Batalha decisiva
Eduardo
Bomfim, no Vermelho www.vermelho.org.br
A globalização financeira
consagrou-se na década de 90 passada através da imposição da Nova Ordem mundial
e com ela a vitória do neoliberalismo, ou até do ultraliberalismo como um
sistema, estruturas de uma governança global.
Durante esse tempo foram várias as crises via processo de
concentração, centralização do capital financeiro internacional que é o
segmento de classe a nadar com largas braçadas durante todo o tempo de
exercício hegemônico talvez inigualável na História contemporânea da
civilização humana.
Mas tal como o personagem de Gabriel Garcia Márquez, o
ultraliberalismo surgiu como uma anciã centenária recém-nascida cujas
debilidades sobre a comunidade das nações, indivíduos, apresentaram-se com
inigualáveis traços de decrepitude sistêmica.
Passados os anos de euforia das forças retrógradas do
capital rentista, de um conjunto minoritário de setores que surfaram nesse
sistema, como a grande mídia oligárquica, além da coerção militar, de
inteligência, espionagem comandados pelos Estados Unidos ungidos como armada
unipolar mundial, a vida mostrou a face da monstruosidade erigida.
A crise capitalista em 2008 originada de uma orgia
especulativa em Wall Street cujos bancos ao invés de criminalizados receberam
injeções fabulosas de dólares do contribuinte norte-americano, espalhou-se aos
países do 1o mundo, em seguida ao planeta.
De crise em crise, guerras de rapina, a humanidade mergulhou
em grave estágio de desagregação civilizacional. A violência social,
criminalidade, pobreza, preconceitos difusos, ódios múltiplos disseminaram-se
como se fossem as bíblicas 7 pragas do Egito.
Com o Brics iniciou-se uma nova fase em relação à governança
mundial em contraponto ao restrito clube das finanças, do poder militar
imperial dos EUA.
A ação em curso no Brasil através de forças políticas,
grupos econômicos poderosos não pretende consertar equívocos administrativos,
econômicos ou institucionais do governo Dilma, mas a capitulação do País aos
centros de poder da governança global ultraliberal.
Assim, é essencial a luta política firme mas hábil,
flexível, na formação de ampla frente democrática, patriótica em defesa da
retomada do desenvolvimento econômico, justiça social, na reafirmação do
caminho democrático, da legalidade constitucional, da soberania nacional.
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