27 março 2009

Boa noite, George Arribas

Menino do lixo

Embalado pelos braços do abandono
As estrelas que vi eu perguntei
O meu rumo, o meu destino, o meu engano
O meu pecado, a minha vida – onde eu errei?

Fui jogado aos cantos porcos, maus e imundos
E pela luz da indiferença me guiei
No lodaçal todos os meus sonhos mais fecundos
Pelas sarjetas da vida eu me criei

Endurecidos corações, tamanho é o preço
Que permaneço à pagar vivendo assim
Nos açoites do mundo o meu começo
Que mais então deverá chamar-se fim?

Um comentário:

George Arribas disse...

Amigo Luciano !
Sua delicadeza chega a ser constrangedora.
Escrevi esse poema movido pela dor dessas crianças perdidas nos lixões da vida !!!
E o tamanho de nossa responsabilidade social diante desse quadro patético...
Com imenso carinho e um fraterno abraço,
George Arribas

http://bloggeorgearribas.blogspot.com/