Temer desrespeita Constituição e não aplica 15% das receitas orçamentárias em ações e serviços públicos de saúde. Alimenta o caos no SUS.
A construção coletiva das idéias é uma das mais fascinantes experiências humanas. Pressupõe um diálogo sincero, permanente, em cima dos fatos. Neste espaço, diariamente, compartilhamos com você nossa compreensão sobre as coisas da luta e da vida. Participe. Opine. [Artigos assinados expressam a opinião dos seus autores].
31 julho 2017
Opostos
Ibope: 81% dos eleitores defendem processo contra Temer. Mas a maioria dos deputados ainda rejeita denúncia. Um imenso contraste!
Caos
O corte orçamentário promovido pelo governo
golpista do presidente Michel Temer está afetando diretamente universidades
federais, que têm demitido professores, terceirizado funcionários e
racionalizado gastos para lidar com o déficit no investimento. Neste ano, os
cortes anunciados em março atingiram R$ 3,6 bilhões de despesas diretas do
Ministério da Educação (MEC), além de R$ 700 milhões em emendas parlamentares
para a área da educação. Leia mais http://zip.net/bxtNlJ
Contraste
No Nordeste, apenas 4% apoiam Temer. Mas a maioria dos deputados nordestinos ainda o defendem. Isso ainda muda?
30 julho 2017
Consórcios públicos
Leio agora "Consórcios públicos e as agendas do Estado brasileiro", que recebi do amigo co-autor Vicente Trevas. Leitura necessária e oportuna.
29 julho 2017
Em baixa
Pífio desempenho da construção civil aumenta desconfiança dos empresários e nega a "recuperação" da economia propalada por Temer.
Fisiologismo
No Palácio do Jaburu, nunca se jantou tanto emendas e cargos, "menu" preferencial de Temer e sua base parlamentar.
28 julho 2017
Lá e cá
Em meio a baixarias e fofocas, Trump faz novas mudanças em seu gabinete. Estaria imitando o governo Temer?
Setor elétrico ameaçado
Trama lesa-pátria
É oportuna a leitura de matéria assinada por Luíz Carlos Azenha no blog
Viomundo http://zip.net/bwtLVM acerca da
proposta do Ministério das Minas e Energia, de "aprimoramento" do
marco legal do setor elétrico.
Um verdadeiro crime no melhor estilo lesa-pátria e contra o povo.
A energia elétrica deixa de ser tratada como bem público regulado pelo
Estado e vira mercadoria, como qualquer outra, submetida ao jogo livre do
mercado.
Na verdade, a regulação se dará através de uma bolsa de energia, tendo no
seu bojo o propósito de privatização das empresas públicas do setor.
Além da perda do controle estatal de um insumo essencial ao
desenvolvimento do país e à vida das pessoas, há o risco de futuramente
convivermos com tarifas quatro ou cinco vezes maiores do que as de hoje.
Mais um item da agenda regressiva ultraliberal de Temer et caterva, que
há de ser denunciado e combatido. (LS)
Leia mais sobre temas da
atualidade: http://migre.me/kMGFD
Privilégio
Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) anula cobrança de R$ 775,867 milhões ao Banco Itaú pela Receita Federal. Absurda "proteção".
O prazer da fotografia
Cena urbana: Manhã nublada e lazer em Cabo Branco, João Pessoa (Foto: LS) #cenaurbana
Império decadente
O Brasil e o
excepcionalismo
Eduardo Bomfim, no Vermelho
A concepção do excepcionalismo norte-americano como sustentação da superioridade do indivíduo e da civilização anglo-saxônica ao que tudo indica parece estar perdendo a sua liderança nesse mundo multipolar que avança a passos rápidos nas primeiras décadas do século XXI.
Até mesmo com a campanha ideológica, difundida através da grande mídia global, com uma diuturna agenda de promoção desses valores como se fossem o espelho de todas as sociedades no planeta, das subserviências acadêmicas que, aberta ou discretamente, reverenciam nos planos das ciências sociais todas essas teses artificialmente importadas, como se elas fossem paradigmas científicos a serem seguidos sem contestações.
Assim entronizaram também no Brasil a antropologia anglo-americana como modelo a ser seguido, sustentado desde a grande mídia a intelectuais, setores universitários, de tal forma que qualquer visão crítica aos seus modelos apriorísticos é transformada em forte campanha difamatória.
Isso, seja nas redes sociais, ou nos grandes veículos de comunicação do País que determinam o Brasil oficial, das instituições do Estado, das estruturas corporativas, que se encontram hoje em dia distantes do Brasil real, enfatizado por Machado de Assis, e que corresponde atualmente a, mais ou menos, 200 milhões de habitantes.
O País real acorda, almoça e janta a cultura ditada pelo excepcionalismo anglo-americano, apesar das milhares de resistências que estão a somar-se.
De tal forma que o “mundo” oficial descolou da nação real e, embora hegemônico e determinante, inclusive em função do poder do capital financeiro especulativo, navega em uma realidade paralela muito longe dos trópicos que habitamos.
Daí é que, ao invés da rica História do Brasil, a nossa real formação civilizacional, antropológica e perspectivas futuras, parece que nos impuseram um transplante mecânico das sociedades inglesa, estadunidense, como um vírus digital, ou tendo sofrido ataques de algum hacker.
No mundo multipolar, que vai se consolidando, o esforço pelo conhecimento científico e tecnológico, o desenvolvimento econômico, a justiça social ampla e profunda, a soberania, são inseparáveis da compreensão cultural de como somos, como nos fizemos, onde desejamos chegar como nação, abertos ao mundo, mas sem estereótipos.
Leia mais sobre temas da
atualidade: http://migre.me/kMGFD
27 julho 2017
Mais recessão
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) perderá quase 30% dos recursos com bloqueio do Orçamento. Temer empurra o Brasil para trás.
Medo
Aliados de Temer querem que reforma da Previdência fique para 2019. Temem enfrentar os eleitores no próximo pleito.
Primazia da questão nacional
Nó estratégico
a ser desatado
Luciano Siqueira, no Vermelho e no Blog do Renato
A crise segue seu cortejo dramático e patético, enquanto problemas de fundo que impedem o pleno desenvolvimento do país se agravam por iniciativa do atual governo.
A crise segue seu cortejo dramático e patético, enquanto problemas de fundo que impedem o pleno desenvolvimento do país se agravam por iniciativa do atual governo.
A nossa condição de economia
dependente e subsidiária, timidamente enfrentada nos governos Lula e Dilma,
agora ganha a dimensão de ameaça concreta de "neo colonização".
Por exemplo, a adoção do dogma da
contenção dos investimentos estatais como indispensável ao equilíbrio das
contas públicas, além de enfraquecer a engenharia e a ciência e a tecnologia nacionais,
incrementa o desemprego e o sacrifício de recursos humanos tecnicamente avançados
e desidrata gravemente o mercado interno.
Em decorrência, aprofunda-se a
dependência do comércio exterior e o alargamento da presença, em nossa pauta de
exportações, de produtos primários e commodities, desmilinguindo mais ainda a
competitividade internacional de nossa indústria.
A vulnerabilidade de nossa
economia às intempéries externas se acentua, na esteira da variação dos preços
da commodities.
