Para mim, aniversariar é renascer; é renovar o compromisso com a reinvenção da vida. Nestes termos, abracei o companheiro e amigo João Paulo pelo seu aniversário.
A construção coletiva das idéias é uma das mais fascinantes experiências humanas. Pressupõe um diálogo sincero, permanente, em cima dos fatos. Neste espaço, diariamente, compartilhamos com você nossa compreensão sobre as coisas da luta e da vida. Participe. Opine. [Artigos assinados expressam a opinião dos seus autores].
31 outubro 2011
Mobilidade urbana e jornal Movimento
. Hoje, o deputado João Paulo fará exposição sobre o problema da mobilidade urbana, no Plenarinho III do Anexo da Assembleia. Estarei lá.
. Às 11 h, audiência com o prefeito João da Costa, juntamente com os jornalistas Raimundo Pereira e Carlos Azevedo. Eles convidarão o prefeito para o lançamento do livro “Jornal Movimento, uma reportagem”, que acontecerá às 19 h, no Mar Hotel. Antes, às 17h, participarei do debate sobre o tema “Imprensa, ditadura e liberdade”, com o jornalista e escritor Fernando Moraes e Carlos Siqueira, Raimundo Pereira e Leda Alves.
. Às 11 h, audiência com o prefeito João da Costa, juntamente com os jornalistas Raimundo Pereira e Carlos Azevedo. Eles convidarão o prefeito para o lançamento do livro “Jornal Movimento, uma reportagem”, que acontecerá às 19 h, no Mar Hotel. Antes, às 17h, participarei do debate sobre o tema “Imprensa, ditadura e liberdade”, com o jornalista e escritor Fernando Moraes e Carlos Siqueira, Raimundo Pereira e Leda Alves.
30 outubro 2011
Palavra de poeta
A sugestão de domingo é de Chico Buarque: “Não esquece quem te amou/E em tua densa mata/Se perdeu e se encontrou.”
28 outubro 2011
A palavra do ministro Aldo Rebelo
No Vermelho:
Novo ministro diz que defende projeto do governo para Copa
. “Não vou discutir a posição da Fifa. Como ministro, vou defender o projeto do Poder Executivo. Há de se manter posição de cooperação e independência entre os dois entes, um público, com responsabilidade diante da sociedade, e o outro ente privado, que se rege e se orienta por interesses objetivos que nem sempre tem sido os interesses do Estado”. A fala é do novo ministro do Esporte, Aldo Rebelo, em entrevista coletiva à imprensa, na tarde desta quinta-feira (27), na Câmara dos Deputados.
. Ele anunciou a reunião que teve com o ex-ministro Orlando Silva, para tomar conhecimento da estrutura e ações do Ministério, e a posse, na próxima segunda-feira (31), quando decidirá sobre a equipe que vai trabalhar com ele.
. “Procurei, ainda hoje, tomar conhecimento básico da estrutura do Ministério, suas responsabilidades e seu funcionamento, e a partir de agora começar a pensar na montagem da equipe que deverá começar, logo após a minha posse, na segunda-feira, acompanhar o trabalho no Ministério”, afirmou.
. Ele negou que tenha recebido da Presidente Dilma qualquer recomendação quanto á troca de membros da equipe. Ou sobre a relação que terá com a Fifa, na organização da Copa do Mundo de 2014.
. “Recebi da presidente Dilma demonstração de confiança e responsabilidade de montar a minha equipe”, afirmou, anunciando que “as mudanças serão anunciadas de acordo com as consultas que vou realizar para estruturar a equipe que trabalhará comigo. Certamente que haverá mudanças”.
Sem condenações - Segundo o novo ministro, as competências que lá estão e que tem correspondido as suas atribuições serão mantidas e outras serão mudadas pelo critério de escolha pessoal ou técnica, descartando que as mudanças representem “condenações”.
. Disse ainda que “as sindicâncias instaladas continuarão e as ações do Ministério Público, Controladoria Geral da União e Polícia Federal, todas terão curso com apoio e ajuda do ministério como deve ser a atividade do poder público”.
