22 abril 2016

A mão danosa da plutocracia

A coalizão do golpe
Eduardo Bomfim em seu blog

A votação do impeachment da presidente Dilma na Câmara dos Deputados foi o prólogo do golpe. Cabe aos democratas, às organizações sociais, intelectuais, sociedade civil, religiosos, juristas, etc., a luta pela legalidade, a democracia, a defesa do legítimo mandato da presidente da República.
No capítulo tenebroso da Câmara (a novela da desestabilização institucional vem de vários anos, bem antes das manifestações de 2013) o que assistimos no domingo são mais evidências para se entender a crise no Brasil.
Articulistas, economistas, cientistas políticos falaram, como tantos já o fizeram, através da mídia, especialmente alternativa, que há um centro de poder ditando os rumos do País.
Dizem “trata-se da elite plutocrática, bem menos que 1% da população. A coalizão do rentismo. Uma coalizão que opera com larga eficiência, desde a Avenida Paulista”.
A grande mídia, orientada pela plutocracia, age conforme o combinado junto à Avenida Paulista que por sua vez lidera setores retrógrados, ou recalcitrantes, na indústria, etc. Enquanto essa grande mídia golpista procura fazer a cabeça da sociedade, em especial extratos da classe média.
Os objetivos dessas castas são a privatização das riquezas do Pré-Sal para grupos multinacionais estrangeiros, dos serviços públicos como saúde e previdência social, desmonte das históricas conquistas trabalhistas, internacionalização das riquezas estratégicas do Brasil etc., etc. É o republicanismo de compadres, para eles mesmos.
Eduardo Cunha com seus 179 lanceiros processados, junto à maioria dos deputados, com o vice Michel Temer que se arvora presidente indireto e nunca passou de 1% das intenções de votos no País, são peças para a missão de coalizão articulada pela plutocracia predadora com a mídia golpista.
Mas não esperavam que as organizações sociais, amplos segmentos da sociedade civil, artistas, democratas, jornalistas, juristas se erguessem pela democracia e a nação.
Já um hipotético governo Temer, Cunha, se imposto ao povo, iria restar em pouco tempo rejeitado pelo País, gestando uma encruzilhada institucional.
A nação já passou por desafios mais dramáticos e superou-os. Aos democratas e às novas gerações continuem lutadores, atentos e fortes. O Brasil é maior que plutocratas e figuras de ocasião logo desprezadas pela História.

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