Preocupados com a economia, empresários se articulam para influenciar eleições. À procura de um “Trump brasileiro”?
A construção coletiva das idéias é uma das mais fascinantes experiências humanas. Pressupõe um diálogo sincero, permanente, em cima dos fatos. Neste espaço, diariamente, compartilhamos com você nossa compreensão sobre as coisas da luta e da vida. Participe. Opine. [Artigos assinados expressam a opinião dos seus autores].
30 setembro 2017
Será?
Ladrões furtam gado em fazenda de Geddel Vieira na Bahia. Acreditam que terão 100 anos de perdão.
Urariano
Me emociona ver agora o amigo escritor Urariano Mota em entrevista à Globo News sobre o seu livro “A mais longa duração da juventude” :”A paixão revolucionária continua”, diz
Execrado
Pesquisa CNI/Ibope: Rejeição a Temer continua crescendo em todas as regiões e faixas de renda. E não tem artifício midiático que dê jeito.
Agressão
Ao invés de solidariedade pelos efeitos do furacão Maria, Trump ataca prefeita de San Juan. Truculência e arrogância a granel.
Controle nocivo
Empresas privadas detém 60% da geração de energia instalada no país, 39% da transmissão e 71% da distribuição. Temer quer entregar mais.
Dialogo
Na Câmara Municipal de João Pessoa, ontem à tarde, proferi palestra sobre o tema ‘Novos rumos para o Brasil’, abrindo o ciclo de debates ‘Diálogos da democracia’. Muito grato pela acolhida do secretário vereador licenciado Ecliton Monteiro (PCdoB) e do presídente vereador Marcos Vinicius e seus pares.
Decadência
Cortes na ciência ameaçam o futuro do Brasil, dizem ganhadores do Nobel em carta a Temer - que cuida mesmo é do presente do Mercado.
29 setembro 2017
Debate
Na Associação de Imprensa da Paraíba, em João Pessoa, debati agora com militantes do PCdoB a tese do nosso 14º Congresso.
Luciana dialoga
Conquista
Ontem no encontro do mandato da deputada Luciana Santos, uma ótima notícia: o amigo ex-deputado Djalma Paes anunciou sua filiação ao PCdoB.
Voto
Como Michel Temer, com 3% de aprovação, ainda é presidente? Porque tem maioria parlamentar. É tempo de qualificar o voto em 2018.
Escuridão
O governo federal só fornecerá livros de literatura para escolas públicas em 2018. Por enquanto é perigoso sonhar.
28 setembro 2017
Rejeição
CNI/Ibope: 89% dos brasileiros reprovam o governo Temer. O ilegítimo segue no fundo do poço. Merecidamente.
Alternativa à crise
Três lances e um desafio
Luciano Siqueira, no Vermelho e no Blog do Renato
1 - Por três votos a dois, o STF condenou o senador Aécio Neves a se afastar do mandato e limitou sua liberdade de ir e vir obrigando-o a permanecer em sua residência no horário noturno. Como bem assinalou o ex-deputado Haroldo Lima em artigo aqui no Vermelho, “um desrespeito aberto à Constituição e não pode ser aceita. Mostra o quanto certos setores do Judiciário, e inclusive do Supremo, estão exorbitando de suas funções, assumindo funções que não têm, usurpando funções.”
Luciano Siqueira, no Vermelho e no Blog do Renato
1 - Por três votos a dois, o STF condenou o senador Aécio Neves a se afastar do mandato e limitou sua liberdade de ir e vir obrigando-o a permanecer em sua residência no horário noturno. Como bem assinalou o ex-deputado Haroldo Lima em artigo aqui no Vermelho, “um desrespeito aberto à Constituição e não pode ser aceita. Mostra o quanto certos setores do Judiciário, e inclusive do Supremo, estão exorbitando de suas funções, assumindo funções que não têm, usurpando funções.”
Sinal de agravamento
da crise institucional.
2 - Em duas rodadas ontem, pela manhã e à tarde, o
governo conseguiu privatizar quatro
usinas hidrelétricas da Cemig, entregando-as ao controle externo e avançou no
leilão de exploração “offshore” de áreas da Bacia de Campos, com
destaque para as estrangeiras Exxon, Murphy Oil e CNOOC.
Ponto para a alienação do nosso petróleo e a prevista
internacio0nalização da exploração do pré-sal, parte da agenda entreguista de
Temer.
3: O Congresso Nacional falta apenas fechar a
questão do fundo de Campanha para concluir o arremedo de reforma eleitoral que se
arrasta há alguns meses, preservando distância quilométrica em relação a
mecanismos efetivos de fortalecimento dos partidos e de indução do eleitor ao
voto consciente, programático.
E assim segue drama brasileiro em suas faces política,
institucional e econômica.
O desafio: qualificar o debate em meio ao massacre de
notícias negativas que contribuem para satanizar a política e aprofundam
diariamente a descrença e a desconfiança da população em relação à
possibilidade de superação da crise.
Urge combinar a resistência em todas as frentes,
através das formas possíveis, pondo o povo em movimento, e formular alternativas
concretas à atual situação.
Mantendo-se o calendário eleitoral, estamos a poucos meses
do próximo pleito presidencial. As forças oposicionistas têm o dever de
construírem um ideário consistente e compreensível pelo eleitorado para que possam
almejar a expectativa de êxito nas urnas.
Na fase atual, uma pré-candidatura do PCdoB à presidência
da República contribuirá nessa direção, inserindo na cena política bases de um
novo projeto nacional de desenvolvimento.
Como se sabe, essa hipótese é considerada na tese
posta a debate no 14º Congresso do PCdoB, que se concluirá e novembro.
Tempo de sobra para decidir.
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atualidade: http://migre.me/kMGFD
27 setembro 2017
Nota do PCdoB
Sobre a
desfiliação de Aldo Rebelo do PCdoB
Aldo Rebelo, destacada liderança do PCdoB, respeitada personalidade nacional, desfiliou-se da legenda comunista, à qual se vinculou ao longo de 40 anos, e anunciou sua filiação a um outro partido.
No PCdoB, Aldo foi eleito, com o trabalho abnegado da militância e seu talento político, cinco vezes deputado federal. Com a confiança nele depositada pelo Partido, foi ministro de Estado em quatro pastas e eleito presidente da Câmara dos Deputados.
Ao longo dos últimos meses, a direção nacional do PCdoB empreendeu com Aldo persistente diálogo, visando à superação de divergências programáticas e políticas que ele vinha pontuando. Buscou mantê-lo no Partido que ele ajudou a construir, o formou e o projetou como uma das principais lideranças do país. Apesar dos esforços empreendidos, entretanto, a escolha de Aldo foi outra.
O PCdoB lamenta a decisão de Aldo Rebelo, mas a respeita. Afinal, o vínculo a um partido político se mantém ou se desfaz com base em convicções e livre consciência. Daqui por diante, abre-se uma relação política de natureza nova. Relação que pode prosseguir pautada pelo respeito mútuo e por ações convergentes em torno da defesa da Nação e da classe trabalhadora.
