12 junho 2008

Frágeis alianças

Faz-se a aliança que é possível, nem sempre a mais desejável. E a relação com os aliados pode ser mais ou menos consistente, e estável, a depender do grau de convergência de propósitos. Ou seja: se há mesmo unidade política, os aliados caminham juntos tanto em empreitadas fáceis como nas difíceis.
. As alianças que asseguram a maioria (precária) parlamentar do governo na Câmara dos Deputados eram e são as possíveis – cuja solidez é questionável. Exemplo: supondo que a votação em torno da CSS seja, e é, da maior importância para o governo, a aprovação da matéria por margem tão diminuta chega a ser uma caricatura do que se denomina maioria governista.
. A base aliada logrou aprovação por 288 votos a favor, 124 contra e 4 abstenções. Isto é só dois votos a mais do quorum exigido para aprovação. Agora, a decisão final, como aconteceu em dezembro de 2007, fica para o Senado, onde as dificuldades são bem maiores. Foi no Senado que a CPMF caiu em definitivo.
. O novo tributo terá alíquota de 0,1% sobre todas as movimentações financeiras, no mesmo molde da CPMF. Estarão isentos do pagamento da CSS os aposentados e pensionistas, além dos trabalhadores formais que recebam até R$ 3.038,99.
. Quem ganha acima deste valor e tem carteira assinada também será isento até este limite, pagando apenas sobre o que exceder os R$ 3.038,99. Cálculos feitos pelos parlamentares da base governista, a CSS proporcionará uma arrecadação de R$ 11,8 bilhões em 2009, R$ 12,9 bilhões em 2010 e R$ 14,2 bilhões em 2011.

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