A saúde na UTI
UTI, unidade de terapia intensiva, tende a ser uma necessidade crescente segundo a experiência mundial e brasileira. Aqui, contribuem para isso o aumento do número da população idosa, a violência urbana, a complexidade das cirurgias e o a realização de mais transplantes – seja como procedimento preventivo, para evitar que o quadro clínico do paciente se agrave; seja como recurso terapêutico decisivo.
Nesse sentido, a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) estima que o ideal é que um hospital geral de complexidade secundária tenha pelo menos de 7% a 10% de leitos de UTI em relação ao número total de leitos, além dos 4% recomendados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) desde a década de 80.
No Brasil, poucos hospitais correspondem a essa necessidade. E os que dispõem de UTIs, operam com sobrecarga. Daí a AMIB sugerir uma solução intermediária, que seria a instalação de unidades de terapia semi-intensiva, que esbarra, entretanto, no fato de que SUS (Sistema Único de Saúde) não incluir remuneração para essa categoria de atendimento.
Eis aí mais um detalhe das dificuldades crônicas da atenção à saúde em nosso país – que exige, sim, cuidados intensivos.
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