Valorização do trabalho, um passo adiante
Luciano Siqueira
Os dados são animadores. Na última rodada da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada ontem, a taxa de desemprego recuou para 7,8% no trimestre encerrado em agosto (queda de 0,5% em relação ao trimestre anterior, março-maio).
Em agosto, 8,4 milhões de pessoas estavam desocupadas, ostentando menor nível desde o trimestre encerrado em junho de 2015, quando foi de 8,5 milhões.
Tudo bem.
Mais: o número de empregados com carteira assinada no setor privado alcançou 37,248 milhões de pessoas, melhor resultado desde 2015, quando registrou 37,288 milhões (excluindo trabalhadores domésticos).
Acresce que o PIB do segundo trimestre cresceu 0,9%, três vezes maior do que previa o chamado mercado.
Na contraface desses números promissores, o número de trabalhadores do setor privado sem carteira assinada segue aumentando, perfazendo 13,2 milhões.
Em tempo difícil - e sob a herança maldita de Temer e Bolsonaro -, todo avanço deve ser saudado; sem contudo nos confundir em relação ao tamanho da empreitada.
A economia global segue em crise. Vide a recessão na Alemanha e os percalços temporários da China e a desorganização econômica da Europa envolvida no conflito Rússia-Ucrânia.
E cá em terras tupiniquins, além dos respingos negativos dos maus ventos externos, as barreiras impostas pelo neoliberalismo resistente, via política fiscal e monetária.
Para consolidar e desenvolver os "bons sinais", o governo Lula necessita de força, superando obstáculos do parlamento hostil e das imposições do Banco Central.
Essa força há de vir das ruas.
Quem apoia veste a camisa https://bit.ly/3Ye45TD
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