. As indagações mais agressivas dos jornalistas, o novo ministro reagiu com ironia. Foi o caso da pergunta sobre sua posição diante dos parceiros da Fifa de quem recebeu doações de campanha. Quais? Quis saber Aldo Rebelo. O jornalista citou o banco Itaú. “Ah, os grandes anunciantes de jornais? Não tenho de cabeça, mas estão todos registrados no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Não há problema dos parceiros divulgarem nos grandes jornais”, disse, acrescentando que “se houve contribuição não atinge a minha independência”.
Relacionamento de praxe - E rejeitou um possível comprometimento na relação com a Fifa pelo ter sido presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Nike, que investigou a entidade. “O relacionamento será o de praxe. A Fifa tem uma responsabilidade e o governo tem também a sua e trabalharão levando em conta a cooperação, na construção da Copa do Mundo, e a independência.
. “A Fifa tem responsabilidade com organizadora ( do evento) e o governo, como país que vai sediar, e eu como principal executivo do governo na organização do evento. O fato de ter investigado Fifa não vai gerar qualquer tipo de ressentimento na atividade como ministro”, assegurou.
. Os jornalistas também insistiram sobre a polêmica questão da meia entrada. Ele disse que foi presidente da UNE e como ex-líder estudantil defende a meia entrada. E explicou aos repórteres que não cabe ao ministro mudar a lei proposta pelo Executivo. A atribuição é da Câmara, onde o projeto está tramitando.
. “Fui presidente da UNE e líder estudantil e uma das bandeiras do movimento estudantil é a meia entrada. Isso consta na legislação brasileira. Eu não tenho atribuição de rever a Lei da Copa. É atribuição da Câmara. Eu vou defender a posição do governo”.
Queda de braço - Diante da insistência dos jornalista sobre a mudança da Lei Geral da Copa para recepcionar a cobrança de meia entrada, que é rejeitada pela Fifa, o ministro manteve a mesma insistência na resposta: “A Lei Geral da Copa foi enviada pelo governo. Como Ministro do Esporte, eu tenho compromisso com o projeto do Governo. Não sei se a Câmara tem disposição de mudar, como é sua prerrogativa. Se houver, como integrante do Poder Executivo, devo respeitar”.
. “Então o senhor vai mudar de opinião para atender o governo?” insistiram os jornalistas. “Eu sou torcedor do Palmeiras, eu vou mudar de posição porque a Presidente é do Corínthias ou do Vasco? Não. Eu vou defender o projeto do governo”, insistiu o Ministro, encerrando a entrevista.
. Na sua fala introdutória, Aldo Rebelo disse que aceitou o novo cargo como “uma honra, uma responsabilidade, um desafio” e que se comprometeu com à Presidente Dilma de fazer todo esforço para corresponde à confiança. Segundo ele, é grande a responsabilidade do nosso país e do Ministério do Esporte de conduzir, não apenas as ações ordinárias e programáticas de governo, como também a responsabilidade extraordinária do Brasil de acolher os eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas ‘.
. “A responsabilidade do Ministério não é só do Partido, mas minha, pessoal, e do governo e, acima de tudo, responsabilidade diante do povo e da população. Governo e Estado existem para população e eu vou procurar cumprir essas responsabilidades de acordo com a minha capacidade, minha história, minha competência e minhas limitações”, afirmou.
De Brasília, Márcia Xavier
Novo ministro diz que defende projeto do governo para Copa
. “Não vou discutir a posição da Fifa. Como ministro, vou defender o projeto do Poder Executivo. Há de se manter posição de cooperação e independência entre os dois entes, um público, com responsabilidade diante da sociedade, e o outro ente privado, que se rege e se orienta por interesses objetivos que nem sempre tem sido os interesses do Estado”. A fala é do novo ministro do Esporte, Aldo Rebelo, em entrevista coletiva à imprensa, na tarde desta quinta-feira (27), na Câmara dos Deputados.
. Ele anunciou a reunião que teve com o ex-ministro Orlando Silva, para tomar conhecimento da estrutura e ações do Ministério, e a posse, na próxima segunda-feira (31), quando decidirá sobre a equipe que vai trabalhar com ele.
