Milei na jogada da criptomoeda
O golpe financeiro de Milei usando as redes sociais
Javier Milei protagonizou no X um golpe de milhões de dólares
Pedro Barciela/ICL Notícias
O presidente argentino, Javier Milei, promoveu em suas redes
sociais o token de criptomoeda $LIBRA, descrevendo-o como um projeto privado
destinado a “fomentar o
crescimento econômico do país por meio do financiamento de pequenas empresas e
empreendimentos locais“. Após a divulgação, o valor do token aumentou
rapidamente, mas logo em seguida sofreu uma queda acentuada. Especialistas
alertaram que a moeda, sem lastro na economia real, tinha 80% de seus tokens
concentrados em apenas cinco carteiras, o que levantou inúmeras suspeitas
contra o presidente argentino. Posteriormente, Milei apagou a publicação e
afirmou “não conhecer detalhes” e, como sempre, culpou os outros após o golpe
financeiro.
Nas redes sociais o tema repercutiu com uma enorme força,
colocando apoiadores do presidente em posição completamente reativa. Desde a
publicação do tweet por parte de Javier Milei, hashtags como #MileiEstafador
(algo como #MileiVigarista) e #MileiVerguenzaMundial estão entre os termos mais
utilizados nas ocorrências que citam o mandatário.
A revolta dos usuários com o valores envolvidos, com relatos de
perda para alguns e lucros para outros que giram ao redor de dezenas de milhões
de dólares em poucas horas, gera uma série de abordagens entre os usuários
argentinos que repercutem o tema. Quase 30% dos comentários até aqui exigem
implicações legais para o mandatário, pedindo investigações contra o esquema
fraudulento. Outros 26% questionam a capacidade de Milei para exercer o cargo, ironizando
seu conhecimento sobre economia ao alegar desconhecimento para se defender do
golpe financeiro difundido por sua própria conta oficial.
Em um cenário bastante polarizado, 20% dos usuários ainda
questionam como seria a cobertura da imprensa caso o tema ocorresse com figuras
progressistas, ironizando a cobertura da mídia argentina. Até a manhã de hoje
(15), apenas o C5N dava destaque ao tema em seu portal. Infobae,
Clarín e La Nación focavam
em temas ligados ao Oriente Médio e Ucrânia.
Por fim, 16% lamentaram as perdas e exigiram a regulação do
mercado cripto, enquanto apenas 12% tentavam eximir Milei de qualquer culpa,
alegando que “ninguém foi obrigado a investir” e que ele poderia ter sido
hackeado.
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