Concomitantemente, as instituições
que compõem o Estado, ao contrário do que diz a cantilena golpista, se esgarçam
e aguçam seu caráter antirepublicano.
Isto implica elemento essencial
num programa de superação da crise e retomada do desenvolvimento do país em
bases soberanas, tarefa estratégica e urgente das oposições.
Desmontar os novos dispositivos
recém impostos pelo governo Temer e adotar medidas estruturantes ousadas e
consistentes na direção oposta requer consciência, vontade política,
discernimento e habilidade tática.
Aí reside, talvez, a maior
limitação do conjunto das forças que hoje se batem contra o governo golpista.
Se antes, pilotando governo
central, Lula e o Partido dos Trabalhadores e aliados não conseguiram convergir
na compreensão e na coragem de desatar esse nó, agora as dificuldades são
temperadas pela urgência de se resistir às reformas trabalhista e
previdenciária — que empurra o movimento oposicionista para uma prevalência
espontânea da questão social sobre a questão nacional.
Ou seja, a superação dos entraves macroeconômicos,
que em última instância alimentam a exploração dos trabalhadores e incrementa a
subtração de direitos está intimamente associada à defesa e ao aprimoramento do
Estado nacional.
Sem um Estado forte não será
possível redefinir com clareza e eficácia os rumos do país. Uma
ideia-força, que o PCdoB e alguns poucos líderes e agrupamentos da sociedade
civil acentuam, mas que ainda carece de melhor apreciação pelas correntes
populares e democráticas.
Leia mais sobre temas da
atualidade: http://migre.me/kMGFD
Blindagem
Governo tenta blindar Meirelles de desgate - porque é quem governa de fato e porque Temer, desmoralizado, não sairá do fundo do poço.
Fracasso
Governo tem o pior déficit da História. E os golpistas diziam que com o impeachment de Dilma as contas públicas seriam saneadas!
O prazer da fotografia
Cena urbana: Forte Santa Catarina, Cabedelo - detalhe (Foto:LS) #cenaurbana #cabedelo#mostrooquevejo #lucianosiqueira
26 julho 2017
Em queda
Crédito imobiliário fecha primeiro semestre de 2017 em queda. Oxente! E deram o golpe dizendo que recuperariam a economia!
E agora?
O corte de R$ 5,9 bilhões no Orçamento Geral da União atrapalhará Temer na compra de deputados - ou não?
Lixo
Pesquisa Ipsos: reprovação a Temer bate novo recorde e vai a 94%. Lugar garantido no lixo da História.
25 julho 2017
O preço da traição
Quanto
vale Michel Temer?
Luciano Siqueira, no Blog da Folha
Como na vida em geral, tudo
na política tem um preço — inclusive, em certos casos, financeiro.
Michel Temer, além de ilegítimo, mostra-se um dos presidentes mais caros da história do Brasil. Além do custo moral, o sacrifício das finanças públicas e da soberania nacional.
Por uma dupla razão: a) para manter o beneplácito do Deus Mercado, que em última instância o sustenta e manipula núcleos essenciais das instituições da República, incorpora todo o receituário rentista e assume padrões coloniais na abertura de riquezas nacionais essenciais ao aguçado apetite estrangeiro; b) promove verdadeiro festival "toma lá dá cá" para assegurar maioria parlamentar contra a denúncia de corrupção movida contra si pela Procuradoria Geral da República.
No quesito liberação de emendas ao Orçamento Geral da União com o fim de contentar parlamentáreis fisiológicos, só com os integrantes da Comissão de Constituição e Justiça, foram gastos 15 milhões de reais de uma só tacada!
A entrega do pré-sal, a venda criminosa de ativos estratégicos da Petrobras e o conluio com instituições estrangeiras para liquidar com empresas nacionais de engenharia fazem parte de um roteiro de redução do nosso país, no mercado internacional, à condição de mero exportador de commodities.
Nesse contexto, o governo já gastou quase 200 milhões de reais em publicidade, na vã tentativa de se fazer aceito pela sociedade brasileira.
Vem colhendo rotundo fracasso: apenas 7% da população o apoia.
Daqui a alguns dias, as atividades parlamentares serão retomadas e, provavelmente, a Câmara dos Deputados rejeitará por maioria a admissibilidade do processo movido contra Temer pela PGE.
Mas isso estará longe de solucionar o impasse político-institucional.
A nação corre o risco de sangrar até o pleito de outubro do ano vindouro, o povo sofrendo todas as terríveis consequências da crise.
O ambiente eleitoral futuro ainda é imprevisível, porém certamente terá como uma das variáveis o desgaste das forças que deram o golpe contra Dilma e sustentam Temer.
Haverá espaço para uma alternativa oposicionista avançada, desde que confira nitidez e consequência às suas propostas e agregue forças amplas e diversificadas.
Michel Temer, além de ilegítimo, mostra-se um dos presidentes mais caros da história do Brasil. Além do custo moral, o sacrifício das finanças públicas e da soberania nacional.
Por uma dupla razão: a) para manter o beneplácito do Deus Mercado, que em última instância o sustenta e manipula núcleos essenciais das instituições da República, incorpora todo o receituário rentista e assume padrões coloniais na abertura de riquezas nacionais essenciais ao aguçado apetite estrangeiro; b) promove verdadeiro festival "toma lá dá cá" para assegurar maioria parlamentar contra a denúncia de corrupção movida contra si pela Procuradoria Geral da República.
No quesito liberação de emendas ao Orçamento Geral da União com o fim de contentar parlamentáreis fisiológicos, só com os integrantes da Comissão de Constituição e Justiça, foram gastos 15 milhões de reais de uma só tacada!
A entrega do pré-sal, a venda criminosa de ativos estratégicos da Petrobras e o conluio com instituições estrangeiras para liquidar com empresas nacionais de engenharia fazem parte de um roteiro de redução do nosso país, no mercado internacional, à condição de mero exportador de commodities.
Nesse contexto, o governo já gastou quase 200 milhões de reais em publicidade, na vã tentativa de se fazer aceito pela sociedade brasileira.
Vem colhendo rotundo fracasso: apenas 7% da população o apoia.
Daqui a alguns dias, as atividades parlamentares serão retomadas e, provavelmente, a Câmara dos Deputados rejeitará por maioria a admissibilidade do processo movido contra Temer pela PGE.
Mas isso estará longe de solucionar o impasse político-institucional.
A nação corre o risco de sangrar até o pleito de outubro do ano vindouro, o povo sofrendo todas as terríveis consequências da crise.
O ambiente eleitoral futuro ainda é imprevisível, porém certamente terá como uma das variáveis o desgaste das forças que deram o golpe contra Dilma e sustentam Temer.
Haverá espaço para uma alternativa oposicionista avançada, desde que confira nitidez e consequência às suas propostas e agregue forças amplas e diversificadas.
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Conversa fiada
Governo Temer quase esgota verba de publicidade já no primeiro semestre. Mas não evita rejeição de mais de 90% dos brasileiros.
24 julho 2017
Resistência
Desmonte nas ciências e defesa de Diretas já são destaques na reunião anual da SBPC. Uma trincheira de luta.