. “Procurei, ainda hoje, tomar conhecimento básico da estrutura do Ministério, suas responsabilidades e seu funcionamento, e a partir de agora começar a pensar na montagem da equipe que deverá começar, logo após a minha posse, na segunda-feira, acompanhar o trabalho no Ministério”, afirmou.
. Ele negou que tenha recebido da Presidente Dilma qualquer recomendação quanto á troca de membros da equipe. Ou sobre a relação que terá com a Fifa, na organização da Copa do Mundo de 2014.
. “Recebi da presidente Dilma demonstração de confiança e responsabilidade de montar a minha equipe”, afirmou, anunciando que “as mudanças serão anunciadas de acordo com as consultas que vou realizar para estruturar a equipe que trabalhará comigo. Certamente que haverá mudanças”.
Sem condenações - Segundo o novo ministro, as competências que lá estão e que tem correspondido as suas atribuições serão mantidas e outras serão mudadas pelo critério de escolha pessoal ou técnica, descartando que as mudanças representem “condenações”.
. Disse ainda que “as sindicâncias instaladas continuarão e as ações do Ministério Público, Controladoria Geral da União e Polícia Federal, todas terão curso com apoio e ajuda do ministério como deve ser a atividade do poder público”.
. As indagações mais agressivas dos jornalistas, o novo ministro reagiu com ironia. Foi o caso da pergunta sobre sua posição diante dos parceiros da Fifa de quem recebeu doações de campanha. Quais? Quis saber Aldo Rebelo. O jornalista citou o banco Itaú. “Ah, os grandes anunciantes de jornais? Não tenho de cabeça, mas estão todos registrados no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Não há problema dos parceiros divulgarem nos grandes jornais”, disse, acrescentando que “se houve contribuição não atinge a minha independência”.
Relacionamento de praxe - E rejeitou um possível comprometimento na relação com a Fifa pelo ter sido presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Nike, que investigou a entidade. “O relacionamento será o de praxe. A Fifa tem uma responsabilidade e o governo tem também a sua e trabalharão levando em conta a cooperação, na construção da Copa do Mundo, e a independência.
. “A Fifa tem responsabilidade com organizadora ( do evento) e o governo, como país que vai sediar, e eu como principal executivo do governo na organização do evento. O fato de ter investigado Fifa não vai gerar qualquer tipo de ressentimento na atividade como ministro”, assegurou.
. Os jornalistas também insistiram sobre a polêmica questão da meia entrada. Ele disse que foi presidente da UNE e como ex-líder estudantil defende a meia entrada. E explicou aos repórteres que não cabe ao ministro mudar a lei proposta pelo Executivo. A atribuição é da Câmara, onde o projeto está tramitando.
. “Fui presidente da UNE e líder estudantil e uma das bandeiras do movimento estudantil é a meia entrada. Isso consta na legislação brasileira. Eu não tenho atribuição de rever a Lei da Copa. É atribuição da Câmara. Eu vou defender a posição do governo”.
Queda de braço - Diante da insistência dos jornalista sobre a mudança da Lei Geral da Copa para recepcionar a cobrança de meia entrada, que é rejeitada pela Fifa, o ministro manteve a mesma insistência na resposta: “A Lei Geral da Copa foi enviada pelo governo. Como Ministro do Esporte, eu tenho compromisso com o projeto do Governo. Não sei se a Câmara tem disposição de mudar, como é sua prerrogativa. Se houver, como integrante do Poder Executivo, devo respeitar”.
. “Então o senhor vai mudar de opinião para atender o governo?” insistiram os jornalistas. “Eu sou torcedor do Palmeiras, eu vou mudar de posição porque a Presidente é do Corínthias ou do Vasco? Não. Eu vou defender o projeto do governo”, insistiu o Ministro, encerrando a entrevista.
. Na sua fala introdutória, Aldo Rebelo disse que aceitou o novo cargo como “uma honra, uma responsabilidade, um desafio” e que se comprometeu com à Presidente Dilma de fazer todo esforço para corresponde à confiança. Segundo ele, é grande a responsabilidade do nosso país e do Ministério do Esporte de conduzir, não apenas as ações ordinárias e programáticas de governo, como também a responsabilidade extraordinária do Brasil de acolher os eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas ‘.
