O poeta-operário
Grita-se ao poeta:
“Queria te ver numa fábrica!
O quê? versos? Pura bobagem!
Para trabalhar não tens coragem”.
Talvezninguém como nós
ponha tanto coração
no trabalho.
Eu sou numa fábrica.
E se chaminés
me faltam talvez
sem chaminés
seja preciso
ainda mais coragem.
Sei.
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