Jornal do Senado:
Debatedores pedem regulação do spread bancário contra crise
Redução dos juros é defendida em audiência promovida pelas comissões de Acompanhamento da Crise e de Assuntos Econômicos
. A necessidade de regulação do spread bancário (diferença entre o que os bancos pagam pelo dinheiro captado e o que cobram para emprestá-lo) foi a tônica da audiência pública que discutiu ontem os reflexos da crise financeira global na construção civil e na indústria.
. Um dos defensores da regulação, o coordenador do Comitê de Monitoramento da Crise do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), Antoninho Marmo Trevisan, atribuiu ao spread parte da responsabilidade pelas turbulências. Realizaram o debate as comissões de Acompanhamento da Crise Financeira e de Empregabilidade e de Assuntos Econômicos (CAE).
. Como o peso do spread acaba recaindo sobre o setor produtivo, que tem lucro entre 7% e 12% ao ano e, no entanto, é obrigado a arcar com uma taxação de até 40% na contratação de empréstimos bancários, Trevisan aponta a tendência de quebra de muitas empresas se essa disparidade persistir. A preocupação foi compartilhada pelos expositores José Lopez Feijó e Paulo Godoy, também integrantes do Comitê de Monitoramento da Crise do CDES.
. Representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no conselho, Feijó atribuiu a alta taxação do spread ao fato de os bancos destinarem volume significativo de recursos para cobrir eventual inadimplência nos empréstimos. O conselheiro sugeriu ao Senado que proponha uma regulamentação para o sistema financeiro que o obrigue a dar suporte à produção.
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