A tecnologia assistiva
Aldo
Rebelo, no portal Vermelho
Das
definições de Ciência, a mais humilde e generosa é a de que serve para aliviar
o sofrimento humano. A Medicina, principalmente, mas também qualquer outro ramo
do Conhecimento, na medida em que as descobertas científicas e invenções
tecnológicas atenuam os fardos da Humanidade e proporcionam uma vida amena.
Nesse conceito inscreve-se um
dos programas mais virtuosos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
(MCTI), o de Tecnologia Assistiva, que financia pesquisas e a produção de
recursos, serviços, equipamentos e procedimentos especiais para pessoas com
deficiência.
O Brasil tem uma enorme
clientela para essas inovações. Já em 2010, segundo o Censo do IBGE, 45,6
milhões, ou 24% da população, apresentavam algum tipo de deficiência – visual,
auditiva, motora e mental ou intelectual. O impacto é maior para os idosos e
pobres, entre os quais a deficiência tende a ser um desafio para as famílias.
Daí porque o Ministério incentiva pesquisas (existem 70 grupos em atividade no
País) que resultem em artefatos e serviços inovadores, mais acessíveis e
baratos, fabricados pela iniciativa privada.
Já foram criados ou
aperfeiçoados 1.500 produtos, que vão desde as clássicas próteses a talheres
adaptados, de vestuário especial a equipamentos fisioterápicos, de aplicativos
a jogos recreativos. O MCTI publica o “Catálogo Nacional de Produtos de
Tecnologia Assistiva” na internet: http://assistiva.mct.gov.br/index.php.
A tecnologia evoluiu de forma
espetacular desde que os primeiros mutilados de guerra exigiram a criação de
próteses e outros equipamentos para suplementar as deficiências adquiridas nos
seus ofícios. Hoje, fabricamos óculos que dão visão aos cegos, telefones que
possibilitam a comunicação de pessoas com deficiência na fala e na audição,
circuitos bioeletrônicos que restabelecem movimento dos paraplégicos.
Todos que participam dessa
cruzada solidária de apoio ou assistência aos deficientes têm orgulho de usar a
técnica para devolver a eles a arte de viver.
Leia mais sobre temas
da atualidade: http://migre.me/kMGFD
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