Virginia Barros*, no Facebook
Quem viu o circo de horrores montado no plenário da Câmara dos Deputados ontem certamente percebeu que não existem razões para o impeachment de Dilma: de um lado, aqueles que querem reeditar 1964 e votaram pelo seu impedimento justificando-o, basicamente, em "Deus, na família e na propriedade"; do outro lado, aqueles que justificaram seu "não" com base na Constituição Federal, na defesa democrática e no inquestionável fato de que não foi cometido nenhum crime de responsabilidade por parte da presidente Dilma.
Quem viu o circo de horrores montado no plenário da Câmara dos Deputados ontem certamente percebeu que não existem razões para o impeachment de Dilma: de um lado, aqueles que querem reeditar 1964 e votaram pelo seu impedimento justificando-o, basicamente, em "Deus, na família e na propriedade"; do outro lado, aqueles que justificaram seu "não" com base na Constituição Federal, na defesa democrática e no inquestionável fato de que não foi cometido nenhum crime de responsabilidade por parte da presidente Dilma.
Não me envergonho de ter pedido a votação quando no lado
vitorioso estavam Michel Temer, Eduardo Cunha, Jair Bolsonaro, Marco Feliciano,
Heráclito Fortes, Paulo Maluf e tudo o que eles representam de ruim para a
política e para o povo do nosso país. Jamais toparia comemorar algo, tão pouco
me somar a este sindicato de ladrões. Quem assistiu à sessão de ontem, percebeu
que o problema da política brasileira está muito mais na trágica e péssima
qualidade do Parlamento do que na presidente da República.
Aqueles que comemoram hoje não conhecem a força de
mobilização que nós temos do lado de cá. Atiçaram a onça com vara curta.
Estamos convictos de que nossa luta apenas começou: seguiremos nas ruas
resistindo - cedo ou tarde nossa vitória virá! E já diz o dito popular: quem ri
por último, ri melhor.
*Ex-presidente
da UNE, bacharel em Direito
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