27 março 2009

Crescendo, apesar da crise

. A notícia está no Valor Econômico. As montadoras de automóvel e o grande varejo conseguem crescer na crise,
. Assina a reportagem que o consumidor não arriscou esperar para ver se o governo iria ou não prorrogar a redução do IPI para além do dia 31 e antecipou a compra do carro novo. Com isso, o retrato da indústria automobilística no primeiro trimestre nem de longe reflete um cenário de crise. Do início de janeiro até o dia 25 deste mês foram vendidos no país 606,7 mil veículos, o que representou uma elevação de 2,8% na comparação com o mesmo período do ano passado.
. Mantida a média diária de vendas - uma projeção modesta para um final de mês -, o trimestre fechará com pelo menos 653 mil veículos vendidos. Nos primeiros três meses de 2008 o volume somou 647,9 mil unidades.
. As perspectivas para a produção em abril também são favoráveis. A indústria automobilística terá de manter o ritmo acelerado porque o apelo do IPI mais baixo fez os estoques baixarem a um volume inferior ao necessário para as montadoras poderem trabalhar sem filas de espera nas concessionárias. Para isso, várias montadoras chamaram de volta empregados que haviam sido colocados em licença remunerada. Além da queda do IPI, a volta do crédito impulsionou as vendas.
. Quando a crise de crédito se agravou, os bancos reduziram os prazos de financiamentos para 24 e 36 meses. Agora já ficou mais fácil encontrar financiamentos para 48 e até 60 meses.
. O cenário de crise também passa longe do grande varejo. Os dirigentes de supermercados se preparam para um crescimento de 10,3% nas vendas de Páscoa em relação ao mesmo evento de 2008.
. Em pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), "ninguém respondeu que esperava vender menos", afirma o presidente da entidade, Sussumu Honda. O otimismo se explica pelo impacto do aumento do salário mínimo, pelos preços mais baixos e também pelos bons resultados dos últimos meses. Em fevereiro, as vendas dos supermercados cresceram 4,2% em termos reais e 10,3% em termos nominais. No bimestre, acumularam alta real de 5,4%.

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