23 abril 2020

Bolsonaro x Moro


Mais um quiproquó na caixa de maribondos
Luciano Siqueira

Leio agora que o presidente da República teria decidido, sem consulta ou busca de entendimento prévio com o ministro da Justiça, ex-juiz Sérgio Moro, substituir o diretor-geral da Polícia Federal, órgão hierarquicamente submetido ao ministro.
Sentindo-se desprestigiado, o ministro teria pedido demissão.
Se os fatos são esses, nem Bolsonaro governa plenamente nem o ex-juiz Sérgio Moro é “superministro”. E o Planalto é uma caixa de maribondos.
Agora, o próprio Bolsonaro, com a ajuda de dois outros ministros palacianos - Braga Netto (Casa Civil) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), ambos generais do Exército – estaria persuadindo Moro a permanecer no cargo.
O atual diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, seria da confiança pessoal de Moro, seu “braço direito”, mas certamente não do presidente.
E o que seria algo relevante, porém de fácil solução, converte-se em mais um fator de crise no governo do ex-capitão, tão atabalhoado quanto inepto.
Casa em que falta projeto verdadeiramente nacional e em favor do povo, todos brigam e nenhum tem razão.
O fato é que a estratégia do caos, que move o presidente em seu intento ditatorial, manifesta-se mais do que uma estratégia uma contingência cotidiana https://bit.ly/2VRg6Pw
Nada verdadeiramente importante recebe do presidente da República o tratamento adequado, que sequer tem noção da dimensão do cargo que ocupa 
A se confirmar a demissão do ministro da Justiça, que ainda conserva prestígio junto à população, repercutirá no sentido de aumentar o isolamento político de Bolsonaro.
Ponto para os segmentos que se movimentam em torno da ideia de uma ampla frente social e política tendo como bandeira a salvação nacional.

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