O mundo do trabalho fala
Luciano
Siqueira, no Blog da Folha
Tempo complexo - confluência de desequilíbrios econômicos, políticos e institucionais, ameaça de quebra da ordem democrática.
Tempo difícil, sobretudo para os que vivem do trabalho. Empregos são dizimados a cada dia, desespero de quem é demitido, desesperança de quem deseja entrar agora no mercado.
A par do ajuste fiscal, por natureza restritivo e doloroso, no caldo de cultura da queda de encomendas externas, da crise hídrica e energética e das pressões inflacionárias, a persistência de uma política de juros que nem serve à contenção inflacionária, e muito menos estimula os investimentos produtivos.
Neste cenário, mais do que oportuna a manifestação das centrais sindicais, hoje, por ocasião da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) para definir a taxa de juros.
Novo aumento será desastroso. Pressionar é preciso.
É o que fazem agora, em São Paulo, as centrais CTB, CUT, Força Sindical, UGT, Nova Central e CSB em frente ao prédio do Banco Central, e na sede do Banco em Brasília.
Atualmente, a taxa Selic está em 13,75% ao ano. Uma das maiores taxas de juros do mundo!
Em nota, as centrais advertem que essa política de juros estratosféricos "derruba a atividade econômica, deteriora o mercado de trabalho e a renda, aumenta o desemprego e diminui a capacidade de consumo das famílias e, mais, reduz a confiança e os investimentos dos empresários, o que compromete a capacidade de crescimento econômico futuro".
Neste instante da vida nacional em que "se belisca azulejo", como se diz em situações difíceis, há duas questões que podem e devem motivar uma ampla convergência social e política: a manutenção da ordem democrática e a retomada do crescimento econômico.
É como que fazer a nação "respirar", sem prejuízo das discrepâncias e da luta política própria da democracia, mas em condições de enfrentar os desafios que se põem na ordem do dia.
As centrais sindicais, com o gesto de hoje, dão a sua contribuição.
O mesmo deviam fazer os chamados "setores produtivos", que não vivem essencialmente da usura e precisam de ambiente favorável a novos investimentos. Com o mesmo ímpeto que reclamam da política tributária e patrocinam o "impostômetro", bem que deveriam instituir o "jurômetro" para denunciar a drenagem criminosa de parte substancial da poupança nacional para banqueiros e rentistas.
O Brasil é imensamente maior do que a crise. E dela sairá via mobilização real de todos os que desejam a retomada do desenvolvimento soberano e inclusivo.
Tempo complexo - confluência de desequilíbrios econômicos, políticos e institucionais, ameaça de quebra da ordem democrática.
Tempo difícil, sobretudo para os que vivem do trabalho. Empregos são dizimados a cada dia, desespero de quem é demitido, desesperança de quem deseja entrar agora no mercado.
A par do ajuste fiscal, por natureza restritivo e doloroso, no caldo de cultura da queda de encomendas externas, da crise hídrica e energética e das pressões inflacionárias, a persistência de uma política de juros que nem serve à contenção inflacionária, e muito menos estimula os investimentos produtivos.
Neste cenário, mais do que oportuna a manifestação das centrais sindicais, hoje, por ocasião da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) para definir a taxa de juros.
Novo aumento será desastroso. Pressionar é preciso.
É o que fazem agora, em São Paulo, as centrais CTB, CUT, Força Sindical, UGT, Nova Central e CSB em frente ao prédio do Banco Central, e na sede do Banco em Brasília.
Atualmente, a taxa Selic está em 13,75% ao ano. Uma das maiores taxas de juros do mundo!
Em nota, as centrais advertem que essa política de juros estratosféricos "derruba a atividade econômica, deteriora o mercado de trabalho e a renda, aumenta o desemprego e diminui a capacidade de consumo das famílias e, mais, reduz a confiança e os investimentos dos empresários, o que compromete a capacidade de crescimento econômico futuro".
Neste instante da vida nacional em que "se belisca azulejo", como se diz em situações difíceis, há duas questões que podem e devem motivar uma ampla convergência social e política: a manutenção da ordem democrática e a retomada do crescimento econômico.
É como que fazer a nação "respirar", sem prejuízo das discrepâncias e da luta política própria da democracia, mas em condições de enfrentar os desafios que se põem na ordem do dia.
As centrais sindicais, com o gesto de hoje, dão a sua contribuição.
O mesmo deviam fazer os chamados "setores produtivos", que não vivem essencialmente da usura e precisam de ambiente favorável a novos investimentos. Com o mesmo ímpeto que reclamam da política tributária e patrocinam o "impostômetro", bem que deveriam instituir o "jurômetro" para denunciar a drenagem criminosa de parte substancial da poupança nacional para banqueiros e rentistas.
O Brasil é imensamente maior do que a crise. E dela sairá via mobilização real de todos os que desejam a retomada do desenvolvimento soberano e inclusivo.
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