Crescimento econômico com redução da pobreza
Luciano Siqueira
Até bem pouco tempo não eram poucos os analistas que asseveravam a inexorabilidade da concentração de renda (e conseqüente empobrecimento da maioria) como componente de uma economia como a nossa, de país em desenvolvimento. Isso dentro de uma lógica que parecia intransponível, a da submissão ao capital financeiro em detrimento do incremento da produção. Mais: na economia mundial globalizada como hoje se apresenta – diziam – não há como escapar dessa lógica.
Os números divulgados ontem pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) acerca da redução do nível de pobreza atestam o contrário. É possível o crescimento econômico com distribuição de renda e valorização do trabalho.
Segundo o IPEA, três milhões de brasileiros deixaram de ser pobres nos últimos seis anos nas seis principais regiões metropolitanas do país, o que equivale a uma diminuição de 8,8 pontos percentuais na pobreza. Os dados se referem às regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Salvador, Belo Horizonte e Porto Alegre.Na verdade, trata-se de uma tendência decorrente da retomada do crescimento econômico, da elevação do valor real do salário mínimo e de ações de governo. O número de pobres era de 14,3 milhões em 2002, subiu para 15,4 milhões em 2003 e desde então vem caindo, tendo chegado a 11,3 milhões neste ano.
Percentualmente isso significa que os o pobres eram 32,9% em 2002, 35% em 2003 e desde então vêm caindo progressivamente até os atuais 24,1%.
Luciano Siqueira
Até bem pouco tempo não eram poucos os analistas que asseveravam a inexorabilidade da concentração de renda (e conseqüente empobrecimento da maioria) como componente de uma economia como a nossa, de país em desenvolvimento. Isso dentro de uma lógica que parecia intransponível, a da submissão ao capital financeiro em detrimento do incremento da produção. Mais: na economia mundial globalizada como hoje se apresenta – diziam – não há como escapar dessa lógica.
Os números divulgados ontem pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) acerca da redução do nível de pobreza atestam o contrário. É possível o crescimento econômico com distribuição de renda e valorização do trabalho.
Segundo o IPEA, três milhões de brasileiros deixaram de ser pobres nos últimos seis anos nas seis principais regiões metropolitanas do país, o que equivale a uma diminuição de 8,8 pontos percentuais na pobreza. Os dados se referem às regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Salvador, Belo Horizonte e Porto Alegre.Na verdade, trata-se de uma tendência decorrente da retomada do crescimento econômico, da elevação do valor real do salário mínimo e de ações de governo. O número de pobres era de 14,3 milhões em 2002, subiu para 15,4 milhões em 2003 e desde então vem caindo, tendo chegado a 11,3 milhões neste ano.
Percentualmente isso significa que os o pobres eram 32,9% em 2002, 35% em 2003 e desde então vêm caindo progressivamente até os atuais 24,1%.
O IPEA considera pobre o indivíduo que tem renda mensal de até meio salário mínimo (R$ 207,50). Rico, segundo a pesquisa, é aquele indivíduo pertencente a famílias cuja renda mensal é igual ou superior a 40 salários mínimos (R$ 16.600).
Mas há um detalhe no estudo do IPEA que merece ser mencionado. Diminui a pobreza, porém os trabalhadores ainda não conseguem a sua parte nos ganhos de produtividade, que continuam apropriados fundamentalmente pelos detentores dos meios de produção, ou seja, os que acumulam mais riqueza.
O contraste certamente está na base do incremento das atividades sindicais – típicas da fase de crescimento da economia – no sentido de alcançarem um “encontro de contas” com o empresariado. Este é outro dado da atual conjuntura a ser acompanhado com atenção.
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