Guiado por um Programa cuja síntese é Nação forte, soberana e rumo socialista, o Partido Comunista do Brasil caminha para completar um século de presença na história do país. Chegou até aqui e projeta-se para o futuro pelo trabalho abnegado e coerente de várias gerações de lutadores e lutadoras do povo brasileiro. Os militantes do PCdoB sabem, inclusive suas maiores lideranças, que acima das opiniões pessoais está a sabedoria do coletivo partidário.
No presente, os comunistas realizam seu 14º Congresso, fortalecendo o PCdoB em todas as suas dimensões. A centralidade da luta por um novo projeto nacional de desenvolvimento, soberano, democrático e popular – eixo estruturante de nosso programa e caminho para transição ao socialismo – faz do PCdoB a trincheira consequente da defesa da nação, da democracia e dos direitos dos trabalhadores. Estamos convictos de que as fileiras da legenda comunista são terreno fértil para essas perspectivas.
São Paulo, 26 de setembro de 2017
Secretariado Nacional do PCdoB
Aldo Rebelo, destacada liderança do PCdoB, respeitada personalidade nacional, desfiliou-se da legenda comunista, à qual se vinculou ao longo de 40 anos, e anunciou sua filiação a um outro partido.
No PCdoB, Aldo foi eleito, com o trabalho abnegado da militância e seu talento político, cinco vezes deputado federal. Com a confiança nele depositada pelo Partido, foi ministro de Estado em quatro pastas e eleito presidente da Câmara dos Deputados.
Ao longo dos últimos meses, a direção nacional do PCdoB empreendeu com Aldo persistente diálogo, visando à superação de divergências programáticas e políticas que ele vinha pontuando. Buscou mantê-lo no Partido que ele ajudou a construir, o formou e o projetou como uma das principais lideranças do país. Apesar dos esforços empreendidos, entretanto, a escolha de Aldo foi outra.
O PCdoB lamenta a decisão de Aldo Rebelo, mas a respeita. Afinal, o vínculo a um partido político se mantém ou se desfaz com base em convicções e livre consciência. Daqui por diante, abre-se uma relação política de natureza nova. Relação que pode prosseguir pautada pelo respeito mútuo e por ações convergentes em torno da defesa da Nação e da classe trabalhadora.
Guiado por um Programa cuja síntese é Nação forte, soberana e rumo socialista, o Partido Comunista do Brasil caminha para completar um século de presença na história do país. Chegou até aqui e projeta-se para o futuro pelo trabalho abnegado e coerente de várias gerações de lutadores e lutadoras do povo brasileiro. Os militantes do PCdoB sabem, inclusive suas maiores lideranças, que acima das opiniões pessoais está a sabedoria do coletivo partidário.
No presente, os comunistas realizam seu 14º Congresso, fortalecendo o PCdoB em todas as suas dimensões. A centralidade da luta por um novo projeto nacional de desenvolvimento, soberano, democrático e popular – eixo estruturante de nosso programa e caminho para transição ao socialismo – faz do PCdoB a trincheira consequente da defesa da nação, da democracia e dos direitos dos trabalhadores. Estamos convictos de que as fileiras da legenda comunista são terreno fértil para essas perspectivas.
São Paulo, 26 de setembro de 2017
Secretariado Nacional do PCdoB
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Um direito essencial
Questão
de saúde e de bom senso
Cida Pedrosa*, no
Diário de Pernambuco
Uma mulher, por minuto, faz
aborto no Brasil. Esse dado da Pesquisa Nacional do Aborto 2016, realizada pelo
Anis (Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero) e Universidade de
Brasília (UnB), mostra o quão é urgente discutir a questão do ponto de vista da
segurança e saúde das mulheres. Afinal, segundo a pesquisa, somente em 2015
foram feitas 500 mil interrupções de gravidez. A maioria, certamente, na
clandestinidade para fugir ao rigor da lei, que prevê pena de prisão de até
três anos para a mulher que aborta sem atender às condições permitidas – quando
a vida dela corre risco, em caso de estupro ou de anencefalia do feto.
Num universo tão vasto,
provavelmente você conhece uma mulher que já fez aborto e sabe o quanto essa
experiência foi traumática para ela. A começar pela difícil decisão de não
procriar, tomada pelos mais variados motivos. Algumas tiveram que contrariar
suas crenças e princípios e, além das dores da alma, enfrentaram ameaças ao
corpo, submetendo-se a métodos questionáveis e arriscados para sua saúde.
O fato é que a proibição ao
aborto não evita sua prática. Apenas impele mulheres a buscar meios arriscados
de interromper a gravidez, resultando num sério problema de saúde pública.
Afinal, como a pesquisa aponta, a maioria das mulheres que aborta tem baixa
escolaridade, é preta, parda e indígena e vive nas regiões Norte, Nordeste e
Centro-Oeste. Com esse perfil de baixa renda, certamente terão de recorrer ao
SUS em caso de complicações (o que ocorre em quase metade dos casos, segundo a
pesquisa), comprometendo ainda mais a saturada rede de saúde pública.
Mulheres brancas, de classe
mais abastada e com maior escolaridade também abortam. Mas são as negras e
pardas, de baixo poder aquisitivo, que morrem por falta de atendimento
qualificado.
É importante esclarecer que
defender a descriminalização do aborto não significa ser favorável à interrupção
da gravidez. É apenas reconhecer que punir uma mulher que aborta com prisão tão
somente agravará as nossas mazelas sociais. Quem cuidará das crianças e jovens
que ficarão sem as mães? Pois, ao contrário do que se pensa, muitas dessas
mulheres já têm outros filhos.
A política repressiva apenas
aprofunda o sofrimento das mulheres já maltratadas pela interrupção da gravidez
e rechaça a possibilidade de uma discussão franca e racional sobre seus
direitos reprodutivos, um dos poucos caminhos que podem afastá-la de outro
abortamento no futuro. Amanhã, 28 de setembro, Dia de Luta pela
Descriminalização do Aborto na América Latina, aproveitemos para refletir sobre
essas questões, distanciados da hipocrisia, das visões reducionistas e das
soluções inócuas.
*Secretária da Mulher do Recife
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Alternativa
Propostas consistentes e compreensíveis para a superação da crise podem superar a descrença na maioria da população. Tarefa da oposição.
26 setembro 2017
Queda
STF nega prisão, mas afasta Aécio do Senado e obriga recolhimento noturno. Um constrangimento para o PSDB, que deixa de ser impune.
Mais grave do que parece
A dimensão do drama nacional
Luciano Siqueira
No Brasil, os seis maiores bilionários têm a mesma riqueza e patrimônio que os 100 milhões de brasileiros mais pobres, segundo relatório da Oxfam Brasil.
O dado causa espanto — e não é para menos —, mas infelizmente é um entre vários traços marcantes da sociedade brasileira.
Somos ainda uma nação subjugada, que apesar da dimensão de sua economia e das suas potencialidades, integra a periferia do sistema global.
O Estado brasileiro, de caráter elitista, na sua essência padece do controle dos círculos financeiros — e sobe governo Temer, vive ameaça de desmonte no que ainda conserva de salvaguardas da soberania.
Constrangido a permanecer na condição de economia de porte médio, o país sofre imposições dos países centrais que tentam nos impor a condição de fornecedor de produtos primários.
