30 abril 2021

Primeiro de Maio: Carreata no Recife

Nesse 1º de Maio (sábado), vamos dar um giro pela Zona Norte do Recife, em carreata pela vacina e pelo emprego e em protesto contra o governo genocida de Bolsonaro.

Concentração a partir das 9h no Mercado da Encruzilhada. 

No local você adquire adesivos e bandeiras.

Por conta da pandemia, serão cumpridas   todas as medidas sanitárias de prevenção contra o coronavirus.

Arte é vida

 

Jennifer Ioswa



Soberana

A Prefeitura de São Paulo iniciou negociações com Cuba para compra da vacina Soberana 2, contra a Covid-19. Boa notícia. Pode inspirar outras prefeituras e governos estaduais no esforço de suprir a ausência do governo federal.

Diversionismo inútil

O esforço do governo, via senadores bolsonaristas na CPI da Covid em bater de todo jeito em governadores, apenas acentua o conflito federativo entre a União e os Estados engendrado pelo presidente. O foco das investigações seguirá no presidente e no ministério da Saúde.

Quem vencerá?

Em torno da CPI da Covid, uma quebra de braços entre os fatos, os documentos, sites e blogs progressistas e a grande mídia versus milícias digitais bolsonaristas. Desta vez a verdade tem tudo para vencer.

Palavra de poeta

POEMA MÍNIMO

Maurilio Rodrigues

 

No princípio,

Um impulso,

O olhar ,

A intuição.

 

A seguir,

A busca,

O sorriso, 

A intenção.

 

Depois , 

O passo combinado,

O coração ritmado

A paixão.

 

Para continuar,

Recomeçar todo dia,

Sublimar o que doía.

Amar é a doce razão.

 

[Ilustração: Rafael Zabaleta]

 

*Maurílio Rodrigues é médico cardiologista e poeta

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Veja: A poética ousada e cativante de Joana Côrtes https://bit.ly/3xdnKW8

Condição feminina

Mulheres ainda são as mais prejudicadas pelo excesso de trabalho doméstico

Glauce Medeiros*

 

A lista de afazeres domésticos diários assumidos por mulheres de variadas culturas ao redor do planeta parece interminável. Planejar o dia, tomar decisões, limpar a casa, cozinhar, lavar roupa, cuidar de crianças e idosos são como um ciclo sem fim, sempre prestes a recomeçar. O excesso de trabalho dentro de casa adoece fisicamente e mentalmente milhares de mulheres da pior forma possível. Isso porque, além de ser naturalizado por estar sob a responsabilidade de mulheres, ele também é invisibilizado, pois está escondido dentro dos lares.

Quando a sobrecarga de tarefas não é dividida com outros membros da família, o trabalho doméstico tira da mulher o direito aos cuidados consigo mesma, à formação intelectual, à realização profissional e ao lazer. Como não é remunerado, o trabalho doméstico também impacta diretamente na independência financeira da mulher. E mais: a experiência de atendimento de mulheres em situação de violência doméstica ou sexista mostra que, sem renda, muitas mulheres não conseguem sair do ciclo de violência doméstica.

Um relatório da Oxfam - organização humanitária internacional reconhecida pela luta contra a desigualdade - divulgado no início do ano passado, aponta que, por conta das responsabilidades domésticas, 42% das mulheres em idade ativa estão fora do mercado de trabalho. Quando fazemos o recorte do homem, o percentual cai para 6%. O dado revela uma face pouco debatida, porém grave, da desigualdade de gênero.

Importante perceber que essa desigualdade é marcada na vida das mulheres desde muito cedo. Quanto mais trabalho doméstico uma menina assume em casa, diz a Oxfam, menor seu índice de escolaridade. Uma outra pesquisa, desta vez da Plan International, revela que 65% das meninas são responsáveis por limpar a própria casa, enquanto somente 11% dos meninos têm a mesma obrigação. Os números falam por si e apontam consequências cruéis no futuro

O estudo Outras Formas de Trabalho 2018, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que as mulheres brasileiras trabalham quase o dobro de horas que os homens nos afazeres domésticos e cuidados de parentes. Se a mulher dedica 21,3 horas semanais nesse tipo de serviço, o homem fica com apenas 10,9 horas. O fato de mulheres ocuparem espaços de trabalho assalariado ao longo dos anos e, consequentemente, passarem a contribuir financeiramente em casa, não garantiu uma nova divisão sexual do trabalho no espaço doméstico. Quando a pesquisa do IBGE une o trabalho doméstico e cuidado com parentes com a jornada fora de casa, a mulher ainda sai em desvantagem, pois trabalha 3,1 horas a mais que os homens nas mesmas condições.

Enquanto mulheres responsáveis pelos afazeres da casa seguem empobrecidas e sem salário - apesar de trabalharem muito todos os dias - homens se beneficiam dessa mão de obra “gratuita” e podem se dedicar aos estudos, ao trabalho e ao lazer. Sendo assim, têm mais chances de alcançarem a independência financeira.

