Quem tem projeto leva vantagem
A coisa funciona assim em todas as áreas. Ter ou não ter projeto pré-elaborado faz a diferença quando se trata de conquistar recursos junto ao governo federal. Essa tem sido a nossa experiência na Prefeitura do Recife (na de Olinda, idem, segundo a prefeita Luciana Santos), nesses dois mandatos consecutivos.
Lula chegou a citar publicamente o Recife como a cidade que mais projetos tinha prontos quando se abriu a possibilidade de investimentos federais destinados a saneamento e habitação, uma das vertentes do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), com o propósito de melhorar as condições de vida das populações urbanas.
Por isso o presidente estará no Centro de Convenções, em Olinda, amanhã, para anunciar novas medidas de implementação do PAC em Pernambuco, com destaque para a liberação de recursos do OGU e de outras fontes para as cidades do Recife e de Olinda. Se as equipes técnicas das duas prefeituras não tivessem trabalhado competentemente, e em tempo hábil, tal não ocorreria.
O que se diz é que em parte o ritmo insatisfatório do andamento do PAC, no que concerne a ações combinadas com Estados e Municípios, se deve exatamente à incapacidade de alguns governos de formatarem seus projetos com a objetividade necessária.
Mas a lição, digamos assim, serve também de alerta para os futuros gestores públicos municipais a serem eleitos em 2008. Não basta que tenham competência para manter as boas realizações dos antecessores; será necessário ir além. Precisamente por efeito do PAC e da expansão das atividades econômicas em geral, uma nova agenda se impõe: a do desenvolvimento com distribuição de renda valorização do trabalho num ambiente urbano fisicamente organizado e socialmente menos injusto.
Projeto, nesse aspecto, há de ser uma categoria de sentido mais amplo. Implica em colocar-se à altura dos novos desafios.
Basta olhar para o que se prenuncia em termos de afluxo de gente em busca de trabalho no Complexo Portuário de Suape e as demandas de infra-estrutura e de serviços significativamente alargadas. Algo que de que o Plano Diretor das cidades da Área Metropolitana, sobretudo a Capital e os municípios da banda sul, em fase se revisão, têm que considerar.
A se confirmar, pois, o novo ciclo de crescimento econômico no estado, tanto quanto agora para colher recursos na fonte do PAC, levará vantagem (na disputa pelo poder local) quem tiver projetos objetivos e consistentes que mirem o evolver da cidade a médio e longo prazos.
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