30 junho 2007

Caso Renan: informações úteis

No Blog do Alon, por Alon Feuerwerker:
O que mudou para Renan
A situação do presidente do Senado é a seguinte: até agora, não há provas para condená-lo por quebra do decoro parlamentar. A rigor, nada mudou desde que escrevi, em Cantos escuros e ocultos (depois repetido em Divagação sobre inutilidades e utilidades), queda minha parte, se não aparecer alguma prova de que Renan Calheiros recebia dinheiro da Mendes Júnior ele não pode ser acusado de quebra de decoro. E a investigação no Conselho de Ética tem que ser arquivada. O ônus da prova cabe a quem acusa.A situação de Renan ficou grave na semana passada, quando parte da base governista começou a flertar com a hipótese de lhe dar um enterro de luxo. Está em “Abraço e punhalada a gente só dá em quem está perto”:Ontem, por sinal, o PT e o PSB uniram-se à oposição no Conselho de Ética do Senado. Hoje de manhã me telefonaram contando a piada. "Você sabe a diferença entre o mineiro e o petista? É que o petista não é solidário nem no câncer." Otto Lara Resende dizia que o mineiro só é solidário no câncer. Daí a piada.Mas Luiz Inácio Lula da Silva enquadrou o PT quando sentiu o cheiro de queimado, quando soube que o PMDB do Senado poderia retaliar contra as gracinhas petistas e, em represália, tirar a maioria do governo na Casa -hipótese de que Lula não quer nem ouvir falar. Assim, do ângulo puramente aritmético, a coisa voltou à estaca zero. O Conselho de Ética do Senado não tem provas para condenar Renan nem se acha em condições políticas de absolvê-lo. Eis a razão por que a (até agora) maioria do conselho quer investigar mais. Na semana passada, houve um momento em que dar tempo ao tempo seria também um bom negócio para Renan, quando o PT pareceu ter cedido aos encantos da oposição. Mas agora, com a base recomposta, trata-se para o presidente do Senado de tentar liquidar a fatura. Para a oposição, logicamente, trata-se de fazer o contrário, de alongar a coisa até que apareça um possível Eriberto França.

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