O capitalismo é o grande beneficiado da exploração do trabalho doméstico da mulher. Sem essa força tarefa mobilizada nos bastidores dos lares para cozinhar, lavar roupa e cuidar de idosos e crianças o trabalhador não poderia sair de casa para cumprir sua jornada todos os dias.

O debate sobre as desigualdades de gênero e econômica embutidas no trabalho doméstico não remunerado é um caminho a ser trilhado para mudar essa realidade injusta para muitas meninas e mulheres. Por isso, precisa ser levado para as escolas desde cedo. Mas, urgente mesmo - e isso está nas mãos de todas e todos - é a redistribuição do trabalho doméstico dentro das famílias. Pela saúde mental e física de nossas filhas, companheiras, irmãs e mães. Por mais justiça social e igualdade de direitos entre mulheres e homens.

*Glauce Medeiros é secretária da Mulher da Prefeitura do Recife

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Para sua informação: Três pontos sobre a CPI da Covid https://bit.ly/2P5l2AZ

Irrespponsabilidade

A insensatez de Bolsonaro e a subserviência de Pazuello produziram gasto de R$ 126,5 milhões com a produção de Tamiflu (fosfato de oseltamivir), cloroquina, hidroxicloroquina e azitromicina — o chamado "kit Covid". Tema para a CPI.

Desvio

No dia em que o Brasil soma 400 mil mortos pela Covid-19, Bolsonaro fala em garimpo de ouro: “Uma vez legalizando, gostaria eu de ter, junto a pelotões de fronteira um posto da Caixa Econômica Federal para a gente comprar ouro." 

Até quando?

29 abril 2021

CPI quente

Em sessão quente, CPI da Covid aprova devassa em dados do governo Bolsonaro sobre pandemia.

BBC Brasil

Em sessão marcada por debates acalorados, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid aprovou na quinta-feira (29/04) centenas de requerimentos requisitando informações ao governo federal e a outras instituições, como Polícia Federal, Ministério Público, Tribunal de Contas da União (TCU) e governos estaduais.

O objetivo da CPI é investigar ações ou omissões de autoridades na pandemia, com foco na atuação do governo de Jair Bolsonaro e em possíveis ilegalidades de Estados e municípios no uso de recursos repassados pela União. 

Além dos requerimentos de informação, foram marcados para a próxima semana os depoimentos dos três ex-ministros da Saúde: Henrique Mandetta e Nelson Teich falam na terça-feira e Eduardo Pazuello, na quarta-feira.Já o atual chefe da pasta, Marcelo Queiroga, será questionado na quinta-feira, junto com o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres.Segundo o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede/AP), foram aprovados 310 requerimentos de informação. 

Esses pedidos, que são de cumprimento obrigatório, fornecerão amplo material aos senadores para realizar uma devassa na atuação do governo Bolsonaro durante a pandemia.O prazo para entrega dos dados é de cinco dias úteis. Rodrigues disse também que a comissão pretende ter, em sua equipe técnica, apoio de um delegado federal e de servidores do TCU para analisar os documentos.Entre os pedidos aprovados, a CPI requereu ao governo federal "cópia do inteiro teor dos processos administrativos concernentes à celebração de contratos de fornecimento de vacinas contra a Covid-19, bem como de seus insumos, ainda que não tenham sido concluídos".

As informações permitirão apurar se houve omissão da gestão Bolsonaro para implementar a vacinação contra covid-19 no Brasil. A imunização começou em janeiro, principalmente com vacinas Coronavac, desenvolvidas pelo Instituto Butantan em parceria com a China, apesar da resistência inicial do presidente ao seu uso.

Com intuito de apurar a atuação do governo federal no incentivo ao uso de medicamentos como a cloroquina, a comissão requisitou também ao Ministério da Saúde "todos os documentos, produzidos no Ministério ou sob sua guarda, que recomendem, avalizem, incentivem ou tolerem, direta ou indiretamente, o uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19, ainda que para uso preventivo da doença ou logo após os primeiros sintomas, inclusive documentos e informações produzidas por aplicativos de informática como o TrateCov, desenvolvido pelo próprio Ministério".

O Palácio do Planalto terá também que disponibilizar planilha eletrônica "contendo os registros (data, local, autoridades envolvidas etc) relativos aos deslocamentos do presidente Jair Bolsonaro pelo comércio de Brasília e entorno do Distrito Federal desde 01/03/2020". Para críticos do presidente, esses deslocamentos são indevidos, pois estimulam aglomeração. O pedido aprovado, porém, foi sugerido por um aliado do Palácio do Planalto, senador Eduardo Girão (Podemos-CE).Houve também requisição ao Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) da "cópia de todos os documentos e comunicações, encaminhados ou recebidos, que relatem a necessidade de abertura de leitos (geral, de enfermaria e de UTI) para o tratamento da COVID-19, incluindo qual foi a resposta do Ministério da Saúde à solicitação". O pedido permitirá avaliar eventual omissão do governo federal no atendimento dessas solicitações.