Estado mínimo
Com Temer, investimento público terá em 2017 o menor patamar nos últimos 15 anos. E não diziam que o golpe iria recuperar a economia?
23 julho 2017
Terrível
"Ministro da Justiça quer mais oficiais dos EUA treinando a polícia brasileira." Esse filme é antigo, já passou na ditadura militar. Com terríveis consequências.
Quem vota?
Henrique Meirelles se movimenta de olho nas eleições de 2018. Teria ótimas chances se o eleitorado se limitasse ao Mercado financeiro.
22 julho 2017
Furo
Crise política reduz receitas do governo em ao menos R$ 6,1 bi. E não diziam que o golpe salvaria a economia!?
Dúvida atroz
PSDB em dúvida sobre o que lhe é eleitoralmente conveniente, se a queda de Temer ou a ascensão de Rodrigo Maia. Contabilidade negativa.
21 julho 2017
O povo sabe
"População vai entender", diz Temer sobre aumento de impostos. Entende, sim: apenas 7% o apoia.
Pra onde?
Temer diz que reajuste dos combustíveis é para 'assegurar o crescimento'. Pra baixo, feito rabo de cavalo, só pode ser.
Sem perspectiva
A crise do liberalismo
Eduardo Bomfim, no Vermelho
O liberalismo econômico clássico adquiriu nova forma desde os anos oitenta do século XX e reinou absoluto a partir do novo milênio, juntamente com a hegemonia unipolar dos Estados Unidos, depois da debacle da União Soviética.
O liberalismo econômico clássico adquiriu nova forma desde os anos oitenta do século XX e reinou absoluto a partir do novo milênio, juntamente com a hegemonia unipolar dos Estados Unidos, depois da debacle da União Soviética.
Essa nova cara do liberalismo que se tornou hegemônico é o neoliberalismo, uma etapa bem mais agressiva do capital financeiro especulativo, do rentismo. Nesse período mudou-se drasticamente a face do mundo, não só no aspecto econômico.
Como também na geopolítica mundial, nas relações sociais, assim como entre o monopólio dessa nova fase do capital e as estruturas de poder que determinam os rumos entre as nações e nas relações políticas dentro dos Estados nacionais.
O monopólio do capital parasitário alterou radicalmente o espírito da atividade política, subvertendo-a aos seus interesses estratégicos, determinando também outras ideias, concepções, nas relações sociais provocando imensa regressão nos sentimentos coletivos e individuais nas comunidades.
Nas primeiras décadas do século XXI testemunhamos a quintessência do individualismo, da competição desenfreada nas sociedades. Tantas modificações profundas foram acompanhadas por uma massificante argumentação ideológica e midiática, com o objetivo de se fazer incontestável a mundialização do capital rentista e a ideia do indivíduo globalizado na condição de força de trabalho móvel.
Mas as crises financeiras da Nova Ordem mundial abateram as ilusões sobre o reinado do capital parasitário, do fim da História profetizado pelo guru do neoliberalismo, o nipo-americano Francis Fukuyama.
O surgimento de outra ordem multipolar, com o crescente protagonismo dos BRICS, começou a abalar a hegemonia unipolar dos EUA sequenciando conflitos em várias partes do planeta.
Assim como a exacerbada apologia ao Mercado e suas formas egocêntricas de como os cidadãos deveriam tratar os demais e a si próprios fomentaram uma crise social, e de caráter individual, sem precedentes no mundo.
A relevância das identidades culturais e do sentimento nacional coletivo, da união nacional, passou a tornar-se algo premente entre os povos. O mundo começa a entrar em nova etapa Histórica. O Brasil tem destacado papel de liderança solidária nesses novos tempos. Exatamente por isso sofre intenso processo de desestabilização.
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Acesse https://www.facebook.com/LucianoSiqueira65/
20 julho 2017
Quem?
Michel Temer chama de "arautos do desastre" os que denunciam o fracasso da economia. Ridículo. Ora, ele é o próprio desastre.
Para baixo
Governo eleva imposto sobre combustível e decide cortar mais R$ 5,9 bilhões no Orçamento. Para aprofundar a recessão.
Novos rumos
Uma agenda crucial
Luciano Siqueira, no portal Vermelho e no Blog do
Renato
Na complexa situação em que o país está mergulhado, há uma
dissonância evidente entre a dimensão dos problemas (e a envergadura das
medidas corretivas) e o discurso meramente imediatista.
A rigor, isso acontece de ambos os lados — no governo e na
oposição.
No governo, encabeçado pela minúscula e desmoralizada figura
de Michel Temer, mas verdadeiramente conduzido pelo ministro Henrique Meirelles
(em nome do Deus Mercado), a fala se concentra no "agora" e manipula
indicadores econômicos para sustentar a balela de que a economia está se
recuperando.
Mesmo o futuro mediato aparece borrado no discurso
governamental.
Na verdade, Temer, Meirelles et caterva evitam expor os
verdadeiros fundamentos de sua agenda regressiva, sintonizada com os ditames do
capital financeiro internacional, que gerou a atual crise global e a administra
à revelia das necessidades e dos interesses dos povos.
Mutatis mutandis, sob a direção dessa gente o Brasil caminha
para se tornar uma imensa Grécia.
No campo oposicionista, devemos reconhecer, o que sobra em
justa indignação e contundentes protestos, falta em debate consistente sobre
possíveis saídas para a crise.
Ainda são tímidas as iniciativas com esse teor.
Nesse sentido, o PCdoB esboça uma importante contribuição no
Projeto de Resolução do seu 14º Congresso, recém-lançado (http://zip.net/bbtLX4).
Nele, sobre a base de uma multilateral análise das atuais
circunstâncias do mundo e do Brasil e de uma bem fundamentada avaliação dos
governos Lula e Dilma e da natureza e dos propósitos do golpe institucional em
curso, propõe-se uma ampla, plural e convergente conjugação de forças,
assentada numa agenda comum.
Uma agenda hoje crucial para os destinos do país - sob a
primazia da questão nacional - que envolve a restauração da democracia e do
estado democrático de direito, incluindo garantias constitucionais no combate à
corrupção; a retomada do desenvolvimento econômico em bases soberanas, o
estímulo à produção; a defesa da Petrobras e do regime de partilha do pré-sal e
da engenharia nacional; a manutenção e a ampliação dos direitos do povo, a
valorização do trabalho, a distribuição de renda e a inclusão social.
Uma agenda assim tão ousada acena tanto para o estancamento
da atual regressão neoliberal como para o redesenho de um novo projeto nacional
de desenvolvimento.
Implica, entre muitas empreitadas complexas, o desmonte da
engrenagem macroeconômica que em mais de três décadas vem obstaculando o
progresso do país.
Daí a irrecusável tarefa de combinar a resistência imediata,
no nível em que se apresenta, com a construção técnica e política que a agenda
sugerida pelo PCdoB requer.
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Sintonia
Acuado, Temer barganha verbas e cargos; enquanto Meirelles governa e aumenta impostos. Tenebrosa divisão de trabalho.
19 julho 2017
Com as mãos sujas
O jogo possível de Michel Temer
Luciano Siqueira, no Blog de Jamildo/portal ne10
Embora a política tenha suas particularidades e leis próprias, na essência é a face institucional da vida como ela é.
