Luciano Siqueira
Vivendo e aprendendo. Não é
isso que a gente escuta desde criancinha? E é verdade.
Eu mesmo não aprendo mais
porque meu interesse é seletivo, ainda que me considere extremamente volúvel em
termos de curiosidade.
Há tanta coisa que sabem e
afirmam e só fico sabendo por algum acaso...
Costumo dizer que devia ter
nascido em meados do século 19, quando se podia ler e aprender sobre muitos ramos
do conhecimento e realmente dominar algo.
Nesta quadra do século 20, o
conhecimento humano se atualiza em tempo real, segundo a segundo. Em todas as
áreas.
Na medicina este é uma
verdade absoluta.
Certa vez encontrei um amigo
médico, meu contemporâneo de faculdade, recém-chegado de um Congresso
internacional de gastrenterologia, que me sentenciou:
- Esqueça tudo o que você
acha que sabe sobre úlcera péptica duodenal.
- Como assim?
- A ciência, meu velho, já
fez e desfez muitas teorias. Tem muita novidade na área...
Se desde muito jovem aprendi
a considerar minhas próprias limitações e jamais me arvorei profundo conhecedor
de nada, aí é que me convenci de que sempre me informo sobre muitos temas, mas
dominá-los não os domino nenhum...
Pior quando me refiro a algo
que jamais experimentei
De maconha, cocaína, LSD e
que tais, por exemplo, só sei o que me disseram ou o que ocasionalmente li. Não tenho e
jamais terei a autoridade de quem já experimentou. Não me apetecem.
Como não me atraem os
sanduiches multinacionais do Subway, de
largo consumo mundo afora.
Mas acabo de
saber que o pão usado neles não é pão! Isso mesmo.
Quem decretou
a demolidora sentença foi um juiz do Supremo Tribunal da Irlanda, Donal
O’Donnell. Isto porque, segundo as leis irlandesas, o teor de açúcar não
pode exceder 2% do peso da farinha usada para fazer a massa do pão.
E foi
constatado que o açúcar equivale a 10% do peso da farinha usada para produzir a
massa dos sanduíches quentes do Subway.
É o que se
lê em matéria na Folha de S. Paulo, que entrou no meu ângulo de visão por puro
acaso.
E assim
ganhei mais um argumento para combater a ingestão desses hambúrgueres e assemelhados
que nos são empurrados pelas redes internacionais.
Pelo menos
isso.
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