Para sua informação: Três pontos sobre a CPI da Covid https://bit.ly/2P5l2AZ


Quem explica?

Requerimento que cobra da Presidência da República informações e documentos sobre os passeios de Bolsonaro pelo comércio de Brasília e do entorno do Distrito Federal, descumprindo regras básicas de prevenção contra a Covid foi aprovado hoje na CPI. Furo no barco.

Negócios estranhos com vacina indiana

As suspeitas e investigações envolvendo a vacina indiana Covaxin

GGN mostrou que negociações do governo Bolsonaro com a indiana começaram antes de passar pela Anvisa, sendo barrada, e contrato indica beneficiar empresa, cuja sócia tem dívida milionária com o Ministério da Saúde

Jornal GGN

 

Em ebulição nesta semana, a CPI da Covid quer ouvir o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e acessar as investigações do Ministério Público Federal (MPF) e do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a gestão da pandemia pelo governo federal. Uma das investigações é a que trata de suspeitas envolvendo a vacina indiana Covaxin.

Reportagens de janeiro, fevereiro e março deste ano do GGN mostraram como ocorreu a polêmica negociação da vacina indiana pelo governo federal, aventando acordos com laboratórios privados brasileiros e um suspeito lobby na relação da sócia do laboratório brasileiro que representa a vacina indiana com dívidas com o Ministério da Saúde na gestão Temer.

Agora, reportagem da Folha de S.Paulo dá conta de uma apuração do MPF que identificou que o contrato assinado pela Saúde, sob o então comando de Pazuello, com a empresa que representa o laboratório indiano, a Precisa Medicamentos, favoreceu essa empresa

Para entender o novo indício de irregularidades, é importante relembrar os primeiros movimentos do governo federal para a aquisição dessa vacina. Leia mais https://bit.ly/3xBRP20

Desfile

CPI da Covid ouvirá Mandetta e Teich na terça, Pazuello na quarta e Queiroga na quinta, diz presidente da comissão. Requerimentos de convocação serão votados nesta quinta-feira pela comissão de inquérito, informa a Folha de S. Paulo. Chumbo grosso.

Até quando?

 


Falando bobagens

A perversidade e a obtusidade neoliberal de Paulo Guedes. As afirmações do ministro da Economia do governo Bolsonaro, Paulo Guedes, de que “o chinês inventou o vírus” e produziu vacinas de baixa eficácia, e que a longevidade é insustentável para os cofres públicos, traduzem uma ideologia que não tem razão de ser no século XXI. Para ele, como o Estado “quebrou” o setor público não terá capacidade de suprir a demanda crescente por atendimento na área da saúde. “Todo mundo vai procurar serviço público, e não há capacidade instalada no setor público para isso. Vai ser impossível”, afirmou. leia mais https://bit.ly/3u7g8Cy


Humor de resistência

Charge de Gilmar


Questão estratégica


O papel da Petrobras na vida dos brasileiros

Renildo Calheiros, portal Vermelho

 

 

A Petrobras tem de buscar a remuneração justa do investidor, mantendo-se capitalizada. Tem de investir em melhorias na empresa. Paralelamente, deve também cumprir seu compromisso histórico de contribuir com a economia nacional e o povo brasileiro.

Sucessivos aumentos dos preços de alimentos, de combustíveis e de gás, que penalizam famílias brasileiras, revelam a urgência em solucionarmos o conflito de interesses, que hoje nega a história da Petrobras como instrumento de desenvolvimento econômico e social do Brasil.

Como dizia o escritor Monteiro Lobato, “o petróleo é nosso!” Em meio a esse sentimento de pertencimento, a estatal petrolífera acabou nascendo em 1953, como expressão de ampla campanha dos cidadãos nas ruas, das entidades nacionalistas e do governo Getúlio Vargas.

Passados quase 68 anos desde a fundação, a Petrobras tem o papel desvirtuado pelo presidente Jair Bolsonaro. Sob o comando do ministro da Economia, Paulo Guedes, esse governo aprofundou equívocos da nova política de preços da empresa, implantada pelo presidente Michel Temer em 2016.

O mercado interno de combustíveis está dolarizado. O governo escolheu a lealdade absoluta ao lucro dos acionistas minoritários da Petrobras ao praticar preços internacionais, estimulando o aumento da gasolina e do diesel. Esqueceu dos consumidores que clamam pelo alívio da penúria em meio à grave crise sanitária.

Na prática, o conceito denominado “Paridade de Preços Internacionais” (PPI) prejudica a sociedade brasileira ao adotar uma política de preços de curto prazo, submetida às especulações sobre o preço do petróleo e do dólar no mercado internacional.

A volatilidade e incertezas do mercado global, portanto, repercutem de forma automática em toda economia nacional, gerando alta generalizada de preços de produtos no nosso país. A inflação se alastra. Afinal, o reajuste dos combustíveis encarece as mercadorias, em grande parte transportadas pela rede rodoviária. A greve dos caminhoneiros em 2018, que gerou desabastecimento, traduziu essa tensão crescente na população.

