Concessões sempre são traumáticas
Luciano Siqueira
Na política, como em todas as esferas da vida, concessões não são fáceis. Implica ceder algo considerado importante por quem concede e por quem recebe.
É óbvio.
Mas nem tudo o que é óbvio assim é tratado na luta política.
Sempre há um senão, por interesses reais ou por má vontade.
O paradoxo é que há uma quase unanimidade na percepção de que é impossível governar contando apenas com o apoio consistente de um quinto dos representantes partidários na Câmara dos Deputados.
É o que se chama correlação de forças adversa.
Qualquer governo minimamente consistente — e o governo Lula, além disso, ostenta larga experiência acumulada — há de abrir espaços a partir dos que possam contribuir com o apoio quantitativo confiável para futuras votações.
O nome disso é, mais uma vez, acordos e concessões com parte do chamado centrão, aglomerado de siglas de centro-direita que detém ampla maioria no parlamento.
As alterações que o presidente Lula está prestes a fazer na composição do seu ministério são tão necessárias quanto a expressão concreta desses acordos.
Matematicamente, tão claro quanto a luz do dia.
Politicamente, por mais que contrarie determinados interesses, tão necessário quanto a água que se bebe.
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Viver é mais do que existir https://bit.ly/3Ye45TD
Um comentário:
Vamos ter que engolir o Fufuca.Isso é política!!!
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