No campo, a despeito da expansão do agronegócio moderno, a propriedade latifundiária improdutiva persiste como entrave ao desenvolvimento.
Além das desigualdades sociais assinaladas no estudo da Oxfam, continuam acentuadas as desigualdades regionais.
O meio ambiente historicamente tem sido tem degradado em decorrência de práticas predatórias que atingem parte de nossas florestas, dos recursos hídricos e da fauna.
E se nos governos Lula e Dilma nossas relações diplomáticas e comerciais se diversificaram e se reduziu bastante a dependência das trocas com os Estados Unidos e a Europa Central, agora com Temer retornamos à área de influência norte-americana e sofremos, na proporção do desmonte do Estado nacional, ameaça concreta de neocolonização.
Esses traços aqui alinhavados dão a dimensão dos problemas estruturais postos na ordem dia, cuja superação se faz indispensável para que possamos progredir como nação soberana, democrática e socialmente menos injusta.
O que contrasta gritantemente uma a pauta dos círculos políticos, ora às turras com o Judiciário e com o aparato policial.
É nesse contexto que mais uma mini reforma do sistema eleitoral se faz sem democratizar os procedimentos eletivos nem superar os fatores de enfraquecimento das estruturas partidárias. Vivemos um drama, digamos estrutural, que aguarda novas condições políticas para que possa, de fato, ser ultrapassado.
Luciano Siqueira
No Brasil, os seis maiores bilionários têm a mesma riqueza e patrimônio que os 100 milhões de brasileiros mais pobres, segundo relatório da Oxfam Brasil.
O dado causa espanto — e não é para menos —, mas infelizmente é um entre vários traços marcantes da sociedade brasileira.
Somos ainda uma nação subjugada, que apesar da dimensão de sua economia e das suas potencialidades, integra a periferia do sistema global.
O Estado brasileiro, de caráter elitista, na sua essência padece do controle dos círculos financeiros — e sobe governo Temer, vive ameaça de desmonte no que ainda conserva de salvaguardas da soberania.
Constrangido a permanecer na condição de economia de porte médio, o país sofre imposições dos países centrais que tentam nos impor a condição de fornecedor de produtos primários.
No campo, a despeito da expansão do agronegócio moderno, a propriedade latifundiária improdutiva persiste como entrave ao desenvolvimento.
Além das desigualdades sociais assinaladas no estudo da Oxfam, continuam acentuadas as desigualdades regionais.
O meio ambiente historicamente tem sido tem degradado em decorrência de práticas predatórias que atingem parte de nossas florestas, dos recursos hídricos e da fauna.
E se nos governos Lula e Dilma nossas relações diplomáticas e comerciais se diversificaram e se reduziu bastante a dependência das trocas com os Estados Unidos e a Europa Central, agora com Temer retornamos à área de influência norte-americana e sofremos, na proporção do desmonte do Estado nacional, ameaça concreta de neocolonização.
Esses traços aqui alinhavados dão a dimensão dos problemas estruturais postos na ordem dia, cuja superação se faz indispensável para que possamos progredir como nação soberana, democrática e socialmente menos injusta.
O que contrasta gritantemente uma a pauta dos círculos políticos, ora às turras com o Judiciário e com o aparato policial.
É nesse contexto que mais uma mini reforma do sistema eleitoral se faz sem democratizar os procedimentos eletivos nem superar os fatores de enfraquecimento das estruturas partidárias. Vivemos um drama, digamos estrutural, que aguarda novas condições políticas para que possa, de fato, ser ultrapassado.
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Pirotecnia
Pura demagogia querer que o fundo eleitoral se constitua através de um percentual dos proventos dos parlamentares. Quem assim propõe joga para plateia.
25 setembro 2017
No chiqueiro
Ainda sem delação aprovada, Eduardo Cunha ataca delação de Funaro apontando-a como mentirosa. É briga feia na lama.
Tomara
Rodrigo Maia avalia que Reforma da Previdência tem no máximo 200 votos na Câmara. Tomara. Ponto para os trabalhadores.
Fragilidade
Um de cada quatro deputados federais mudou de partido desde a eleição de 2014. Compromisso programático zero.
Baixo nível
Nova denúncia contra Temer acirra disputas por cargos e torna negociata mais complexa. É o reino do toma lá dá cá.
24 setembro 2017
Desigualdade
Os mais ricos do Brasil (1,4 milhão de pessoas) têm renda anual a partir de R$ 287 mil. E a renda média anual de toda a população é de R$ 35 mil. Desigualdade crescente.
Soberania popular
Flávio Dino: Só as urnas salvam, mas eleições legítimas
Brasil 247
Em entrevista exclusiva à TV 247, o governador do Maranhão, Flávio Dino,
do PCdoB, apontou a única saída para o caos institucional brasileiro; "Só
as urnas salvam, em eleições legítimas. Eleições legítimas são aquelas em que
todos podem concorrer, nas mesmas condições. Se você elimina artificialmente um
personagem que esteve presente em todas as eleições e que lidera todas as
pesquisas, você tira a legitimidade desse processo".
Por Leonardo Attuch, Paulo Moreira Leite e Leonardo Stoppa
Um dos quadros mais preparados
do sistema político brasileiro, o governador do Maranhão, Flávio Dino, do
PCdoB, concedeu uma entrevista exclusiva à TV 247.
– Só as urnas salvam, em
eleições legítimas. Eleições legítimas são aquelas em que todos podem
concorrer, nas mesmas condições. Se você elimina artificialmente um
personagem que esteve presente em todas as eleições e que lidera todas as
pesquisas, você tira a legitimidade desse processo.
Dino vai mais longe e diz que a
presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que encerrou sua caravana
no Maranhão, nas eleições é necessária não apenas para a esquerda, como para o
próprio empresariado nacional.
– Lula é necessário para o
sistema político, para a burguesia brasileira. O problema é que nós temos
uma classe dominante que é subversiva, que destrói o sistema que a sustenta.
O governador maranhense afirma,
ainda, que a condenação de Lula em segunda instância seria a consequência
lógica do golpe que derrubou a presidente legítima Dilma Rousseff, criando uma
situação de caos institucional no Brasil.
– Temos hoje um
presidencialismo sem presidente e um vazio no Poder Executivo. Estamos
imersos no caos.
Erros
no caso triplex
Juiz de direito, que passou em
primeiro lugar no mesmo concurso prestado pelo juiz Sergio Moro, Dino critica
duramente a sentença que condenou Lula a nove anos e meio de prisão.
– É uma sentença muito frágil.
Eu tenho conversado com juízes do Brasil inteiro e a ampla maioria considera o
mesmo. A decisão forçou o conceito de corrupção passiva, porque é preciso haver
a conexão entre o benefício e o ato praticado. A jurisprudência é
essa. Mas quem lê a sentença, não encontra atos de ofício. Aliás,
o próprio juiz diz que não havia relação com contratos da Petrobras. Se
não havia com a Petrobras, havia com o quê? Depois ele cria uma categoria
exótica, de atos de ofício indeterminados. Havia uma ansiedade de punir,
mas num tempo que está claramente vinculado ao calendário eleitoral. E também
não há a lavagem de dinheiro, porque o bem, no caso, o triplex, pertence a uma
instituição financeira.