É inaceitável que prevaleça a visão neoliberal de Guedes. Somos contra a privatização. A Petrobras tem de buscar a remuneração justa do investidor, mantendo-se capitalizada. Tem de investir em melhorias na empresa. Paralelamente, deve também cumprir seu compromisso histórico de contribuir com a economia nacional e o povo brasileiro.

É fundamental aumentarmos nossa capacidade de refino de petróleo para não precisarmos mais importar. Em 2020, importamos 22% do diesel e 15,6% da gasolina. Ou seja, a maior parte dos combustíveis já é produzida no país a um custo mais baixo. Podemos alcançar a autossuficiência e ainda exportar.

Especialistas estimam que custo médio por barril seria cerca de US$ 45 no Brasil. No cálculo baseado em balancetes da Petrobras, eles levam em conta o custo da extração do óleo do pré-sal, valor mínimo para viabilizar o projeto, depreciação de equipamentos, amortizações de investimentos, despesas administrativas e de transporte, custo de refino e lucro.

No mercado internacional, o barril é vendido por cerca de US$ 60. Sobrariam então US$ 15. Esse excedente do petróleo pode ser utilizado para investir em refinarias. Dessa forma, conseguiremos atender a toda demanda interna a um custo bem mais baixo, sem sermos afetados pelos elevados preços internacionais. Esses valores extras também poderiam ser aplicados na melhoria da infraestrutura, em áreas essenciais e na inevitável transição energética no país.

Sendo assim, o governo Bolsonaro precisa mudar o foco, a PPI não pode ser inegociável. Temos de resgatar a valorização da nossa empresa petrolífera como indutora da economia nacional.

Conforme a Constituição, os donos do petróleo são os brasileiros, mas o povo está historicamente excluído das riquezas geradas em solo nacional. A última descoberta foi o pré-sal em 2007: pelo menos 5 bilhões de barris a serem explorados. Talvez, esta seja nossa última chance de aproveitar esse tesouro para dar um salto econômico e social no Brasil.

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Para sua informação: Três pontos sobre a CPI da Covid https://bit.ly/2P5l2AZ

A CPI e seus efeitos

Fato consumado

Luciano Siqueira

 

A pergunta clássica que se faz em relação a CPIs – dará em pizza? – não cabe à recém-instalada no Senado para apurar o desempenho do governo federal no trato da epidemia da Covid-19.

Desta vez, cabe o dito por personagem de Guimarães Rosa: o que importa é o processo, não o resultado.

Ou, de outro modo: neste caso, o processo já será o resultado.

Sofridas as primeiras derrotas na tentativa de inviabilizar a CPI e, diante do fato consumado, controlá-la, inclusive querendo impedir o relator senador Renan Calheiros, Bolsonaro e sua trupe veem-se agora com um tremendo abacaxi à mão e sem nenhuma habilidade para descascá-lo.

E sem força para tanto.

Até um dos próceres do “centrão”, o senador piauiense Ciro Nogueira, do PP, parece disposto a jogar na dúbia função de criar dificuldades e tentar obter vantagens nas suas relações com o Planalto. Na eleição do presidente da Comissão votou contra o governo.

Em princípio, a correlação de forças contra o governo é de sete a quatro. A que se soma a truculência e inabilidade do presidente, que podem gerar muitos gols contra.

A pauta começará pelo emblemático caso de Manaus, tragédia sob todos os títulos, visivelmente associada à insensibilidade e à incompetência do então ministro da Saúde, general Pazuello, que proclamou diante de câmeras de TV que apenas cumprir as ordens “dele”, Bolsonaro.

Pazuello deve ser o primeiro a depor na CPI, de uma lista inicial de 24 atuais e ex-integrantes do governo.

E a cada instante surgem mais revelações comprometedoras. O que a CPI por acaso não venha a apurar, a grande mídia antecipa.

Grandes e “pequenas” mancadas, como a que registra Elio Gaspari em sua coluna na Folha de S. Paulo: “O programa Pátria Voluntária, aninhado no Palácio do Planalto com o objetivo de recolher doações para enfrentar a pandemia, gastou R$ 9,3 milhões para fazer propaganda de si e arrecadou R$ 5,89 milhões.

Pois bem, se não dará em pizza, dará em quê?

A propósito de um comentário em meu canal no YouTube https://bit.ly/3u2SYgP uma amiga me cobrou uma referência explicita à possibilidade do impeachment.

Respondi que me parecia precipitada a afirmação, antes mesmo do início dos trabalhos da CPI. Não há (ainda) na Câmara e no Senado uma correlação de forças favorável ao impedimento do presidente.

E, por enquanto, nas hostes oposicionistas os esforços parecem se concentrar no acúmulo de forças para o pleito vindouro.

Entretanto, a aspiração ao impeachment, que fervilha em boa parte da população convencida do caráter genocida do presidente, é mais do que legítima.