Faz-se o que é possível e o que as circunstâncias permitem. Atinge-se ou não o que se pretende a depender de muitos fatores — a correlação de forças, em especial —, incluindo o pleno conhecimento do terreno em que se peleja.
O presidente ilegítimo Michel Temer, de estatura diminuta e escrúpulos zero, conhece muito bem o campo de batalha em que se move.
E assim vai cumprindo o papel que se atribui - o de preservar a todo custo sua base parlamentar neoliberal-fisiológica. Deixa a tarefa de governar a cargo do ministro Henrique Meirelles, fiel depositário dos interesses daqueles que em última estância sustentam o governo, o poderoso Mercado financeiro.
Basta acompanhar a agenda de Temer: com a carteira de verbas e cargos em mãos, negocia com cada deputado e interfere em movimentos como o de parlamentares de direita, temporariamente alojados no PSB, em vias de migrarem para outra legenda.
Tudo para permanecer no cargo até o final do ano que vem, a despeito do deplorável estágio de degenerescência e desmoralização a que chegou.
É da sua índole, desde os tempos em que comandava o que a imprensa chamava, à época, de "banda podre" do PMDB à conspiração para derrubar a presidenta Dilma.
De outra parte, aposta na variável tempo quanto às denúncias da Procuradoria Geral da República, que o envolvem e a elementos dos seu grupo, assim como na protelação das próximas supostas delações premiadas do ex-deputado Eduardo Cunha e de outros peixes taludos.
Mas a crise econômica e financeira segue corroendo o tecido social e as instituições, em tendência de agravamento na esteira das medidas inspiradas na ideologia do Estado mínimo e da primazia do setor rentista.
Uma receita que no mundo inteiro não tem superado a crise, nem equilibrado satisfatoriamente as finanças públicas, antes aumenta a concentração da renda e da produção, restringe direitos e amplia a exclusão social.
Na outra ponta - a da sociedade insatisfeita e dos movimentos de oposição -, a resistência ocorre a critério de cada segmento, no nível imediatamente possível, porém tendendo a um leito comum (qualquer que seja o desenho que venha a assumir) de uma ampla e plural conjugação de forças lastreada em proposições destinadas a tirar o país do buraco em que se encontra o retomar o desenvolvimento em bases soberanas, democráticas e socialmente inclusivas.
Luciano Siqueira, no Blog de Jamildo/portal ne10
Embora a política tenha suas particularidades e leis próprias, na essência é a face institucional da vida como ela é.
Faz-se o que é possível e o que as circunstâncias permitem. Atinge-se ou não o que se pretende a depender de muitos fatores — a correlação de forças, em especial —, incluindo o pleno conhecimento do terreno em que se peleja.
O presidente ilegítimo Michel Temer, de estatura diminuta e escrúpulos zero, conhece muito bem o campo de batalha em que se move.
E assim vai cumprindo o papel que se atribui - o de preservar a todo custo sua base parlamentar neoliberal-fisiológica. Deixa a tarefa de governar a cargo do ministro Henrique Meirelles, fiel depositário dos interesses daqueles que em última estância sustentam o governo, o poderoso Mercado financeiro.
Basta acompanhar a agenda de Temer: com a carteira de verbas e cargos em mãos, negocia com cada deputado e interfere em movimentos como o de parlamentares de direita, temporariamente alojados no PSB, em vias de migrarem para outra legenda.
Tudo para permanecer no cargo até o final do ano que vem, a despeito do deplorável estágio de degenerescência e desmoralização a que chegou.
É da sua índole, desde os tempos em que comandava o que a imprensa chamava, à época, de "banda podre" do PMDB à conspiração para derrubar a presidenta Dilma.
De outra parte, aposta na variável tempo quanto às denúncias da Procuradoria Geral da República, que o envolvem e a elementos dos seu grupo, assim como na protelação das próximas supostas delações premiadas do ex-deputado Eduardo Cunha e de outros peixes taludos.
Mas a crise econômica e financeira segue corroendo o tecido social e as instituições, em tendência de agravamento na esteira das medidas inspiradas na ideologia do Estado mínimo e da primazia do setor rentista.
Uma receita que no mundo inteiro não tem superado a crise, nem equilibrado satisfatoriamente as finanças públicas, antes aumenta a concentração da renda e da produção, restringe direitos e amplia a exclusão social.
Na outra ponta - a da sociedade insatisfeita e dos movimentos de oposição -, a resistência ocorre a critério de cada segmento, no nível imediatamente possível, porém tendendo a um leito comum (qualquer que seja o desenho que venha a assumir) de uma ampla e plural conjugação de forças lastreada em proposições destinadas a tirar o país do buraco em que se encontra o retomar o desenvolvimento em bases soberanas, democráticas e socialmente inclusivas.
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Ilusão
Esperar gestos “republicanos” de Temer em relação a
Pernambuco é mera ilusão. Tudo no Planalto é calculado em beneficio de sua
base. Sem escrúpulos.
18 julho 2017
Parto prolongado
Que venham boas
flores do recesso
Luciano Siqueira, no Blog da Folha
Começa o recesso parlamentar. Quase um mês de calmaria? Certamente não. A crise segue e a tormenta de Temer também.
Em cenário político convulsivo, como o de agora, nunca as férias parlamentares do meio do ano contribuíram para esfriar ânimos e amainar contradições. Muito ao contrário.
Começa que os parlamentares estarão em contato mais direto com as suas bases. Provavelmente sob pressão, em razão do agravamento das consequências sociais da crise.
Daí porque Michel Temer e seu grupo preferiam que a votação em plenário da autorização para processar o presidente acontecesse logo agora.
Também por essa razão não apenas com os deputados integrantes da Comissão de Constituição e Justiça, aliciados para o voto contrário à denúncia da PGR, mas com muitos outros integrantes do "centrão" Temer negociou pessoalmente a liberação de emendas ao Orçamento Geral da União.
Só os deputados da CCJ levaram 15 bilhões de reais, segundo o insuspeito (nesse caso) jornal 'O Globo'.
Nesse mesmo intuito, Temer se recusa a demitir ministros do PSDB em represália às dissidências tucanas.
Entretanto, concomitantemente, a situação continuará se agravando, não se devendo descartar, inclusive, uma nova denúncia da Procuradoria Geral da República contra o presidente ilegítimo.
Demais, a insatisfação popular continuará se avolumando de modo não necessariamente barulhento, tal como fogo de monturo.
As ruas devem aguardar novas manifestações de protesto futuras, para além dos movimentos sociais organizados. É questão de tempo.
E não apenas da parte dos partidos oposicionistas, das organizações sindicais e populares, mas igualmente de diversos setores — do mundo da ciência, da cultura e da intelectualidade, segmentos religiosos e outros — haverão de avançar propostas e tratativas destinadas à construção de uma plataforma comum de superação da crise.
Que seja na dimensão de uma ampla frente política e social, pois estão em causa a soberania nacional, a engenharia e a produção científica brasileiras, o restabelecimento da ordem democrática, a defesa e a restauração de direitos fundamentais do povo.
No Brasil de hoje tudo é instável e imprevisível, porém quem sabe venhamos a colher boas flores vicejadas nesse período de recesso.
