. É o título de uma reportagem na Revista Forum, assinada por Brunna Rosa. Ela afirma que a discriminação contra homossexuais, ao contrário das de outros tipos, como as relacionadas ao racismo e a sexismo, é não somente mais abertamente assumida, em particular por jovens alunos, como também é valorizada entre eles. Essa constatação está na pesquisa Juventudes e sexualidade, realizada em 2004 pela Unesco, com 16.422 alunos, 3.099 educadores e 4.532 pais e mães de alunos, em escolas de 13 capitais do Brasil. O estudo, apesar de estar prestes a completar cinco anos, ainda serve como referência para as discussões acerca de um assunto quase proibido no ambiente escolar: a diversidade das orientações sexuais.
. Os dados do levantamento evidenciam como se mantêm – e até mesmo se ampliam – os preconceitos e a homofobia na sociedade. Para se ter uma idéia, segundo a pesquisa, 25% dos alunos não gostariam de ter um homossexual entre seus colegas de classe, enquanto 35% dos pais e mães dos alunos não gostariam que seus filhos tivessem homossexuais como colegas de classe. A sondagem ainda apurou que 59,5% dos professores entrevistados afirmaram não ter informações suficientes para lidar com o tema da homossexualidade. Porém, nas entrevistas individuais, muitos disseram que prefeririam não tratar da questão em sala, ignorando qualquer tipo de diferença entre os alunos.
. Com essa omissão, o preconceito e a discriminação são por vezes banalizados, o que transforma violências psicológicas ou mesmo físicas em meras “brincadeiras”. O tamanho da problemática também foi mapeado na pesquisa promovida pela Unesco. Ao serem solicitados a indicar as formas mais graves de violências, os jovens indicaram “bater em homossexuais” como um delito menos grave do que usar drogas e roubar. Neste “ranking das violências”, a agressão contra o homossexual ficou em último lugar em relevância.
. Leia mais http://www.revistaforum.com.br/sitefinal/EdicaoNoticiaIntegra.asp?id_artigo=6817
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