E não se pode de antemão supor que a CPI não venha a produzir alterações na cena política a ponto de se interromper o governo.

No caos semeado pelo presidente tudo pode acontecer, inclusive a sua queda.

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Veja: Jovem aos 99 anos: destaque em nossa história política https://bit.ly/3wfzW8u

28 abril 2021

Fratura exposta

Pelo menos 24 atuais e ex-integrantes do governo Bolsonaro deverão ser chamados a depor na CPI da Covid. Qual fratura exposta, virá à tona uma série de contradições e incompetências.

Ridículo

Triste o país em que um ministro de Estado toma a vacina contra a Covid às escondidas para não contrariar o presidente da República.

Covid: terceira onda

 

Brasil já projeta terceira onda da covid-19 com Estados baixando guarda no mês mais mortal da pandemia

El País

O Brasil vive em abril o momento mais dramático da pandemia de covid-19. Em apenas quatro meses, este já se tornou o ano mais letal desde o início da crise sanitária que já matou quase 400.000 pessoas —sendo 3.086 nas últimas 24 horas, segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgados nesta terça-feira. Na última semana houve um pequeno alento, com a queda no número de casos confirmados e óbitos no país provocados pelo novo coronavírus. Mas especialistas ouvidos pelo EL PAÍS afirmam que ainda é cedo para comemorar, e que a chegada de uma terceira onda não é questão de “se”, mas de “quando”, especialmente à medida em que os Estados começam a suavizar as medidas de restrição responsáveis pela redução dos números. Com a proximidade do Dia das Mães em 9 de maio —uma das maiores datas para o comércio e momento de confraternização e encontros— existe o temor de que ocorra uma alta dos casos e mortes como a verificada após os feriados do final de ano em 2020.

A flexibilização das medidas de restrição, como ocorre em São Paulo, onde restaurantes, salões de beleza e academias puderam voltar a funcionar desde o fim de semana, é vista como temerária por médicos e pesquisadores. “Abril, que ainda nem acabou, já é o mês mais letal de toda pandemia. E independentemente disso nós estamos reabrindo as atividades novamente”, afirma Rafael Lopes Paixão da Silva, membro do Observatório Covid-19 BR. Para o pesquisador, “se a medida está dando certo é preciso continuar com ela por algum tempo para que se tenha uma margem de segurança”. Mas não é o que ocorre: “Os Governos veem uma leve queda na ocupação dos hospitais e começam a liberar de novo as atividades, isso é desesperador”. O médico epidemiologista Paulo Lotufo concorda. “Existe um erro básico que é usar como indicador [de reabertura das atividades e comércio] a taxa de ocupação de UTI. Isso não é um indicador epidemiológico, é um indicador administrativo”, afirma.

O prognóstico vislumbrado para o país não é bom. “[Os números] devem cair um pouco ainda, e depois ocorrerá uma nova subida. A questão é qual será a magnitude desta subida. Ninguém imaginou, por exemplo, que essa segunda subida fosse tão acentuada como foi [este ano o país já registrou mais mortes por covid-19 do que em 2020]. Se as coisas continuarem como estão, em julho já existe uma possibilidade de terceira onda”, diz Lotufo, citando as aglomerações que devem ocorrer em função do Dia das Mães aliadas à flexibilização do isolamento.

A afirmação de Lotufo pode soar alarmista, mas é compartilhada por outros estudiosos da pandemia. “Não existe razão para ficar aliviado. A queda dos números verificada na última semana é um processo natural de epidemia, vale para a dengue e várias outras. Mas ainda estamos em um patamar altíssimo. Se relaxarmos demais essa queda pode se tornar um platô, e pode inclusive ocorrer uma reversão da queda”, afirma Leonardo Bastos, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, a Fiocruz. Ele diz não ser possível precisar até onde os números irão baixar antes de se estabilizar. “E aí o relaxamento [das medidas de restrição] ou novas variantes podem levar a um novo surto. Não é uma questão de ‘se’, mas de ‘quando’ isso vai acontecer. Pode ser uma onda pequena ou grande, nacional ou focada em alguns Estados. Depende muito da realidade de cada local e das políticas que foram adotadas. Ou que não foram”.

O atraso da vacinação de grupos prioritários

O lento andamento do processo vacinal no país também é outro fator que pode fazer com que uma terceira onda no país seja tão letal ou mais do que a segunda. Na semana passada o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o término da imunização dos grupos prioritários deve ocorrer apenas em setembro. A previsão inicial, feita por seu antecessor Eduardo Pazuello, era finalizar esta etapa ainda em maio. “Se tivéssemos mais celeridade na vacinação teríamos uma próxima onda com número de óbitos e hospitalizações bem menor. E se a população mais vulnerável [incluída no grupo prioritário] estivesse protegida, as chances de termos muitas mortes e casos graves também cairia”, afirma Bastos, da Fiocruz.