Começa o recesso parlamentar. Quase um mês de calmaria? Certamente não. A crise segue e a tormenta de Temer também.
Em cenário político convulsivo, como o de agora, nunca as férias parlamentares do meio do ano contribuíram para esfriar ânimos e amainar contradições. Muito ao contrário.
Começa que os parlamentares estarão em contato mais direto com as suas bases. Provavelmente sob pressão, em razão do agravamento das consequências sociais da crise.
Daí porque Michel Temer e seu grupo preferiam que a votação em plenário da autorização para processar o presidente acontecesse logo agora.
Também por essa razão não apenas com os deputados integrantes da Comissão de Constituição e Justiça, aliciados para o voto contrário à denúncia da PGR, mas com muitos outros integrantes do "centrão" Temer negociou pessoalmente a liberação de emendas ao Orçamento Geral da União.
Só os deputados da CCJ levaram 15 bilhões de reais, segundo o insuspeito (nesse caso) jornal 'O Globo'.
Nesse mesmo intuito, Temer se recusa a demitir ministros do PSDB em represália às dissidências tucanas.
Entretanto, concomitantemente, a situação continuará se agravando, não se devendo descartar, inclusive, uma nova denúncia da Procuradoria Geral da República contra o presidente ilegítimo.
Demais, a insatisfação popular continuará se avolumando de modo não necessariamente barulhento, tal como fogo de monturo.
As ruas devem aguardar novas manifestações de protesto futuras, para além dos movimentos sociais organizados. É questão de tempo.
E não apenas da parte dos partidos oposicionistas, das organizações sindicais e populares, mas igualmente de diversos setores — do mundo da ciência, da cultura e da intelectualidade, segmentos religiosos e outros — haverão de avançar propostas e tratativas destinadas à construção de uma plataforma comum de superação da crise.
Que seja na dimensão de uma ampla frente política e social, pois estão em causa a soberania nacional, a engenharia e a produção científica brasileiras, o restabelecimento da ordem democrática, a defesa e a restauração de direitos fundamentais do povo.
No Brasil de hoje tudo é instável e imprevisível, porém quem sabe venhamos a colher boas flores vicejadas nesse período de recesso.
Leia mais sobre temas da
atualidade: http://migre.me/kMGFD
17 julho 2017
Ciência estrangulada
A Globo manipula a opinião pública mesmo quando diz
a verdade. A reportagem do Fantástico de domingo passado sobre a penúria
absoluta das entidades científicas brasileiras simula um interesse genuíno por
um setor cujo desenvolvimento é crucial para o país. Contudo, não há nenhum
esclarecimento sobre a nota sumária com que o Ministério da Ciência e
Tecnologia justifica o estrangulamento financeiro da Ciência brasileira:
alega-se apenas o enquadramento no corte de despesas públicas determinado pelo
Governo federal. Leia o artigo de J. Carlos de Assis http://zip.net/bjtLVm
Conflito e impasse
Em toda a
história republicana o Brasil nunca viveu uma crise semelhante à atual,
caracterizada pelo maior e mais profundo divórcio entre o governo federal e o
conjunto da nação. Os brasileiros
não se reconhecem neste governo federal, que não elegeram. E, pior que isso,
não há nenhum outro elemento que dê legitimidade ao usurpador Michel Temer e
sua turma – observa José Carlos
Ruy, no artigo “Porque a
direita teme a eleição de 2018” no Vermelho. Leia aqui http://zip.net/bmtLRQ
Frente ampla
Não
basta gritar 'Fora Temer', 'Diretas já'. É preciso juntar forças amplas e
diversificadas em torno de uma plataforma comum - em defesa da Nação, da
democracia e dos direitos do povo. Respeitando as diferenças, sem estreiteza
nem sectarismo. Numa construção progressiva, "por cima" - articulando
partidos, movimentos sociais, instituições democráticas, lideranças e
personalidades influentes; e "pela base" - travando a luta cotidiana
combinando interesses imediatos com o projeto nacional, com sentido unitário.
15 julho 2017
Autocrítica
Bem-vindos os governistas que se declaram indignados com a condenação de Lula. Que digam o mesmo, enfim, em relação ao impeachment de Dilma.
14 julho 2017
Fragmentação
À deriva
Eduardo Bomfim, no VermelhoA condenação do ex-presidente Lula, com nítido caráter de perseguição política, o persistente e contínuo esfarelamento do governo Temer, associado ao anterior impeachment da ex-presidente Dilma, como retrato da vulgarização, banalidade, desse instituto constitucional ao longo da Nova República desde a promulgação da Constituição de 1988, a aprovação da reforma trabalhista profundamente contrária aos direitos dos assalariados, representam aspectos gravíssimos da atual crise estrutural brasileira.
Com a economia
estagnada, desemprego crescente, desindustrialização persistente há décadas, a
estratosférica remuneração do capital financeiro, especialmente do rentismo
insaciável, sustentado pela chamada dívida pública da união, entre outras
formas de rapinagem, a nação vê-se sem rumos, desprovida de um projeto
estratégico de desenvolvimento que lhe dê sentido e perspectiva.
Além disso
assistimos o Estado nacional fragmentado em corporações poderosas, outras com
essa pretensão, que se invocam como alter ego da nação, mas nenhuma delas
possui o sentimento e a responsabilidade de contributo aos destinos do País.
Desalentada
e com crescente perda de autoestima, a sociedade brasileira acha-se sem norte,
sul, leste ou oeste, ao sabor de uma tormenta institucional antropofágica que
vai devorando a tudo e a todos, uns mais outros um pouco menos, mas a verdade é
que ruma para a destruição da vida política nacional, instância decisiva da
participação social na vida do País.
Dividido, o
Brasil é alvo contínuo das ações de grandes potências, no aspecto econômico,
comercial ou geopolítico e mesmo assim ainda é a sétima economia mundial, com
uma população de 210 milhões de habitantes, um território continental, cujas
áreas e riquezas estratégicas são extremante cobiçadas, como a Amazônia.
O País
precisa voltar a crescer, reconstruir a unidade das grandes maiorias em torno
de um projeto que seja mais que um rumo de desenvolvimento, mas um espírito de
País, um Estado moderno, uma sociedade próspera com justiça social, como afirma
o Manifesto pela União Nacional do ex-ministro Aldo Rebelo.
A atual
crise vai continuar se desdobrando de forma desembestada, numa autofagia
acelerada e vai demonstrar que só será superada em um patamar econômico, social
e político superior da vida nacional.
Leia mais sobre temas da
atualidade: http://migre.me/kMGFD
Barganha
'Troca-troca' de deputados garantiu 13 votos e vitória de Temer na CCJ
da Câmara. E quantos milhões do Orçamento Geral da União?
Palavra de Lula
Em pronunciamento nesta quinta-feira (13), na sede
do PT em São Paulo, um dia após a sentença do juiz Sergio Moro que o condenou
no processo do caso do chamado tríplex do Guarujá, o ex-presidente reafirmou
sua inocência e disse que a sentença já estava pronta há muito tempo. Leia mais
http://zip.net/bmtLMv
Insegurança
Câmara dos Deputados votará denúncia contra Temer na volta do recesso.
Tempo para um possível ataque de Eduardo Cunha?