Dino, que foi acusado na Lava
Jato mas teve seu caso arquivado, pela absoluta falta de provas, fala dos
prejuízos que podem ser causados pela má aplicação da lei das delações
premiadas.
– Vivi um problema em
razão da má aplicação da lei. A lei das delações premiadas claramente diz que
até que se verifiquem elementos mínimos para se deflagrar uma investigação
criminal ou uma ação penal, essa delação deve ficar em segredo. Na imensa
maioria dos casos, podem existir interesses econômicos, pecuniários, políticos.
Mas nós conseguimos demonstrar a inconsistência.
Ele faz ainda um importante
alerta contra a onda punitivista que reina no Brasil de hoje, com o conluio
entre agentes da Justiça e os meios de comunicação.
– Os liberais diziam: os homens
não são governados por anjos. Nenhuma instituição é imune a erros. É preciso
lembrar valores e princípios que foram esquecidos. O tempo da Justiça não pode
ser o tempo midiático. Não pode ser o tempo da instantaneidade. Tem que ser o
tempo da reflexão. O sistema de Justiça não pode atuar politicamente. Em
outro trecho, ele também criticou duramente os grampos ilegais feitos pelo juiz
Sergio Moro e vazados para a Globo, que contribuíram para a deposição da
presidente Dilma Rousseff.
– Um belo dia, um juiz faz um
grampo ilegal. No outro, ele vaza um grampo ilegal. E ninguém faz nada. Quando
isso não escandaliza ninguém, e há até quem defenda um estado de exceção, cria-se
uma tolerância generalizada. O problema das ditaduras é o guarda da
esquina. Se você desrespeita em cima, isso tem uma progressão
geométrica. Numa sociedade obscenamente desigual, quando se rompem as
regras do jogo, sempre quem paga a conta são os mais desfavorecidos.
Em relação ao Maranhão, Dino
contou como tem executado programas de distribuição de renda e de promoção
social. Um dos exemplos é o projeto Ninar, que transformou uma antiga casa de
veraneio dos governadores, antes usada pela família Sarney, em centro de
tratamento de crianças com microcefalia. Ele também citou investimentos em
educação que têm dotado escolas públicas das mesmas condições das escolas
particulares e uma política fiscal que promove mais justiça, com maior
progressividade.
– Sem igualdade de condições,
não venham me falar em meritocracia.
Na entrevista, Dino, que tem
uma das melhores avaliações do País, também se disse pronto para um embate
contra a ex-governadora Roseana Sarney, do PMDB, que seria sua adversária mais
provável em 2018.
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Palavra oportuna
Democracia e soberania nacional serão restauradas pelo povo
Nota da presidenta nacional do PCdoB
O
Golpe de Estado de que o Brasil foi vítima, depois de a democracia ter sido
mutilada, segue a expor o país a uma crescente crise institucional, com a perda
de equilíbrio e o choque entre os Poderes da República. Um novo sintoma de que
essa crise se deteriora veio de uma declaração recente de um general da ativa
pregando abertamente uma “intervenção” militar como solução para a grave
situação nacional. Este General já fora disciplinarmente admoestado em 2015,
quando foi removido do comando militar do Sul, por ato político de
indisciplina. O presente episódio, embora isolado, não pode ser
minimizado pelas forças democráticas, patrióticas e populares. É grave e exige
firme e equilibrado repúdio.
Este
episódio não é um raio em céu azul. Em grande medida, deriva da perda de
autoridade dos Poderes da República, da forte desmoralização – sobretudo do
Executivo – do protagonismo político descabido do Judiciário, dos gravíssimos
danos contra a Nação e a classe trabalhadora, entre eles, o desmonte do Estado
nacional e a privatização de empresas e riquezas estratégica do país.
É
produto, também, da “satanização” que houve, e que há, por parte dos monopólios
midiáticos, da política e dos partidos como um todo. A campanha exaustiva e
contínua de que todos os partidos e todos os políticos são inaptos e corruptos
cria um caldo de cultura reacionário de que a saída seria fora da política. Daí
esse brado reacionário, afrontoso à Constituição Federal, de que a intervenção
militar seria a solução.
Esse
grito do general por uma “intervenção” militar contra os descaminhos do golpe
parlamentar soma-se a outras cogitações retrógradas, como implantação do
parlamentarismo ou de um semipresidencialismo, que, no seu conjunto, ameaçam
truncar, este sim, o único caminho –dentro do calendário estipulado pela
Constituição Federal – para se restaurar a democracia e a soberania nacional: a
realização da eleição presidencial de 2018.
Pela
realidade política concreta do país, a responsabilidade de restaurar a
democracia, salvar o Brasil, preservar os direitos é uma tarefa que cabe às
forças democráticas, patrióticas e populares.
Que
as Forças Armadas, nas circunstâncias da ruptura democrática que houve, sigam,
como corretamente o fizeram até aqui, atuando nos marcos da Constituição. Por
isto, é positiva a Nota do Comandante do Exército, General Eduardo Dias da
Costa Villas Bôas, reafirmando o compromisso da Instituição com a democracia,
com a Nação e informando que, diante do episódio citado, foram adotadas
providências para assegurar “ a coesão, a hierarquia e a disciplina”.
Recife,
23 de setembro de 2017
Deputada
Federal Luciana Santos
Presidenta
do Partido Comunista do Brasil (PCdoB)
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Ameaças
Golpismo militar retoma sua tradição
Janio de
Freitas, na Folha de S. Paulo
O que faltava não falta mais. Assim é,
antes de tudo, a contribuição do general Antonio Hamilton Mourão ao agravamento da situação crítica do
Brasil. O golpismo militar retoma sua tradição. Pela voz e pela posição do
general, que as fortaleceu com o aviso de que tem a concordância do Alto
Comando do Exército, estamos informados de que o país recuou 53 anos em sua
lerda e retardada história. De volta aos antecedentes de tutela armada vividos,
com as ameaças, os medos e os perigos cegos do pré-golpe de 1964.
O atual comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, dava seguro
avanço ao exemplar trabalho do seu antecessor, general Enzo Peri, de educação
civilizatória e limitação da sua oficialidade às atividades profissionais. Essa
situação, sem precedente desde a construção do golpe militar batizado de
proclamação da República, interrompe-se em uma manifestação divisível em duas
partes distintas.
Uma consiste na atitude do general
Mourão como indivíduo mentalmente formado na caserna, durante um período em que
ali as ideias se formaram por processo equivalente a lavagens cerebrais.
Fábricas de posições sem reflexão, apenas ecos de sons vindos do Norte. Por
certo, são muitos os Mourões nos níveis de idade mais alta, no entanto até aqui
compelidos à conduta de militares verdadeiros, não de políticos e juízes
armados. A outra parte é a das significações. A frase sísmica do general Mourão
não cabe em suas palavras: "Quando nós olhamos com temor e com tristeza os
fatos que estão nos cercando, a gente diz: 'Pô, por que que não vamo derrubar
esse troço todo?'" É o mais puro espírito do golpismo: "Por que que
não vamo derrubar tudo", se temo as armas e não temos ideia do que
significa tal decisão? Essas foram as premissas de todos os golpes militares,
fantasiadas ou não.