Mas mesmo caso o cronograma dos grupos prioritários tivesse se mantido, não seria o suficiente para barrar uma nova onda. “Só vacinar os prioritários não é o suficiente, você reduz os óbitos mas não zera, e não impede o colapso do sistema de saúde”, diz Isaac Schrarstzhaupt, Coordenador na Rede Análise Covid-19. “A estratégia precisa ser dupla. Vacinar e reduzir a taxa de transmissão. É possível evitar uma terceira onda com medidas não farmacológicas [vacinas], ainda que no Brasil isso não tenha sido feito”, afirma. Ele cita como exemplo a Nova Zelândia, onde as medidas de fechamento e restrição são implementadas à medida em que a velocidade de transmissão aumenta.

A escassez de imunizantes contará ainda com um outro fator não previsto durante a segunda onda. “A expectativa de mais vacinas é cada vez menor. Com a explosão dos casos na Índia, eles agora vão deixar de exportar seus imunizantes e insumos para outros países, e, inclusive vão entrar no processo de compra de vacinas pesadamente. Não estou vendo muita saída”, diz o epidemiologista Lotufo. “Estamos com padrão de vacinação muito baixo. O ideal é que tivéssemos entre 25% e 30%, aí teríamos uma acomodação bem melhor”, diz. “Se você analisar a letalidade da doença, que gira em torno de 1% e já matou quase 400.000 pessoas, deve haver praticamente 40 milhões de pessoas que já foram infectadas, ou seja, 25% dos brasileiros já tiveram a doença. Logo, quase três quartos da população ainda estão suscetíveis a contrair o vírus. É muita gente.”

As diretrizes do Governo com relação à vacinação também são conflitantes: inicialmente o Ministério da Saúde havia determinado que não fosse feita a reserva da segunda dose, tendo em vista que segundo o planejamento inicial —e que foi revisado para baixo inúmeras vezes— haveria suprimento para abastecer os Estados. Agora, à medida que várias capitais são obrigadas a suspender a vacinação de primeira e segunda dose por falta de imunizante, a pasta voltou atrás: o ministro Queiroga informou que a nova recomendação é de que seja feita a reserva, tendo em vista os atrasos no fornecimento de insumos e imunizantes.

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Para sua informação: Três pontos sobre a CPI da Covid https://bit.ly/2P5l2AZ

27 abril 2021

Carlos Garcia, presente!

Tristeza pela morte de Carlos Garcia, marco do jornalismo e da luta democrática em Pernambuco.

Mini tropa

São apenas 4 dentre 11 membros da CPI os senadores considerados "tropa de choque" de Bolsonaro. Muito pouco diante da carga explosiva comprometedora que terão pela frente.

Desgaste

Quando o vice-presidente general Mourão diz que o Exército não pode ser responsabilizado pela gestão de Pazuello no ministério da Saúde revela consciência do tamanho do desmantelo.

Omissão

O combate à pandemia da Covid mais uma vez é omitido na Proposta Orçamentária encaminhada por Bolsonaro ao Congresso Nacional. Isso significa o quê?

26 abril 2021

Amarelando

Tentativa de impedir que o senador Renan Calheiros assuma relatoria da CPI da Covid traduz medo de Bolsonaro e seguidores. Jogo pesado.

Mais pobreza

Classe C, cuja ascensão marcou governos Lula, despenca na miséria. Em 2019, o Brasil tinha cerca de 24 milhões de pessoas na pobreza extrema, ou 11% da população. Agora, são 35 milhões, ou 16% do total. Leia mais https://bit.ly/2QXL4Xl

Palavra de poeta


Escrevi certa vez que a nossa tendência, depois de libertados, era comprimir num tempo cada vez menor o tempo que houvéssemos tido de prisão e ampliar em muito o pouco tempo que já tivéssemos tido de liberdade. Dava  então como causa do fenômeno – além de uma reação salutar do nosso mecanismo psíquico, cujo efeito reduz o mal e alarga o bem –  o fato de que na prisão os dias eram quase invariavelmente iguais. O quase fica por conta de um dia absolutamente especial: o dia das visitas. Ocorria nos sábados e era sem dúvida nosso diferencial. O dia em que nos sentíamos em contato com o mundo vivo, mexendo lá fora, sentindo–nos também um pouco mais vivos. O poema de hoje tem seu foco na contemplação e na lembrança de um desses dias.
Chico de Assis

 

VISITAS PATERNAS

Chegam simplesmente.

Sentam sorriem

pouco sussurram.

Às vezes soluçam.

 

Mãe e pai calados

talvez pensem atônitos

ser o silêncio 

a única ponte. 

 

Para encontrar 

entender reprovar

e principalmente amar

o filho. 

 

Depois voltam.

Deixam a sombra

na poeira que abraça 

o vento e o aceno.

 

[Ilustração: Joaquín Torres Garcia]

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Veja: A poética ousada e cativante de Joana Côrtes https://bit.ly/3xdnKW8

Ouvir sempre

Na luta política é essencial confiar nos mais simples - e ouví-los atentamente, sempre.

