Robôs que me fazem inveja
Luciano Siqueira
Fiquei sabendo agora que pesquisadores estão experimentando robôs para encontrar meios de acelerar a restauração de recifes de coral.
O foco imediato é o arquipélago de Abrolhos, no oceano Índico, a 64 km a oeste do litoral da Austrália, detalha o site da BBC.
A bióloga Taryn Foster, no comando do experimento científico, explica que os corais são animais conhecidos como pólipos e são encontrados principalmente em águas tropicais.
Diz ainda que os pólipos têm corpos moles e formam uma caixa externa dura, extraindo carbonato de cálcio do mar, que a partir de certo tempo formam o que nós conhecemos como recifes.
(Ela não diz, e menciono aqui, que esta é a origem do nome da capital de Pernambuco, cidade que acolheu o natalense que escreve essas linhas e o tornou, inclusive, cidadão recifense por decisão da Câmara Municipal.)
Voltando à ilustre pesquisadora, os recifes de coral são sensíveis ao calor e à acidificação — justamente duas ameaças que se acumulam ano a ano em nossos oceanos.
Os esforços de recuperação agora podem ser mais rápidos e intensos com o apoio da inteligência artificial para controlar robôs colaborativos, que operam ao lado dos técnicos.
Gosto dessas notícias. Afinal ficamos sabendo que a ciência e a tecnologia se desenvolvem nas mais diversas direções, incluindo o uso da inteligência artificial, com propósitos meritórios.
Não apenas nem principalmente na construção de armas cada vez mais destrutivas para uso em guerras imperialistas.
E, do fundo da minha ignorância, fico a perguntar se experiências semelhantes não poderiam ser usadas para restaurar muita coisa — no meio ambiente físico e vivo e até entre os humanos — que anda se deteriorando em razão dos exageros da vida moderna.
Nessa direção, o amigo Epaminondas (que acompanha meu engenhoso raciocínio), sugere o uso de robôs inteligentes reduzidos ao tamanho de um botão de blusa a colocar nos integrantes de torcidas organizadas de futebol com o fim de controlá-los, e assim coibir a violência que praticam dentro e fora dos estádios.
Tudo bem, amigo. É uma boa ideia. Porém da minha parte, que sigo gostando de futebol mas há muito não frequento os estádios, a pretensão é mais modesta: gostaria muito de ter em mãos um robô desse tipo para por em ordem a biblioteca daqui de casa.
Ah, seria ótimo! Cada livro em seu lugar, conforme estantes temáticas, e de fácil visibilidade e acesso, pois vivo enrolado toda vez que apressadamente busco um livro que desejo consultar.
Exagero? Acho que não. Quem sabe ainda viva o suficiente para dispor de um robozinho inteligente à minha disposição?
O caleidoscópico tempo presente https://bit.ly/3Ye45TD
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