25 março 2009

Meu artigo de toda quarta-feira no Blog de Jamildo (JC Online)

Pesquisas: quem está levando vantagem?
Luciano Siqueira


Ninguém se livra das sondagens periódicas da opinião pública, especialmente na esfera política onde governantes e instituições procuram medir sistematicamente de que modo e em que intensidade sua imagem é percebida pela população. Diz-se que as pesquisas são uma ferramenta moderna irrecusável.

Que sejam. Sobretudo para quem delas precisa para melhor nortear sua linha de conduta. Porém não cabe aí nenhuma atitude submissa, ou melhor, espontaneísta. O governante ou o líder político não pode se colocar a reboque do senso comum.

Essa é uma questão de certo modo polêmica quando se trata de campanhas eleitorais. Alguns consideram correto pautar o discurso em função do que está “na cabeça do povo”, e não exatamente pelas suas próprias convicções e propostas. Daí o sacrifício de idéias programáticas em função do falso atalho de “dizer apenas o que o eleitorado que ouvir”.

Nem tanto o mar, nem tanto a terra. Dizer as coisas de uma forma que as pessoas não compreendem, ou não estão sensibilizadas para ouvir, certamente é um equívoco. Mas deixar de ir fundo na apresentação de idéias inovadoras para não correr o risco de não ser compreendido é um equívoco maior ainda.

Essa digressão vem a propósito das pesquisas CNI-Ibope e Datafolha publicadas sexta-feira última em relação ao governo e ao presidente Lula. Ponto para o governo e para o seu chefe, apesar da queda da aprovação do governo de 70% para 65% no Datafolha, e de 75% para 64%, na CNI-Ibope. É que, em contraponto, os índices de ''bom'' e ''ótimo'' continuam elevadíssimos, apesar da crise.

Aí é que está o “x” da questão. A oposição comemora os novos índices tanto quanto torce para que os indicadores de desempenho da economia piorem. É o jogo eleitoral. Isso de público. Provavelmente intramuros a avaliação seja bem mais realista.

É que desde outubro a oposição joga todas as fichas na possibilidade de agravamento da crise, e por conseqüência a destruição das conquistas recentes das parcelas mais pobres, base sólida de sustentação do governo. E tenta o discurso fácil, porém falso, de botar a crise na conta de Lula.
Que a crise atinge severamente a economia brasileira ninguém duvida. Nem o presidente, que precipitadamente a chamou de “marolinha”, no seu início, e que agora a compara a uma gripe forte perfeitamente curável. A população entende isso. Na pesquisa Ibope, por exemplo, entre dezembro e março, os que acreditam numa superação da crise ainda neste semestre diminuíram de 23% para 4%; enquanto subiram de 21% para 40% os que confiam na superação em 2010 ou depois. No Datafolha, desde novembro, aumentaram em 15 pontos (de 44% para 59%) os que esperam mais desemprego; 83% avaliaram que a crise é muito grave ou grave.

No entanto, uma coisa é certa – e as pesquisa confirmam: a população percebe que o governo é parte da solução da crise, e não causa. Daí a firmeza com que o presidente Lula defende as medidas adotadas, com verve e em termos facilmente compreensíveis por todos; e a popularidade do governo, que mesmo recuando aos índices de setembro do ano passado, ainda é recorde na história recente do país - nas capitais e no interior, em todas as regiões, faixas de renda e de escolaridade.

Moral da história: com crise, agouro oposicionista e tudo, o governo e o presidente continuam vencendo a parada.
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Um comentário:

George Arribas disse...

Amigo Luciano
Primeiramente eu quero parabenizar publicamente sua postura parlamentar - já que eu tive o imenso privilégio de fazer pessoalmente, quando fui muito bem recebido por você e por sua competente e simpatica equipe. Receba esse sincero parabens público!

Ainda esta semana, em roda de amigos, comentei a postura de 'líder' do nosso Presidente Lula diante dessa crise que está atingindo todos os quadrantes do planeta.

Ele é possuidor de uma impressionante inteligência intuitiva e vem se revelando como um líder corajoso e encorajador; empolgado e empolgante; confiante e confiável; motivado e motivador ...
Razões mais que suficientes para que o nosso povo se orgulhe de seu valente 'timoneiro'!
Com um fraterno e carinhoso abraço,
George Arribas