É mais do que incontinência individual:
"Na minha visão, que coincide com os meus companheiros de Alto Comando do
Exército, nós estamos [...] na situação de 'aproximações sucessivas'". Já
transcorre uma ação, pois, com preparativos para um fim determinado. Este:
"Até chegar o momento em que, ou as instituições solucionam o problema
político, pela ação do Judiciário, retirando da vida pública esses elementos
envolvidos com todos os ilícitos, ou então nós teremos que impor isso".
Pressão direta e explícita sobre o
Judiciário. Como os "elementos" de "vida pública" acusados
são políticos, e por isso passíveis de inquérito e julgamento no Supremo
Tribunal Federal, é pressão sobre a Corte Suprema do país. Por mais que seus
ministros reafirmem a sua independência e a do tribunal, dizendo-se imunes a
pressões, será inconvincente que, nas cabeças julgadoras de réus políticos, não
haja, subjacente, a lembrança da pressão que lhes sobrepôs a alternativa do
"dá ou desce" da democracia, a pobre.
Efeito mais imediato recai na área
política. O fortalecimento de Michel para enfrentar na Câmara a segunda
denúncia-crime, imaginado a partir do tropeção de Joesley Batista em si mesmo,
esvai-se com a sua cota na referência aos "elementos" a serem
retirados. Aliados seus estão entre os primeiros a pensar na convocação do
general Villas Bôas para falar ao Senado. A ideia é obter dele o esvaziamento
da mensagem do general Mourão. Menos otimista e não menos temeroso, o PSDB que
aumentava o seu número de dispostos a recusar o processo contra Temer, com a
volta de peessedebistas dissidentes ao balcão do governo, já cuida do freio e
do muro. Até saber qual é o lado mais compensatório.
Tudo isso, para o general Villas Bôas,
"é uma questão que já consideramos resolvida internamente". Mas não
externamente, neste país de mais de 200 milhões que circundam o Exército. Nem
quanto ao conceito do próprio general Raul Jungmann, ministro da Defesa, emitiu
nota, sobre exame de "medidas cabíveis" ao general Mourão, mas
demonstra que, ministro da Defesa, não defende nem a si mesmo, lançado em
escanteio silencioso.
Mas tradição é tradição.
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Impasse nacional
A encruzilhada
Eduardo Bomfim, no Vermelho
O País vive uma encruzilhada histórica que não surgiu de
repente e muito menos caiu do céu como uma praga dos deuses contra uma Nação
continental, herdeira de um processo civilizatório original, próprio ao nosso
itinerário singular e riquíssimo.
A partir do século XXI a globalização financeira intensificou uma ofensiva contra os estados, sim, porque grande parte das nações do então chamado terceiro mundo, mesmo que tenham alcançado a independência formal, não conquistaram a soberania econômica, política etc.
O processo da globalização financeira dispõe, além das guerras de rapina em várias regiões do planeta, de instrumentos tão eficazes como o uso das armas. Trata-se da guerra de ideias via complexos midiáticos que atingem o conjunto das sociedades como se fossem potentes artefatos que visam pulverizar as identidades e a vontade dos povos.
O Brasil tem sido alvo qualificado por ser uma Nação continental consolidada, uma das cinco maiores do mundo, com riquezas estratégicas e possuir papel geopolítico global incontornável, a não ser que a sociedade seja fragmentada, abatida em sua identidade, pilar central da nacionalidade.
O processo da quebra do parque industrial brasileiro já vem de décadas, as pressões contra os investimentos em ciência e tecnologia são tremendas, a crise na educação é retrato da falta de qualquer projeto de longo curso com a força de trabalho e a ausência de um plano estratégico de desenvolvimento do País.
O que o capital rentista e a governança mundial que a ele serve buscam é a recolonização física do País e a mental da sociedade através de uma agenda global que abdica de pensar e construir um pensamento que aglutine os brasileiros em torno de uma perspectiva de progresso e independência efetivos.
A gravíssima crise que sacode as instituições republicanas, alicerces da Nação, é resultante de todo esse colonialismo econômico, dependência mental a uma agenda social do ódio, de todos contra qualquer um e de qualquer um contra todos, dirigida pela grande mídia, ao sabor dos interesses estratégicos de nações contrárias ao protagonismo do Brasil.
O País necessita de uma política maior de Estadismo democrático, que recupere o equilíbrio perdido, de novos rumos à altura do seu potencial geopolítico, das justas aspirações da sociedade brasileira.
A partir do século XXI a globalização financeira intensificou uma ofensiva contra os estados, sim, porque grande parte das nações do então chamado terceiro mundo, mesmo que tenham alcançado a independência formal, não conquistaram a soberania econômica, política etc.
O processo da globalização financeira dispõe, além das guerras de rapina em várias regiões do planeta, de instrumentos tão eficazes como o uso das armas. Trata-se da guerra de ideias via complexos midiáticos que atingem o conjunto das sociedades como se fossem potentes artefatos que visam pulverizar as identidades e a vontade dos povos.
O Brasil tem sido alvo qualificado por ser uma Nação continental consolidada, uma das cinco maiores do mundo, com riquezas estratégicas e possuir papel geopolítico global incontornável, a não ser que a sociedade seja fragmentada, abatida em sua identidade, pilar central da nacionalidade.
O processo da quebra do parque industrial brasileiro já vem de décadas, as pressões contra os investimentos em ciência e tecnologia são tremendas, a crise na educação é retrato da falta de qualquer projeto de longo curso com a força de trabalho e a ausência de um plano estratégico de desenvolvimento do País.
O que o capital rentista e a governança mundial que a ele serve buscam é a recolonização física do País e a mental da sociedade através de uma agenda global que abdica de pensar e construir um pensamento que aglutine os brasileiros em torno de uma perspectiva de progresso e independência efetivos.
A gravíssima crise que sacode as instituições republicanas, alicerces da Nação, é resultante de todo esse colonialismo econômico, dependência mental a uma agenda social do ódio, de todos contra qualquer um e de qualquer um contra todos, dirigida pela grande mídia, ao sabor dos interesses estratégicos de nações contrárias ao protagonismo do Brasil.
O País necessita de uma política maior de Estadismo democrático, que recupere o equilíbrio perdido, de novos rumos à altura do seu potencial geopolítico, das justas aspirações da sociedade brasileira.
Leia mais
sobre temas da atualidade: http://migre.me/kMGFD
Poesia sempre
Bando
Câmara dos Deputados deve apreciar denúncia contra Temer e seus ministros palacianos em bloco. E assim confirma que, juntos são, de fato, uma quadrilha.
Compadres
Ruralistas vão pressionar Temer por perdão de R$ 17 bi em dívida com Funrural. E precisa pressionar?
23 setembro 2017
22 setembro 2017
Insensatez
Na caleidoscópica cena pré-eleitoral (antecipada), quem age com truculência tem voo curto.
