03 maio 2009

Imprensa perde Maurício Coutinho

Blog da Folha:
Câncer tira Maurício Coutinho do batente
. A Imprensa pernambucana perdeu um pouco do seu brilho ontem. Após uma intensa batalha contra um câncer no fígado, o repórter fotográfico Maurício Coutinho faleceu por volta das 3h30 deste sábado, no Hospital Albert Sabin, em decorrência de uma insuficiência respiratória e cerebral. Coutinho havia sido internado em meados do mês de abril com dores abdominais, porém, após uma série de exames foi diagnosticada cirrose hepática que evoluiu para um câncer de fígado, já sem possibilidade de cura. O sepultamento do repórter fotográfico foi realizado ainda neste sábado, às 17h, no cemitério Parque das Flores, no bairro do Sancho, Recife.
. Nascido em 19 de março de 1945, no Recife, Maurício Coutinho começou a atuar como repórter fotográfico há mais de 40 anos. Um dos seus primeiros trabalhos foi na assessoria de comunicação da Rede Ferroviária Federal S/A, atual Metrorec. Mas foi no final da década de 60, quando passou a integrar a equipe fotográfica do Diario de Pernambuco, que conquistou espaço no mercado fotográfico. Paralelamente, alguns anos mais tarde, iniciou prestação de serviço para a assessoria de comunicação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), efetivado logo após passar no concurso da instituição. Em 2001, Coutinho ingressou na editoria de Fotografia da Folha de Pernambuco. Com uma energia e alegria de fazer inveja a muitos jovens da redação, ele se tornou presença constante nas festas e confraternizações, mas era no Carnaval, como rei do bloco Imprensa que Vai, que ele demonstrava todo seu carisma.
. Na família, sua imagem também era de um homem alegre e querido por todos. Coutinho foi casado com Adeílda durante 38 anos. Juntos, tiveram Diógenes, 35, e Adriana, 25, mãe de Maria Alice, considerada o grande xodó do avô. “Maurício deixa uma Imprensa mais pobre, feia, sem suas fotos. Ele era um profissional extremamente dedicado, um pai de família exemplar, um marido nota dez. Atualmente, sua loucura, além do trabalho, era nossa netinha. Vai ser difícil tocar a vida daqui para frente sem a presença dele”, resumiu a esposa.

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