27 abril 2020

Em busca de uma fake news?

Transcrevo nota da coluna Painel, na Folha de S. Paulo de Hoje:
"Os próximos ministro da Justiça e diretor-geral da Polícia Federal terão um grande obstáculo se forem atender a pedido de Jair Bolsonaro. Na sexta (24), ele insinuou ter faltado empenho de Sergio Moro e Maurício Valeixo na resolução do caso da facada de Adélio Bispo. O presidente cobra que a PF descubra um mandante. Mas entre policiais há consenso de que a investigação foi intensa, com o maior número de diligências feitas nos últimos tempos, e nada nesse sentido foi encontrado. A investigação, comandada pelo delegado da PF Rodrigo Morais, foi apelidada internamente de "mini Lava Jato", por seu detalhismo e extensão. A vida de Adélio foi virada do avesso: perfis na internet, movimentações financeiras, e nada indicou a existência de mandante. "Nunca faltou dedicação. O inquérito tem mais de mil páginas, e é tocado por um dos melhores do Brasil", diz Rodrigo Teixeira, superintendente da PF em Minas Gerais até o começo de 2019, e diretor da Associação Nacional dos Delegados de PF de MG. A única esperança de evolução no inquérito não está nas mãos da PF. O STF ainda precisa decidir se autoriza análises no celular do ex-advogado de Adélio, Zanone Júnior. Após afirmações de bolsonaristas de que o advogado estava sendo pago por supostos mandantes, Zanone teve o celular apreendido. Nas análises iniciais que foram feitas no aparelho até que a Justiça determinasse a interrupção, nada também foi encontrado. Diante de investigação, vista como exemplar, caso o novo diretor troque o delegado responsável pelo caso, a decisão será considerada um escândalo pelos policiais."

Nenhum comentário: