Pesquisa antecipada, a quem serve?
Luciano
Siqueira
instagram.com/lucianosiqueira65
A realização de pesquisas eleitorais surgiu para valer no Brasil a partir das eleições de 1974, coincidindo com a fase de declínio da ditadura militar. É quando o norte-americano Instituto Gallup ganha notoriedade entre nós.
Desde então, outros, a exemplo do extinto Ibope e Datafolha, se
encarregam das sondagens em âmbito nacional.
Em âmbito regional, inúmeras são as empresas de diversos portes que se
dedicam à tarefa.
E não são poucos os casos em que as tendências proclamadas até as
vésperas do peito foram desmentidas na boca da urna. Muitas variáveis
influenciam o comportamento do eleitor n9s últimos minutos da porfia.
Muito antecipadas, servem também como instrumento de ação política.
Candidatos majoritários que aparecem bem tratam de difundir a impressão de que
tendem a vencer o pleito, fortes que se apresentam em relação aos seus
possíveis adversários.
Trata-se de um bom negócio, cujo volume de recursos financeiros é
substancial.
No jogo pesado da política, desde já os números sugeridos pelos
principais institutos servem de arma para aqueles que aparecem na frente e
tratam de amealhar mais apoios.
Em Pernambuco, atualmente o pré-candidato João Campos (PSB), prefeito do
Recife, parte na frente com boa margem de distância em relação à governadora
Raquel Lyra (PSD).
Porém é preciso cautela e paciência. Vários fatores que podem favorecer
a governadora, incluindo o potencial de persuasão reunido na máquina
administrativa, por exemplo, agora é que começam a ser utilizados para
valer.
Sempre se disse aqui na província que mais apaixonante do que o poder é
a expectativa de alcançá-lo.
Enquanto João Campos difunde os bons resultados atuais, a governadora
Raquel Lyra contra-ataca com maciça propaganda institucional tentando passar a
impressão de que agora sim, o governo acelera ações em benefício da
população.
Vale a paciência em examinar os acontecimentos após o peru do Natal e os
fogos de artifício do réveillon. A partir daí, incluindo o curto período de
reinado de Momo, as articulações entre as forças políticas se acentuam e ganham
velocidade até julho, quando as convenções partidárias celebrarão as alianças
cortejadas pelos dois lados e, portanto, a dimensão da disputa estará mais
clara.
Para quem leva a sério o assunto, melhor a cautela do que a precipitação.
[Qual a sua
opinião?]
Leia também: "Cópia desbotada" https://lucianosiqueira.blogspot.com/2025/12/minha-opiniao_21.html

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