25 abril 2021

Onde reside a coragem

Heroísmo, astúcia e canalismo

Ronaldo Correia de Brito

 

Sempre preferi Galileu Galilei a Giordano Bruno.

A atitude de Galileu perante o Tribunal da Inquisição, abjurando as suas descobertas no campo da astronomia e da física, para garantir a vida e a possibilidade de continuar investigando o universo, me parece científica e moderna. Giordano Bruno, ao contrário, perseverou nas afirmações que contrariavam os dogmas da Igreja Católica e foi condenado à fogueira.

(Tome cuidado com a mania de afirmar que a Terra é redonda.)

A coragem de Giordano é invejável. Mas os heróis morrem cedo e deixam apenas o exemplo de heroísmo. Galileu parece um covarde quando, aos setenta anos, na perspectiva de passar o restante dos seus dias na cadeia, faz uma retratação pública e retira o que afirmara: que a Terra girava em torno do Sol e de si mesma, que Júpiter era um centro astral, com satélites orbitando ao seu redor, que as estrelas eram mutáveis. Tudo o que contrariava o pensamento aristotélico, base do poder da Igreja.

Ao negar-se, Galileu renuncia às glórias do seu tempo para ter um pouco mais de vida e continuar os estudos. Esta seria a verdadeira coragem, um compromisso com o eterno? Graças ao gesto a ciência saiu da teoria para a experimentação. Giordano lembra o carvalho da fábula, que não se dobra diante da tempestade e termina partindo-se ao meio. Galileu é o bambuzinho flexível, se curva até o chão. Passada a tempestade, ele se põe de pé, vivo e inteiro.

Se Galileu fosse brasileiro, seu gesto seria aclamado como astúcia. Enganar faz parte de nossa cultura. Dois autores brasileiros criaram personagens frequentemente referidos como modelos da alma nacional. Ariano Suassuna João Grilo, no Auto da Compadecida, a partir dos folhetos de cordel e de histórias da tradição oral. Mário de Andrade baseou-se nos mitos indígenas para nos dar Macunaíma. Os críticos insistem nas semelhanças dos dois personagens, mas Ariano faz questão de mostrar as diferenças. João Grilo representa o nordestino pobre, humilhado, com um certo grau de consciência social, usando os recursos da malícia e da inteligência para sobreviver e defender-se dos seus opressores, os patrões e Deus. Em qualquer situação ele usa o “jeito”, modo tipicamente brasileiro de arranjar as coisas.

– E difícil quer dizer sem jeito? Sem jeito! Sem jeito por quê? Vocês são uns pamonhas, qualquer coisinha estão arriando. Não vê que tiveram tudo na terra? Se tivessem tido que aguentar o rojão de João Grilo, passando fome e comendo macambira na seca, garanto que tinham mais coragem.

Apesar das malandragens e estratagemas de que se vale para chegar aos fins desejados, João Grilo faz parte do Brasil real de que falava Machado de Assis. Macunaíma é assumidamente sem caráter, confesso preguiçoso, mesmo pautando-se pela busca de um sentido, que não encontra.

Tudo que fora a existência dele apesar de tantos casos tanta brincadeira tanta ilusão tanto sofrimento tanto heroísmo, afinal não fora sinão um se deixar viver; e pra parar na cidade do Delmiro ou na ilha de Marajó que são desta Terra carecia de ter um sentido. E ele não tinha coragem pra uma organização.

Macunaíma pode se confundir com mais um estereotipo de brasileiro, o de povo sem sentido e sem ordem. João Grilo, se é possível comparar realidade com ficção, está mais para Galileu. Nestes dois, o desejo de permanecer vivo é heroico, porque tem um fim e uma causa. João Grilo, com a intervenção da Compadecida, volta à vida de tanta vontade que estava de enriquecer. Galileu quer continuar vivo para reafirmar mais adiante, tudo o que negara. Já Macunaíma, mesmo se transformando na constelação da Ursa Maior, é o mesmo herói capenga que de tanto penar na terra sem saúde e com muita saúva, se aborreceu de tudo, foi-se embora e banza solitário no campo vasto do céu.

Parecemos com o povo russo na mania de buscar a alma nacional. O caráter de uma nação se constrói a partir de heróis reais e imaginários, literários e mitológicos. E também no exemplo dos seus políticos. Mas nesse espelho temos tido pouca sorte.

Melhor a literatura. Nela, se um herói não presta, viramos a página ou trocamos de livro. Na política é bem mais complicado. Basta ver o que passamos no momento.

*Ronaldo Correia de Brito é médico e escritor.

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Veja: A poética ousada e cativante de Joana Côrtes https://bit.ly/3xdnKW8

Plano tático

Com três zagueiros, São Paulo dá condições para Daniel Alves e Reinaldo brilharem mais

O camisa 10 tem de jogar vindo de trás, para armar, ou pelo lado, como nas últimas partidas

Tostão, Folha de S. Paulo

 

O meio de semana foi repleto de jogos. Não dá para ver tudo, mesmo em quarentena. Invejo alguns analistas, que, ao mesmo tempo, veem mais de uma partida e, imediatamente após os jogos, fazem comentários detalhados de todos eles, com dados estatísticos. Será que eles veem em duas televisões, uma ao lado da outra, assistem a uma partida pela TV e outra pelo celular ou assistem a tudo em uma mesma TV, com divisão de imagens?