Em pronunciamento nesta quinta-feira (13), na sede
do PT em São Paulo, um dia após a sentença do juiz Sergio Moro que o condenou
no processo do caso do chamado tríplex do Guarujá, o ex-presidente reafirmou
sua inocência e disse que a sentença já estava pronta há muito tempo. Leia mais
http://zip.net/bmtLMv
13 julho 2017
Conflitos se acirram
A condenação
de Lula e o nível da resistência democrática
Luciano Siqueira, no portal Vermelho
Na luta política, há fatos
que, embora previsíveis, quando consumados têm o dom de acirrar todas as
contradições.
É o caso da condenação do
ex-presidente Lula, ontem, pelo juiz Sérgio Moro, sem provas e com base nas
"convicções" dos seus acusadores.
Esse fato, associado à
sucessão de denúncias reais e comprovadas contra Michel Temer e seu grupo, na
outra ponta do espectro político, eleva a temperatura ambiente.
Da parte dos atuais
governantes, segue o paradoxo: justo um presidente desmoralizado e rejeitado
pela quase totalidade dos brasileiros toca a agenda por todos os títulos
prejudiciais à nação e ao povo, apoiado na maioria parlamentar que o sustenta,
também de baixíssima credibilidade.
Não fossem os interesses do Mercado
financeiro — onde se situa o verdadeiro comando da empreitada golpista —,
Michel Temer já teria caído, qualquer que fosse a forma jurídica adotada.
Entrementes, se aproximam as
eleições gerais de 2018 e o embate, quaisquer que sejam as circunstâncias e as
regras legais vigentes, alcançará o status de decisão nacional.
As pesquisas mais recentes
são unânimes em apontar o ex-presidente Lula como favorito. Vale dizer, uma ameaça
de retorno ao ciclo de mudanças interrompido com o impeachment da presidenta
Dilma — tudo o que o Mercado e a elite tupiniquim não desejam.
Moro, então, cumpre o seu
papel no esquema e condena o Lula no afã de impedir que ele participe da
próxima peleja eleitoral.
Daí a dupla indignação dos
que se batem pelo Estado de Direito e recusam o desrespeito às normas
processuais e às garantias constitucionais praticado pelo juiz de Curitiba; e
resistem ao incremento da agenda de redirecionamento neoliberal da economia e
de regressão de conquistas e direitos sociais.
A grande mídia monopolista,
que apoia o golpe e participa constrangida do sangramento do governo Temer,
ocupará de agora em diante espaços privilegiados no noticiário direcionado a “revelar
detalhes” dos argumentos do juiz Moro, com o fito de atingir o prestígio de
Lula.
Nas oposições, urge dar à
resistência amplitude, pluralidade e coesão, para além de discrepâncias e
sectarismos.
Na cena atual tudo tem a marca
da instabilidade e da imprevisibilidade, mas os próximos lances certamente aguçarão
o nível da luta.
Leia mais sobre temas da
atualidade: http://migre.me/kMGFD
12 julho 2017
Tormento
Janot diz que há "forte
materialidade" para acusar Temer de obstrução da Justiça. Vem aí mais uma
"flechada". Tormento do ilegítimo aumenta.
Golpe nos trabalhadores
Duas faces de um governo
moribundo
Luciano Siqueira, no Blog de Jamildo/portal ne10
O que dá pra rir, dá pra chorar - ensina um samba de muito sucesso tempos atrás. E que agora provavelmente inspire o presidente ilegítimo: por um lado, envolto em desgaste lento, gradual e irreversível; por outro, comemorando a realização de um dos seus deveres fundamentais perante o Mercado, a reforma trabalhista.
São as duas faces de um projeto político espúrio - porque fruto de um golpe institucional - e lesivo aos interesses da Nação e do povo.
Jamais na História nosso país conviveu com tamanha deterioração do poder político central. Anêmico em legitimidade, enlameado por atos amorais e aéticos, dependente de uma base parlamentar mesclada por neoliberais convictos e fisiológicos susceptíveis a benesses imediatas.
Sequer a mídia monopolizada que lhe deu suporte e agiu como cúmplice do golpe agora o sustenta. Ao contrário, alimenta a sua falência com doses sistemáticas de informações e análises demolidoras.
Tão logo informado do final da votação de ontem no Senado, Temer apressou-se em comemorar o feito proclamando que seu governo põe o Brasil nos trilhos do século 21 (sic).
A qualquer observador de fora do país, minimamente isento, esse discurso soaria - como de fato é - tão ridículo quanto cabotino.
Na verdade, Temer e seu grupo, qual fantoches a serviço do Mercado, sintonizam o Brasil nos parâmetros do setor rentista internacional que, a um só tempo, gerou a crise global eclodida em 2008, e que segue sem perspectiva de superação, e a administra segundo seus interesses.
Mundo afora, sobretudo nos EUA e países centrais da Europa, a crise atinge sobretudo os trabalhadores, retirando-lhes direitos e retroagindo em conquistas sociais históricas.
São políticas que buscam reduzir os custos da produção sobre os ombros dos que vivem do trabalho e recuperar a taxa média de lucro, em declínio estrutural há mais de quatro décadas.
É a esse figurino que o Brasil se adequa com a reforma trabalhista - verdadeiro golpe mortal na CLT - e com o conjunto da agenda regressiva encetada pelo governo, sob a batuta do ministro Meirelles.
Os efeitos imediatos dessa nociva reforma recaem internamente inclusive sobre o empresariado que depende fundamentalmente do mercado interno, como avalia o economista João Sicsú: ganham os que produzem para exportar, mas os que produzem para o mercado doméstico afundarão porque haverá queda geral da capacidade de compra dos trabalhadores.
Esta é a “modernidade” de Temer. A luta segue.
Luciano Siqueira, no Blog de Jamildo/portal ne10
O que dá pra rir, dá pra chorar - ensina um samba de muito sucesso tempos atrás. E que agora provavelmente inspire o presidente ilegítimo: por um lado, envolto em desgaste lento, gradual e irreversível; por outro, comemorando a realização de um dos seus deveres fundamentais perante o Mercado, a reforma trabalhista.
São as duas faces de um projeto político espúrio - porque fruto de um golpe institucional - e lesivo aos interesses da Nação e do povo.
Jamais na História nosso país conviveu com tamanha deterioração do poder político central. Anêmico em legitimidade, enlameado por atos amorais e aéticos, dependente de uma base parlamentar mesclada por neoliberais convictos e fisiológicos susceptíveis a benesses imediatas.
Sequer a mídia monopolizada que lhe deu suporte e agiu como cúmplice do golpe agora o sustenta. Ao contrário, alimenta a sua falência com doses sistemáticas de informações e análises demolidoras.
Tão logo informado do final da votação de ontem no Senado, Temer apressou-se em comemorar o feito proclamando que seu governo põe o Brasil nos trilhos do século 21 (sic).
A qualquer observador de fora do país, minimamente isento, esse discurso soaria - como de fato é - tão ridículo quanto cabotino.
Na verdade, Temer e seu grupo, qual fantoches a serviço do Mercado, sintonizam o Brasil nos parâmetros do setor rentista internacional que, a um só tempo, gerou a crise global eclodida em 2008, e que segue sem perspectiva de superação, e a administra segundo seus interesses.
