21 agosto 2015

Nas ruas, com esperança

Um dia de luta

Pedro Caldas Ramos*, no Facebook

Hoje foi um dia daqueles de livro de história, dia importante, diferente do comum. Hoje foi um lindo dia, não no clima, não no céu, Hoje foi um dia de ruas vermelhas.
Estará nos livros dos meus filhos e dos seus que muitos defenderam a democracia, o seu voto, a presidente. Estavam insatisfeitos com o governo? Estavam! Mas insatisfação não justifica golpe (o que justifica?). Estavam ali não para defender cegamente o governo, mas para defender cegamente a democracia. Democracia defendida cegamente por alguns ali presentes, alguns que pintaram de vermelho os calabouços escuros.
“Aqui estão os que não morreram em 1964”, estão aqui hoje os que não vão deixar uma ditadura acontecer.
Vi no brilho dos olhos de muita gente esperança, amor e fé, mas vi, sobretudo, amor. Amor por essa grande nação de duzentos milhões de pessoas, amor por essa terra de luta, por essa terra de guerreiros tupis, escravos, sertanejos. Era amor que se sentia, amor daqueles que lutam, todos os dias, por esse país, que batem ponto, que suam e que agora depois de quase quinhentos anos têm voz.
Superamos a fome, a miséria, superaremos então, a crise política, econômica ou qualquer outra, pois somos guerreiros. Superaremos o ódio daqueles que não tremem com a miséria, pois somos vermelhos. Um dia lembraram aqueles que lutaram e lutaram, e lutarão pela democracia, homens e mulheres que não sucumbem à tirania.
Ao Governo pedimos que volte à esquerda e que trabalhe para o seu povo, pois esses sim são seus verdadeiros aliados.
*Estudante, 16 anos
Foto: LS
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