21 setembro 2017
Antinacional
Temer corta 44% o orçamento destinado à Ciência, Tecnologia e Inovação. Faz parte da agenda da recolonização do Brasil.
Protagonismo
Vozes convergentes em busca da unidade ampla
Luciano Siqueira, no Vermelho e no Blog do Renato
A decisão do STF de encaminhar à Câmara dos Deputados a segunda denúncia da Procuradoria Geral da República contra Temer e as declarações duras do deputado Rodrigo Maia, presidente em exercício, contra interferências do Planalto na disputa por parlamentares de direita ora alojados no PSB são a bola da vez no noticiário da crise.
Quase que apenas “detalhes” num oceano de contradições que afetam todas as esferas da sociedade brasileira.
Concomitantemente, a mini reforma política confirma remendos num sistema caduco. Menos mal, pois com a atual composição do Congresso Nacional, reformas estruturais progressistas são impensáveis.
O fato é que a conjuntura pós-impeachment segue marcada pala imprevisibilidade e pela dispersão no terreno das ideias, enquanto avança a agenda regressiva de cunho neoliberal encetada por Temer e seu bando.
Nesse cenário, permanece a discrepância entre o grau de insatisfação reinante na sociedade e o aparente imobilismo.
A reação popular, aqui e mundo afora, em geral não se faz de imediato a uma grande derrota.
O primeiro momento configura perplexidade e resistência “primária”, onde cada segmento social e cada corrente política reage como pensa que pode e conforme suas circunstâncias, sem que as energias convirjam para um mesmo leito.
Esse é o desenho natural da evolução da consciência social mais avançada em tempo bicudo.
O PCdoB — que detém a primazia na análise multilateral do que se passa no país desde 2002, incluindo o legado dos governos Lula-Dilma — tem assinalado a absoluta necessidade da construção de ampla frente social e política em torno de uma plataforma destinada à superação da crise e a retomada do ciclo transformador, em novo patamar.
Uma empreitada hercúlea. Nada fácil, como nunca foi. Nem há fórmula definida nem roteiro rígido.
O diálogo entre os diversos segmentos da atual resistência, incluindo personalidades e grupos que se desgarram das hostes governistas, ao mesmo tempo e em sintonia com as manifestações concretas de luta nos salões e nas ruas, há que prosseguir — livre de estreitezas e sectarismos, tendo a defesa da nação como vértice.
A existência de pré-candidaturas à presidência da República, nesse cenário, além de um direito natural dos partidos, pode contribuir para uma ulterior conjugação de forças. Lula, pelo PT e Ciro Gomes, pelo PDT podem cumprir esse papel.
Em seu documento-tese em debate relativo ao 14° partidário, o PCdoB reafirma que seus esforços “pela constituição da Frente Ampla, pela coesão do campo democrático patriótico e popular, em torno de um programa e de uma candidatura; podendo, nesse processo, apresentar ao povo e às forças políticas progressistas uma pré-candidatura presidencial que contribua para a concretização destes objetivos.”
Uma pré-candidatura do PCdoB, nesses termos, em muito poderá contribuir no debate de novos rumos para o país.
Luciano Siqueira, no Vermelho e no Blog do Renato
A decisão do STF de encaminhar à Câmara dos Deputados a segunda denúncia da Procuradoria Geral da República contra Temer e as declarações duras do deputado Rodrigo Maia, presidente em exercício, contra interferências do Planalto na disputa por parlamentares de direita ora alojados no PSB são a bola da vez no noticiário da crise.
Quase que apenas “detalhes” num oceano de contradições que afetam todas as esferas da sociedade brasileira.
Concomitantemente, a mini reforma política confirma remendos num sistema caduco. Menos mal, pois com a atual composição do Congresso Nacional, reformas estruturais progressistas são impensáveis.
O fato é que a conjuntura pós-impeachment segue marcada pala imprevisibilidade e pela dispersão no terreno das ideias, enquanto avança a agenda regressiva de cunho neoliberal encetada por Temer e seu bando.
Nesse cenário, permanece a discrepância entre o grau de insatisfação reinante na sociedade e o aparente imobilismo.
A reação popular, aqui e mundo afora, em geral não se faz de imediato a uma grande derrota.
O primeiro momento configura perplexidade e resistência “primária”, onde cada segmento social e cada corrente política reage como pensa que pode e conforme suas circunstâncias, sem que as energias convirjam para um mesmo leito.
Esse é o desenho natural da evolução da consciência social mais avançada em tempo bicudo.
O PCdoB — que detém a primazia na análise multilateral do que se passa no país desde 2002, incluindo o legado dos governos Lula-Dilma — tem assinalado a absoluta necessidade da construção de ampla frente social e política em torno de uma plataforma destinada à superação da crise e a retomada do ciclo transformador, em novo patamar.
Uma empreitada hercúlea. Nada fácil, como nunca foi. Nem há fórmula definida nem roteiro rígido.
O diálogo entre os diversos segmentos da atual resistência, incluindo personalidades e grupos que se desgarram das hostes governistas, ao mesmo tempo e em sintonia com as manifestações concretas de luta nos salões e nas ruas, há que prosseguir — livre de estreitezas e sectarismos, tendo a defesa da nação como vértice.
A existência de pré-candidaturas à presidência da República, nesse cenário, além de um direito natural dos partidos, pode contribuir para uma ulterior conjugação de forças. Lula, pelo PT e Ciro Gomes, pelo PDT podem cumprir esse papel.
Em seu documento-tese em debate relativo ao 14° partidário, o PCdoB reafirma que seus esforços “pela constituição da Frente Ampla, pela coesão do campo democrático patriótico e popular, em torno de um programa e de uma candidatura; podendo, nesse processo, apresentar ao povo e às forças políticas progressistas uma pré-candidatura presidencial que contribua para a concretização destes objetivos.”
Uma pré-candidatura do PCdoB, nesses termos, em muito poderá contribuir no debate de novos rumos para o país.
Leia mais sobre temas da
atualidade: http://migre.me/kMGFD
20 setembro 2017
19 setembro 2017
Mentira
Temer usa dados não oficiais e ignora rombo nas contas em discurso na ONU. O mesmo que faz aqui e o povo rejeita.
Com quem?
"Compromisso com o desenvolvimento sustentável é de primeira hora", diz Temer na ONU. Ou seja, de sustentação dos interesses do Mercado.
Nesta quinta-feira. Imperdível
Um marco histórico sob um olhar contemporâneo.
. O expositor do tema, LUÍS FERNANDES, é professor e pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da PUC-Rio, doutor em ciência política e renomado estudioso da evolução histórica da ex-União Soviética.
. Como debatedor, atuará KARL SCHURSTER, doutor em História Contemporânea pela Universidade Livre de Berlin, professor e pesquisador da UPE.
- Aberto ao público.
. O expositor do tema, LUÍS FERNANDES, é professor e pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da PUC-Rio, doutor em ciência política e renomado estudioso da evolução histórica da ex-União Soviética.
. Como debatedor, atuará KARL SCHURSTER, doutor em História Contemporânea pela Universidade Livre de Berlin, professor e pesquisador da UPE.
- Aberto ao público.