Tento evitar ser refém da tecnologia. Quando não é possível, algumas pessoas me salvam. Por outro lado, sou apaixonado pela ciência, pelo conhecimento. Nesta semana, assisti, na TV Cultura, no programa Roda Viva, a uma ótima entrevista com o indígena, ativista ambiental, escritor e filósofo Ailton Krenak. Ele disse que ciência e tecnologia são diferentes, que ciência é a produção de conhecimento, enquanto a tecnologia é o processamento e o desenvolvimento do conhecimento.

Futebol é ciência, tecnologia, disputa esportiva, entretenimento, história, cultura e negócio. Os europeus precisam encontrar uma solução, uma terceira via. Não pode ser a ganância da Superliga nem a estagnação da atual Liga dos Campeões.

Pela Libertadores, o Palmeiras, mais uma vez, ganhou, mas não agradou o torcedor. Muitos não querem apenas torcer, querem também um futebol melhor. As deficiências principais do Palmeiras não estão no desenho tático, na estratégia e muito menos na qualidade do elenco. Estão na aproximação dos jogadores para trocar passes, sem afobação, para chegar ao gol de uma maneira mais lenta ou mais rápida, de acordo com o momento. É o "football association", criado no fim dos anos 1800.

Se os torcedores do Palmeiras estão insatisfeitos, os do São Paulo estão felizes com o time e com o técnico Hernán Crespo. Ainda é cedo para euforia.

Crespo, em um jogo recente, escalou Daniel Alves de meia ofensivo, de costas para o gol, e percebeu que não era o lugar dele. Daniel tem de jogar vindo de trás, com a ampla visão do conjunto, para armar as jogadas, como fez no ano passado, ou pelo lado, como nas últimas partidas, como um armador, um ala, função que o consagrou no futebol.

formação do São Paulo, com três zagueiros, dá muito mais condições para Daniel Alves e Reinaldo brilharem ainda mais. Certa vez, o técnico Marcelo Bielsa, mestre de Pep Guardiola, disse que não entendia como a seleção brasileira não jogava com três zagueiros, já que tinha os dois melhores laterais apoiadores do mundo, Daniel Alves e Marcelo. Foi o que fez Felipão na Copa do Mundo de 2002, pois tinha, na época, Cafu e Roberto Carlos.

No Flamengo, mesmo quando o time ganha e atua bem, o torcedor critica Rogério Ceni, pois o time não joga tão bem como ocorria com o português Jorge Jesus. A dificuldade defensiva do Flamengo acontece por não recuperar a bola mais rapidamente, por deixar muitos espaços na defesa, já que a equipe atua muito no campo adversário, e porque Diego e Gerson se destacam mais pela armação do que pela marcação.

Flamengo, no Brasil, e Bayern, na Europa, são exceções na formação do meio-campo, pois não têm um volante centralizado e mais marcador, como Casemiro, no Real Madrid, Rodri, no Manchester City, e outros. Quase todas as grandes equipes europeias jogam com um trio no meio-campo, um volante, que marca e inicia as jogadas ofensivas com bons passes, e um armador de cada lado, que pode ser mais construtor ou mais ofensivo. Cada um faz de seu jeito.

formação do São Paulo, com três zagueiros, dá muito mais condições para Daniel Alves e Reinaldo brilharem ainda mais. Certa vez, o técnico Marcelo Bielsa, mestre de Pep Guardiola, disse que não entendia como a seleção brasileira não jogava com três zagueiros, já que tinha os dois melhores laterais apoiadores do mundo, Daniel Alves e Marcelo. Foi o que fez Felipão na Copa do Mundo de 2002, pois tinha, na época, Cafu e Roberto Carlos.

No Flamengo, mesmo quando o time ganha e atua bem, o torcedor critica Rogério Ceni, pois o time não joga tão bem como ocorria com o português Jorge Jesus. A dificuldade defensiva do Flamengo acontece por não recuperar a bola mais rapidamente, por deixar muitos espaços na defesa, já que a equipe atua muito no campo adversário, e porque Diego e Gerson se destacam mais pela armação do que pela marcação.

Flamengo, no Brasil, e Bayern, na Europa, são exceções na formação do meio-campo, pois não têm um volante centralizado e mais marcador, como Casemiro, no Real Madrid, Rodri, no Manchester City, e outros. Quase todas as grandes equipes europeias jogam com um trio no meio-campo, um volante, que marca e inicia as jogadas ofensivas com bons passes, e um armador de cada lado, que pode ser mais construtor ou mais ofensivo. Cada um faz de seu jeito.

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Veja: Eu e você nas redes https://bit.ly/3mLkOvf