Já faz algum tempo, desde que a TV passou a exercer um papel de destaque nas campanhas eleitorais no Brasil, fala-se que diante da “luz branca” não adianta mostrar uma imagem do político que não corresponda à realidade. É o que é ou parece falso, artificial – e não convence.
Tanto Alckmin como Mendonça Filho têm alternado a imagem no vídeo ao sabor das oscilações táticas de suas campanhas. Alckmin fez inicialmente o bom moço bem nascido porém sensível ao drama do povo, que educadamente procurava se diferenciar do seu principal oponente, o presidente Lula. Depois, em desvantagem nas pesquisas, assumiu um ar agressivo (e até arrogante em alguns momentos), como quem deseja mostrar capacidade de governar com pulso firme. Ontem, no debate do SBT, ficou no meio termo, embora não tenha escapado à imagem que lhe é fiel, de representante da elite paulista.
Já Mendonça Filho, tímido e aguado no primeiro turno, sempre uma figura subalterna à do ex-governador Jarbas, nessa reta final de campanha tenta aumentar o tom quando se pronuncia na TV e, segundo os jornais de hoje relatam, ontem, numa manifestação no centro do Recife, teria dado socos no ar, falado grosso e assumido um jeitão falsamente vibrante e agressivo.
Tudo bem que quem está perdendo pode (e deve) tentar qualquer coisa para melhorar o desempenho junto ao eleitorado. Porém o limite do bom senso é não artificializar a imagem do candidato. Porque não cola. Perde de qualquer jeito.
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