29 agosto 2007

DESTAQUE DESTA QUARTA-FEIRA

Resgate da história, uma questão nacional

O livro Direito à Memória e à Verdade, lançado hoje pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, que relata 339 crimes de morte da ditadura militar (1964-1985), casos de tortura, estupro, degola e ocultação de cadáveres, não deve ser visto como instrumento de combate às Forças Armadas. A instituição não é alvo de acusação, mas alguns dos que a comandaram durante o regime militar.

Mais do que isso, o livro revela uma parte importante de nossa história que as novas gerações têm o direito de conhecer. Nesse sentido, é uma contribuição à formação de uma consciência social avançada, um reforço às inclinações democráticas do nosso povo.

As Forças Armadas têm um papel constitucional insubstituível, o de responsáveis pela manutenção da defesa e da integridade da Nação. Desviadas de função, podem cometer erros como os praticados no mais recente período autoritário. Esse papel estratégico e a necessidade de fortalecê-las fazem parte da consciência patriótica que acolhe a revelação dos crimes contra a liberdade de pensamento e a integridade física dos que combateram a ditadura.

Um comentário:

Aganju disse...

Resgate da história.

A história, entendemos, é uma grande conselheira, e é ela quem projeta para o futuro as ações praticadas pelos seres humanos, tornando claro os atos e passando lições para que não se cometam crimes contra a humanidade.
A história do autoritarismo militar no Brasil, no perído chamado da "época de chumbo", (1964-1985),há de ser contada em detalhes e em qualquer tempo.
Se o momento escolhido para ser contada essa história foi este, a ocasião é a melhor possível, pois, no Brasil, atualmente, tem um governo, que mesmo se declarando em algumas ocasiões não ser de esquerda, admitimos que neste governo foi oportuna a publicação do livro "Direito à Memória e à Verdade", expondo as feridas cometidas pelos agentes da Ditadura, porque o livro que vem a lume, servirá para esclarecer às futuras gerações e para que mais tarde, não venham alguns jóvens, influídos por um discurso inverossimil vir a tornar-se agentes de fatos criminosos tais quais dos ocorridos nesta história tão recente, no Brasil.
Concordamos com o comentário de que os militares que servem nossas forças armadas, no presente, não devem por carapuças, pois os fatos narrados no texto histórico são coisas do passado e não dos atuais, que chegam num momento em que as mentalidades são mais evoluídas, quando paira um outro sentido de humanidades, não sendo, portanto, de criminosos, mas de bons servidores da pátria brasileira.
Pela análise,
José Amaro Santos da Silva.