Trump + Temer
Cena expressiva de um mundo em decadência
Luciano Siqueira, no Blog da Folha
Nos Estados Unidos, onde participa hoje da Assembleia Geral da ONU, Michel Temer ontem se encontrou com o presidente Donald Trump e posou sorridente para um grupo de fotógrafos pouco interessados e cumprindo mera missão profissional.
A cena por si mesma diz muito, retrato fiel de um mundo em que a decadência.
Trump, eleito presidente da ainda maior potência militar do globo em circunstâncias muito peculiares, exerce sua missão num misto de comportamento atabalhoado, agressivo e inconsequente.
O traço mais marcante da situação atual é a aceleração — sob o caldo de cultura de uma crise econômica e social estrutural do sistema capitalista — da transição da atual conformação de forças sob domínio unipolar norte-americano para uma nova ordem multipolar, na qual ganham expressão crescente a República Popular da China e a Federação Russa e, liderando a Comunidade Europeia, a Alemanha.
Temer, no exercício de um cargo a que foi içado através de um golpe institucional, no triste papel de energúmeno e impostor, como que prestando contas de sua agenda neocolonialista e regressiva de direitos e conquistas.
No concerto internacional, nos dois governos Lula e no primeiro governo Dilma, em sequência, o Brasil alcançou lugar de destaque — fruto de uma política externa altiva e proativa, seja como catalisador natural da conjugação de nações do subcontinente sul americano e da América Central, seja como protagonista da diversificação das relações comerciais e diplomáticas à margem das imposições dos EUA e da Comunidade Europeia.
Agora, há pouco mais de um ano, Temer e seu grupo, obedientes depositários de interesses manipulados desde Wall Street e Washington, rebaixa nosso país à vergonhosa condição de republiqueta subjugada.
Tempo tenebroso esse, que vivemos no mundo e no Brasil. Mas que a compreensão precisa da evolução da realidade concreta e das contradições inerentes ao sistema imperante mantém acesa a chama da esperança e impulsiona democratas e progressistas de todas as partes à luta emancipatória.
A cena armada em torno do encontro desses dois símbolos da decadência — Trump e Temer - há de servir de incentivo à resistência que aqui, nos EUA e mundo afora, sob diferentes formas e circunstâncias, vem gestando novo ciclo de transformações libertárias de nações e povo subjugados.
Luciano Siqueira, no Blog da Folha
Nos Estados Unidos, onde participa hoje da Assembleia Geral da ONU, Michel Temer ontem se encontrou com o presidente Donald Trump e posou sorridente para um grupo de fotógrafos pouco interessados e cumprindo mera missão profissional.
A cena por si mesma diz muito, retrato fiel de um mundo em que a decadência.
Trump, eleito presidente da ainda maior potência militar do globo em circunstâncias muito peculiares, exerce sua missão num misto de comportamento atabalhoado, agressivo e inconsequente.
O traço mais marcante da situação atual é a aceleração — sob o caldo de cultura de uma crise econômica e social estrutural do sistema capitalista — da transição da atual conformação de forças sob domínio unipolar norte-americano para uma nova ordem multipolar, na qual ganham expressão crescente a República Popular da China e a Federação Russa e, liderando a Comunidade Europeia, a Alemanha.
Temer, no exercício de um cargo a que foi içado através de um golpe institucional, no triste papel de energúmeno e impostor, como que prestando contas de sua agenda neocolonialista e regressiva de direitos e conquistas.
No concerto internacional, nos dois governos Lula e no primeiro governo Dilma, em sequência, o Brasil alcançou lugar de destaque — fruto de uma política externa altiva e proativa, seja como catalisador natural da conjugação de nações do subcontinente sul americano e da América Central, seja como protagonista da diversificação das relações comerciais e diplomáticas à margem das imposições dos EUA e da Comunidade Europeia.
Agora, há pouco mais de um ano, Temer e seu grupo, obedientes depositários de interesses manipulados desde Wall Street e Washington, rebaixa nosso país à vergonhosa condição de republiqueta subjugada.
Tempo tenebroso esse, que vivemos no mundo e no Brasil. Mas que a compreensão precisa da evolução da realidade concreta e das contradições inerentes ao sistema imperante mantém acesa a chama da esperança e impulsiona democratas e progressistas de todas as partes à luta emancipatória.
A cena armada em torno do encontro desses dois símbolos da decadência — Trump e Temer - há de servir de incentivo à resistência que aqui, nos EUA e mundo afora, sob diferentes formas e circunstâncias, vem gestando novo ciclo de transformações libertárias de nações e povo subjugados.
E a tormenta
degradante que ora agride a nação brasileira adiante será superada por ampla, e
plural convergente aglutinação de forças progressistas.
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atualidade: http://migre.me/kMGFD
18 setembro 2017
Pluralidade
Pré-candidaturas à presidência da República de partidos potencialmente aliados são legítimas e podem contribuir desde já para o bom debate sobre os rumos do país.
Cara de pau
Temer fala em respeito à Constituição na posse da nova procuradora geral da República. Esqueceu que tirou Dilma com um golpe institucional?
15 setembro 2017
Força motriz da História
Cenas explícitas de luta de
classes
Quando o
Muro de Berlim caiu em 1989, uma das falas mais marcantes e que demonstravam
bem o interesse do Império foi a do filósofo nipo-americano Francis Fukuyama,
que, a partir daquele momento decretava o "fim da história".
Por Nilson
Vellazquez*, no Vermelho
Obviamente, ao decretar o fim da história, Fukuyama estava, ao lado dos
vencedores, declarando a vitória e supremacia do Império perante os povos
explorados e os trabalhadores de todo o mundo. Batia de frente com as
concepções marxistas que apontavam a luta de classes como motor da história.
Além dele e da direita neoliberal de todo o mundo, partidos
de esquerda também passaram a desacreditar num futuro justo para a humanidade
e, a partir daí, concepções niilistas, individualistas, pós-modernas e
multiculturalistas foram tomadas - mas todas partindo de um princípio: fomos
derrotados no que de mais profundo poderia existir, que era uma transformação
do modelo econômico-social de desenvolvimento do mundo.
Essas concepções nos tornaram cada vez mais reféns de disputas
no seio da sociedade de cunho liberal - direitos às individualidades, aos
costumes e ao consumo - em detrimento da luta de classes, que nunca foi
praticada de maneira escamoteada, pelo contrário, sempre precisou derrubar
símbolos (como o Muro de Berlim), derramar sangue e castigar os derrotados.
Quando Zumbi dos Palmares foi assassinado, em 20 de novembro
de 1695, como exemplo para os outros escravos, exibiram sua cabeça em plena
praça pública, para que ninguém mais ousasse levantar-se contra os desmandos da
Coroa. Assim também aconteceu quando a burguesia ascendeu ao poder na França,
decapitando do imperador Luís XVI.
Esses exemplos servem apenas para ilustrar que luta de
classes, embora também atue no seu modo soft através dos aparelhos ideológicos
não é feita com subterfúgios; quando se tem força para executar os seus
objetivos, a classe hegemônica não titubeia.
