Bloco de Esquerda se diferencia
A prorrogação da CPMF é matéria polêmica. A oposição tucana e pefelista, que ajudou Fernando Henrique Cardoso a criá-la, agora é contra. A base governista, um tanto constrangida, a apóia agora por julgar que o governo não pode prescindir imediatamente dessa fonte de receita, estimada em R$36 bilhões este ano.
Mas a matéria é complexa. Comporta diferentes abordagens. Como faz o Bloco de Esquerda (PSB, PDT, PCdoB, PRB, PMN e PHS), que reúne 78 deputados: vai votar pela prorrogação, mas apresentará emendas.
O Bloco acolhe propostas dos partidos que o integram. Caso do PCdoB. Os comunistas desejam impedir a incidência da Desvinculação das Receitas da União (DRU) nas receitas arrecadadas pela CPMF e pede a diminuição da alíquota da CPMF, garantindo ao Executivo efetivar a diminuição por ato próprio.
O PCdoB quer que o acréscimo de recursos para a saúde, decorrentes da não-incidência da DRU, sejam utilizadas na execução de ações da atenção básica e de atendimento hospitalar e ambulatorial - ações que são realizadas por municípios e estados.
Dessa maneira, o Bloco cumpre o anunciado: apóia o governo, mas se diferencia da aliança PT-PMDB com opiniões e propostas próprias.
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