Mundo afora, sobretudo nos EUA e países centrais da Europa, a crise atinge sobretudo os trabalhadores, retirando-lhes direitos e retroagindo em conquistas sociais históricas.
São políticas que buscam reduzir os custos da produção sobre os ombros dos que vivem do trabalho e recuperar a taxa média de lucro, em declínio estrutural há mais de quatro décadas.
É a esse figurino que o Brasil se adequa com a reforma trabalhista - verdadeiro golpe mortal na CLT - e com o conjunto da agenda regressiva encetada pelo governo, sob a batuta do ministro Meirelles.
Os efeitos imediatos dessa nociva reforma recaem internamente inclusive sobre o empresariado que depende fundamentalmente do mercado interno, como avalia o economista João Sicsú: ganham os que produzem para exportar, mas os que produzem para o mercado doméstico afundarão porque haverá queda geral da capacidade de compra dos trabalhadores.
Esta é a “modernidade” de Temer. A luta segue.
Leia mais sobre temas da
atualidade: http://migre.me/kMGFD
Fantoche
Após reforma passar, Temer diz
que governo está "conectado com o século 21" - ou seja: com os
desígnios do Mercado financeiro.
Sangria
PSDB vai liberar bancada para
votar denúncia contra Temer no plenário. Sangria ao estilo tucano.
Punhalada
Governo moribundo se apoia na
maioria reacionária e aprova reforma trabalhista no Senado. Contra os
trabalhadores.
11 julho 2017
Quem ganha?
A contrarreforma que objetiva
subtrair os direitos dos trabalhadores produzirá uma queda geral dos salários.
Um empresário ignorante avalia que isso é positivo porque reduzirá os seus
custos e, portanto, ele ficaria mais competitivo. A burrice é grande.
Todos terão seus custos reduzidos. O concorrente também terá seus custos
reduzidos. Ninguém ganhará competitividade no mercado doméstico. Ganham os
que produzem para exportar. Mas os que produzem para o mercado doméstico
afundarão porque haverá queda geral da capacidade de compra dos
trabalhadores – afirma o economista João Sicsú. Leia mais http://zip.net/bmtLGW
Vale tudo
Substituir deputados na Comissão
de Constituição e Justiça é regimental. Mas comprar os substitutos é amoral.
Que trilhos?
"Este governo colocou
Brasil nos trilhos", afirma Temer a empresários. Sim, nos trilhos do
entreguismo e da regressão de direitos.
Temer afunda
Governistas entre ser ou não ser
Luciano Siqueira, no Blog da Folha
Na verdadeira quizumba que é o andamento da crise, dois fatos se acrescentam à tormenta cotidiana de Michel Temer: o parecer do relator deputado Sérgio Zveiter (PMDB-RJ), na Comissão de Constituição e Justiça, favorável à apreciação pela Câmara da denúncia formulada pela PGE e a aparente indecisão da cúpula tucana, que se reuniu ontem à noite.
O parecer do deputado peemedebista contraria frontalmente a estratégia do grupo palaciano destinada a que a apreciação da matéria pelo plenário se faça em termos menos constrangedores para a maioria supostamente ainda fiel ao presidente ilegítimo.
Se ao proferir seu voto o deputado tiver que argumentar de viva voz contra o parecer da Comissão de Constituição e Justiça, obviamente o desgaste não será pequeno.
Daí Michel Temer e seu grupo trabalharem diuturnamente na substituição de deputados indecisos por deputados aliciados, na CCJ, na tentativa de derrotar o parecer do relator.
Quanto à aparente indefinição do PSDB — a reunião de ontem não chegou a conclusão nenhuma, segundo o noticiário —, não favorece Temer, pois na verdade o que conta é: a) a ausência de apoio explícito ao governo; b) a crescente tendência da maioria dos deputados tucanos a desembarcarem da base aliada.
O fato irrecusável é que o governo se desmoraliza e se enfraquece cotidianamente e ainda se mantém dependurado em um único cabo, que é a tolerância do Mercado, que em última instância determina o comportamento do núcleo mais político da base parlamentar governista.
Entre a queda iminente de Temer e a assunção do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o primeiro na linha sucessória, aumentam as inseguranças do sistema rentista quanto à realização das reformas trabalhista e previdenciária e demais itens da agenda neoliberal regressiva.
Mas a fragilidade do governo é tanta, que até seus apoiadores e arautos cá da província, sempre muito agressivos, quando não arrogantes, baixam a crista e já há quem se apresse em anunciar de público o voto pela admissibilidade da denúncia de corrupção da PGE contra o "seu" presidente.
São lances de uma dramática novela que se arrasta e sacrifica a nação e a maioria dos brasileiros que sobrevive do trabalho. E que, em perspectiva, depende da capacidade das oposições reunirem forças convergentes em torno de uma plataforma comum de soerguimento da nação e de retomada da democracia.
Luciano Siqueira, no Blog da Folha
Na verdadeira quizumba que é o andamento da crise, dois fatos se acrescentam à tormenta cotidiana de Michel Temer: o parecer do relator deputado Sérgio Zveiter (PMDB-RJ), na Comissão de Constituição e Justiça, favorável à apreciação pela Câmara da denúncia formulada pela PGE e a aparente indecisão da cúpula tucana, que se reuniu ontem à noite.
O parecer do deputado peemedebista contraria frontalmente a estratégia do grupo palaciano destinada a que a apreciação da matéria pelo plenário se faça em termos menos constrangedores para a maioria supostamente ainda fiel ao presidente ilegítimo.
Se ao proferir seu voto o deputado tiver que argumentar de viva voz contra o parecer da Comissão de Constituição e Justiça, obviamente o desgaste não será pequeno.
Daí Michel Temer e seu grupo trabalharem diuturnamente na substituição de deputados indecisos por deputados aliciados, na CCJ, na tentativa de derrotar o parecer do relator.
Quanto à aparente indefinição do PSDB — a reunião de ontem não chegou a conclusão nenhuma, segundo o noticiário —, não favorece Temer, pois na verdade o que conta é: a) a ausência de apoio explícito ao governo; b) a crescente tendência da maioria dos deputados tucanos a desembarcarem da base aliada.
O fato irrecusável é que o governo se desmoraliza e se enfraquece cotidianamente e ainda se mantém dependurado em um único cabo, que é a tolerância do Mercado, que em última instância determina o comportamento do núcleo mais político da base parlamentar governista.
Entre a queda iminente de Temer e a assunção do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o primeiro na linha sucessória, aumentam as inseguranças do sistema rentista quanto à realização das reformas trabalhista e previdenciária e demais itens da agenda neoliberal regressiva.
Mas a fragilidade do governo é tanta, que até seus apoiadores e arautos cá da província, sempre muito agressivos, quando não arrogantes, baixam a crista e já há quem se apresse em anunciar de público o voto pela admissibilidade da denúncia de corrupção da PGE contra o "seu" presidente.
São lances de uma dramática novela que se arrasta e sacrifica a nação e a maioria dos brasileiros que sobrevive do trabalho. E que, em perspectiva, depende da capacidade das oposições reunirem forças convergentes em torno de uma plataforma comum de soerguimento da nação e de retomada da democracia.