Aqui no Brasil, portanto, a luta de classes nos últimos
tempos tem se dado da maneira mais explícita possível. Quem achava que o
impeachment fraudulento da presidenta Dilma representava uma troca de
governantes apenas, ou que era um golpe contra o PT, ou até mesmo para acabar
com a corrupção, deve(ria) passar a perceber os verdadeiros objetivos do golpe.
Em um ano de governo ilegítimo - patrocinado pela mídia
golpista e setores de corporações do estado - várias já foram as ações que
desnudam o caráter de classe impresso nesse processo de ruptura democrática
pelo que o Brasil passa. De um ano pra cá, uma quadrilha apeou o poder da
República para tentar executar o que o "mercado" lhe delegou:
entregar o Brasil de bandeja e novamente inseri-lo na cadeia capitalista de
maneira subalterna, umbilicalmente ligado aos interesses do decadente império
estadunidense. As medidas que acabam com direitos do trabalhador tais como a
Reforma Trabalhista, a Reforma da Previdência e Terceirização são medidas de
tamanha violência - real e simbólica - que nem a Ditadura Militar foi capaz de
fazer e, obviamente, para dar durabilidade a essas medidas é preciso acabar, tal
qual as estátuas de Lênin ou de Stálin, com os nossos símbolos e com a
esperança do povo brasileiro de retomar o crescimento soberano e justo.
As mais recentes investidas contra Lula são provas de que na
luta de classes não se brinca. E é preciso dizer: não se combate a luta de
classes no nível de radicalização em que ela se encontra com cirandas e
dinâmicas de grupo; se combate com politica, política como arte, política como
guerra, como guerra de trincheiras, buscando espaço, tentando dividir o inimigo
e sobretudo acumulando forças para o ataque que por mais que queiramos não tem
nenhuma condição de ser dado agora.
O golpe, por mais que atrapalhe essas políticas, não é
homofóbico ou racista por si só. O golpe é classista e nos passa uma mensagem:
nunca mais ousem governar esse país. Por isso, é preciso acabar com qualquer
chance de a esquerda voltar. Daí ser tão explícitas as medidas que fazem contra
Lula e a venda do nosso patrimônio, marcas profundas de gado no lombo do nosso
país, com o selo bem grande dos EUA.
Quisera eu que também pudéssemos ter impresso a nossa marca
com maior profundidade. Infelizmente, o caminho de distribuição de renda
apenas, ou da "questão social" sem tocar na estrutura do estado e no
caminho da soberania nacional tendo e vistas o socialismo possibilitou que
nossas mudanças fossem leves como o vento. Aos poucos, iremos nos desfazendo de
todas elas. O Brasil já voltou ao mapa da fome e é cada vez mais crescente o
número de trabalhadores informais e moradores de rua nas cidades de nosso país.
Por isso, em tempos difíceis como este em que vivemos -
tempos de cenas explícitas de luta classes, que é vivida em tabuleiro
internacional - é preciso atuar explicitamente também. Fazer luta de classes no
parlamento, nas ruas e onde mais puder ser. Sem essa perspectiva bradaremos
incansavelmente nossas consciências e nosso radicalismo sem adentrar no cerne
da questão: como transpor o regime golpista?
Pra mim, só ultrapassaremos esse estágio da luta de classes
com muita amplitude, trazendo para o lado de cá quem puder trazer. Ao longo
desse caminho, ficaremos alguns, eliminaremos outros, mas só uma grande frente
nacionalista, desenvolvimentista e consciente da árdua missão que nos cabe
poderá superar a ignomínia a que submetem o nosso país dia a dia.
Vamos à luta!
*Nilson Vellazquez é
professor da rede pública e secretário de formação do PCdoB de Pernambuco.
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atualidade: http://migre.me/kMGFD
13 setembro 2017
Dever
Em ambiente conturbado e ameaçador, ir além dos fatos e abordar os destinos do país é um dever patriótico.
Notícia velha
"Temer e Cunha tramavam 'diariamente' queda de Dilma", afirma delator Lucio Funaro. Mas, convenhamos, isso todo mundo está caduco de saber.
Bumerangue
Temer diz que "bandidos constroem versões" para atacar a presidência da República. Contra Dilma fizeram isso - e ele, Temer, ajudou.
Turbulências
Supremo julga hoje pedido de suspeição contra Janot em clima de intrigas e confrontos internos. Aí de ti, República!
Uma questão crucial
O que
há de mais nocivo na agenda regressiva
Luciano Siqueira, no Blog de Jamildo/portal ne10
Quando tudo conspira contra
não é fácil identificar o problema principal. Assim ocorre agora com o ilegítimo
governo Temer.
Na agenda regressiva de direitos
e de restrições à soberania, certamente no desmonte do Estado nacional reside o
que há de mais danoso. Porque no mundo de hoje, nenhum país logra êxito prescindindo
do Estado como indutor do desenvolvimento.
E o que assistimos no Brasil
pós-golpe, sob a égide da consigna “menos Estado, mais mercado”, é o logro da
retomada do crescimento econômico apoiado no setor privado, na esteira do
esvaziamento do setor público.
A narrativa governamental
parece ser lógica, mas não é.
Para deter a desorganização
das finanças públicas, a mágica é o ajuste fiscal
centrado no corte das despesas governamentais.
Além de sacrificar duramente programas
sociais compensatórios, sufocar a pesquisa científica e o ensino público
universitário e técnico e restringir o mercado interno, aborta investimentos públicos
em infraestrutura – receita de aprofundamento da recessão – e não resolve o problema
eleito como central, o déficit público.
Nesse contexto, ganha destaque o programa
de privatização de 57 empresas públicas apresentado como solução heroica para a
geração de receitas necessárias para o equilíbrio financeiro.
Nessa matéria, sequer aprendemos
com lições recentes. Nos governos Collor e FHC, a privatização de empresas
estatais estratégicas resultaram na transferência de 15% do PIB ao setor privado
e proporcionaram a perda definitiva de 546 mil postos de trabalho. E nem
promoveram crescimento nem sanaram o déficit público – como bem assinala o
economista Marcio Pochmann em artigo recente.
Ora, não se conhece nenhum caso mundo
afora de crescimento econômico sem pesados investimentos públicos.
A lógica de Temer e sua equipe
econômica é a lógica do rentismo. E da renúncia à soberania.
Mas o noticiário produz uma imensa
cortina de fumaça, que dá como legitima a interrupção da normalidade
constitucional e prioriza o combate à corrupção – bandeira de toda a sociedade,
que não pode ser subestimada nunca, mas que se presta, na atualidade, não
apenas à transgressão de normas processuais, a uma seletividade criminosa e a
confundir a população.
Mais do que nunca é preciso
defender um projeto nacional de desenvolvimento – que comporta sim, a restauração
da normalidade democrática e a defesa e o restabelecimento de direitos e
conquistas sociais fundamentais, mas sobretudo a preservação do Estado
nacional.
O programa de privatizações não
pode seguir sem resistência. A inclusão da CHESF na tentativa de transferir ao
setor privado esse segmento estratégico há de mobilizar todas as forças vivas
do Nordeste – partidos progressistas, movimentos sociais, governadores,
parlamentares, a academia e o mundo da ciência e da tecnologia. Antes que seja
tarde.
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