passaram quase setecentas pessoas, vez que a cada reunião formam-se espontaneamente grupos heterogêneos, alguns participantes "veteranos" e a maioria gente que comparece pela primeira vez.
Por que faço o registro aqui?
Porque, a meu juízo, trabalhar com o Programa Socialista no cotidiano implica muitas formas de debate e de abordagem dos problemas concretos postos na ordem do dia. No sindicato, no grêmio ou diretório acadêmico, na associação comunitária, nos fóruns diversos do movimento democrático e em encontros informais, como a nossa Roda de Conversa.
Implica, sobretudo, lastrear a tomada de posição sobre questões locais ou nacionais à luz do projeto estratégico.
O que contrasta com a inapetência de alguns, pouco afeitos ao debate aberto e sujeito a críticas e questionamentos "fora do esquadro" e muito afeitos à simples repetição acrítica do que julgam assimilar como sendo a orientação partidária. Ou seja, mais tendentes ao puro e simples doutrinarismo do que à análise concreta da situação concreta, teórica e programaticamente fundamentada.
Em "Que fazer?", Lênin já nos indicava a necessidade de partir do fato imediato, muitas vezes aparentemente sem nexo com outros fatos relevantes, relacioná-lo com a questão nacional e situá-lo, assim, como objeto da luta transformadora.
Essa relação entre o particular e o geral, portanto, mostra-se indispensável à formação de uma consciência social avançada e à capacitação política de antigos e novos lutadores.
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