Leia mais sobre temas da
atualidade: http://migre.me/kMGFD
Palavra de Luciana
Na reunião
da direção nacional do PCdoB, realizada neste domingo (9), na sede nacional em
São Paulo, a presidenta Luciana Santos destacou, em vídeo, o intenso e profundo
debate acerca da conjuntura realizado pelos membros do Comitê Central. Para a
dirigente, os debates no processo do 14º Congresso do PCdoB devem ser amplos no
sentido de apontar saídas para o futuro do país. “Apesar do momento ser de
adversidade, o PCdoB pode crescer dialogando para fora e para dentro de suas
fileiras.” Veja aqui http://zip.net/bgtLJl
Teses frágeis
O deputado Rubens Pereira
Júnior (PCdoB-MA) desmontou os principais argumentos da defesa de Michel Temer,
durante sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, nesta
segunda-feira (10). Segundo o parlamentar, se não há materialidade da provas
para acusar Temer de corrupção passiva, não será a Câmara que poderá
inocentá-lo, mas o Supremo Tribunal Federal. Leia mais http://zip.net/bdtMgT
Pantomima
Antonio Mariz, advogado de
Temer, entre teatral e histriônico, é radical na forma e frágil no conteúdo na
defesa do presidente ilegítimo.
Sem razão
Governo Temer gasta R$ 100
milhões em campanha publicitária pela reforma da Previdência. Desperdício. Não
convence.
Saindo do ninho
Cúpula do PSDB ainda não decide, porém maioria da bancada tucana na Câmara inicia debandada e enfraquece mais ainda Temer.
10 julho 2017
Poesia sempre
Para os que virão
Thiago de Mello
Como sei pouco, e sou pouco,
faço o pouco que me cabe
me dando inteiro.
Sabendo que não vou ver
o homem que quero ser.
Já sofri o suficiente
para não enganar a ninguém:
principalmente aos que sofrem
na própria vida, a garra
da opressão, e nem sabem.
Não tenho o sol escondido
no meu bolso de palavras.
Sou simplesmente um homem
para quem já a primeira
e desolada pessoa
do singular - foi deixando,
devagar, sofridamente
de ser, para transformar-se
- muito mais sofridamente -
na primeira e profunda pessoa
do plural.
Não importa que doa: é tempo
de avançar de mão dada
com quem vai no mesmo rumo,
mesmo que longe ainda esteja
de aprender a conjugar
o verbo amar.
É tempo sobretudo
de deixar de ser apenas
a solitária vanguarda
de nós mesmos.
Se trata de ir ao encontro.
(Dura no peito, arde a límpida
verdade dos nossos erros.)
Se trata de abrir o rumo.
Os que virão, serão povo,
e saber serão, lutando.
Leia mais sobre temas da
atualidade: http://migre.me/kMGFD
09 julho 2017
Tudo se move
O PSDB bate cabeças na cúpula e nas bancadas no Senado e na Câmara, Rodrigo Maia e Temer se entreolham desconfiados, novas denúncias oriundas da PGR são aguardadas. Ingredientes de uma governança catastrófica.
Se as oposições convergirem para além do sectarismo e da visão esquemática da luta política, uma luz pode surgir nesse túnel escuro e imprevisível.
Angu de caroço
Meirelles já discute eventual governo de Maia e quer mais autonomia, registra a Folha de São Paulo.
Na verdade, com Temer, Meireles governa com grande autonomia em relação ao presidente ilegítimo. Com os aplausos do Mercado.
Decadência
A cúpula do G20 em Hamburgo, na Alemanha, se encerrou ontem divulgando um comunicado que evidenciando as divergências entre os Estados Unidos e o restante dos países-membros, que representam as principais economias do mundo. São 19 votos contra 1.
Mais do que divergências em torno da questão climática, este é mais um sinal da deterioração da hegemonia dos EUA e da transição a um mundo multipolar.
Quem governa?
Meirelles já discute eventual governo de Maia e quer mais autonomia, registra a Folha de São Paulo.
Na verdade, com Temer, Meireles governa com grande autonomia em relação ao presidente ilegítimo. Com os aplausos do Mercado.
08 julho 2017
Faz de contas
Temer diz que volta ao Brasil 'tranquilíssimo'. 'Vou continuar
trabalhando pelo País, fazendo a economia crescer como está crescendo', disse o
presidente antes de deixar a reunião da cúpula do G-20, noticia o Estadão.
Tenta, assim, dissimular o pesadelo que o atinge, fruto da
crescente dissidência de tucanos e outros bichos de sua degenerescente base
parlamentar.
Marionete enlameado
Um
energúmeno na encruzilhada da República
Luciano Siqueira
Analistas de variadas tendências têm a percepção comum de que Michel Temer se converteu no ponto nodal de duas tendências possíveis no desenrolar da crise: o avanço da regressão neoliberal ou a sua interrupção.
Analistas de variadas tendências têm a percepção comum de que Michel Temer se converteu no ponto nodal de duas tendências possíveis no desenrolar da crise: o avanço da regressão neoliberal ou a sua interrupção.
Com Temer - mesmo enlameado,
acossado pela PGR e execrado pela opinião pública, um energúmeno -, as reformas
trabalhista e previdenciária têm chances de se consumarem. Elas são a ponta de
lança do redirecionamento neoliberal da economia.
É que que a duras penas e sob
risco de desmoralização das principais siglas que o apoiam - PMDB, PSDB e DEM
-, Temer sabe usar e usa a caneta presidencial para manobrar com cargos e
benesses e, assim, manter a maioria parlamentar que o sustenta.
Justo a maioria de deputados e
senadores necessária para impor ao povo brasileiros as reformas antipopulares.
Sem Temer, mesmo que seu
substituto eventual reafirme os compromissos com o Mercado e toque o trem das
reformas, muita gente pode desembarcar dos vários vagões e essa maioria se
dissipar.
Ou até, quem sabe, à beira do caos
institucional, quem substitua Temer, em caso de sua derrocada, venha a assumir
o compromisso de empurrar as tais reformas para o crivo popular no pleito de
2018, suspendendo agora sua tramitação, como pedra de toque de um pacto com as
forças oposicionistas.
Isto no pressuposto de que o
presidente ilegítimo não suporte a avalanche de denúncias contra si e seu
núcleo palaciano.
Também na hipótese de que, em meio
à instabilidade total, algum entendimento possa se viabilizar entre as forças
que hoje se colocam em polos opostos.
São apenas hipóteses, contudo.
Pois a esta altura do campeonato,
o governo moribundo e na UTI ainda conta com os aparelhos ligados pelo Mercado
e pela coalizão neoliberal. Conserva a maioria no Congresso.
E na outra ponta, se é crescente a
insatisfação na imensa maioria da população, esta ainda não ganhou a
dimensão de um clamor, nem atingiu temperatura mais elevada nas ruas.
Demais, também do lado de cá da
porfia cumpre seguir o debate e a busca de convergência em torno de uma
plataforma de unidade, cujo vértice há de ser a defesa da soberania do país e
do Estado nacional, associada à defesa de conquistas e direitos e da
democracia.
E considerar múltiplas hipóteses
de desdobramento da situação, resguardadas as bandeiras fundamentais que
empunha.
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