. “A responsabilidade do Ministério não é só do Partido, mas minha, pessoal, e do governo e, acima de tudo, responsabilidade diante do povo e da população. Governo e Estado existem para população e eu vou procurar cumprir essas responsabilidades de acordo com a minha capacidade, minha história, minha competência e minhas limitações”, afirmou.
De Brasília, Márcia Xavier
27 outubro 2011
Uma história de resistência à ditadura militar
Do site http://www.lucianosiqueira.com.br/
Livro que resgata luta do jornal Movimento será lançado no Recife
. A trajetória do semanário Movimento, que circulou de 1975 a 1981, está imortalizada no livro Jornal Movimento, Uma Reportagem, do jornalista Carlos Azevedo, que será lançado no Recife, no dia 31 de outubro (segunda-feira), às 19h, no Mar Hotel, em Boa Viagem, Zona Sul da cidade, com a presença do deputado Luciano Siqueira (PCdoB), que foi correspondente e redator do Movimento no Recife, na década de 1970; governador Eduardo Campos e da ministra do TCU, Ana Arraes.
. O lançamento será antecedido de debate sobre o tema Imprensa, ditadura e liberdade, com início marcado para as 17h, no mesmo local. Atuarão como debatedores principais o escritor Fernando Moraes; Ana Cláudia Elói, presidente do Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco; e Raimundo Pereira, diretor da revista Retrato do Brasil. A elaboração do livro teve a colaboração das jornalistas Marina Amaral e Natália Viana.
. Um dos mais importantes instrumentos da resistência ao regime totalitário que dominou o País por mais de duas décadas, o jornal foi uma experiência ousada e bem sucedida tanto para os jornalistas que o faziam, que eram seus próprios patrões, quanto para seus 500 acionistas, entre os quais se encontravam jornalistas, intelectuais, profissionais especializados, estudantes e trabalhadores.
. O livro, produzido com apoio do Ministério da Cultura (Minc) e patrocínio da Petrobras, é fruto de um ano e meio de trabalho de uma equipe que pesquisou os arquivos da época, descobriu documentos inéditos e realizou mais de 60 entrevistas. São 362 páginas, com dezenas de ilustrações, além de DVD contendo na íntegra as 334 edições do jornal digitalizadas.
História em Movimento - Jornal político, desde o início Movimento teve um programa definido, de clara oposição à ditadura militar e de defesa das liberdades democráticas, dos interesses nacionais e da melhoria das condições de vida dos trabalhadores.
. O jornal sofreu censura prévia desde a primeira edição e continuou sendo censurado ao longo dos três primeiros anos de sua existência de seis anos e meio, o que levou a publicação a enfrentar graves dificuldades materiais. Mesmo mutilado pela censura, o jornal descreveu a vida e a luta dos trabalhadores e denunciou a exploração e os crimes contra os direitos humanos e as ameaças à soberania nacional.
. A partir de 1978, com o fim da censura prévia, o jornal viveu importante recuperação de suas vendas e grande ampliação de seu prestígio ao promover campanha pioneira em favor da Assembleia Nacional Constituinte e da revogação da legislação de exceção, ao apoiar a candidatura presidencial de oposição do general nacionalista Euler Bentes Monteiro e ao dar sustentação à Campanha pela Anistia Ampla e Irrestrita.
. Ao mesmo tempo, realizou a mais completa cobertura jornalística do processo de reanimação das lutas populares nas cidades e no campo, destacadamente a divulgação das greves e da afirmação do movimento operário no ABC e em outras regiões, acontecimentos definitivos para o processo de restauração democrática do país.
. Ousadamente, Movimento buscava oferecer a seus leitores informações atualizadas tanto no cenário nacional quanto internacional. E sobre todos os fatos apresentava sua opinião, sintonizada com o ponto de vista popular e democrático, nacionalista e anti-imperialista. Tratava das divergências no então existente campo socialista e ao mesmo tempo das polêmicas dentro do governo ditatorial e no interior das forças da oposição democrática.
. Acompanhou de perto o retorno dos exilados políticos após a anistia e relatou cada episódio da reorganização dos partidos políticos e da criação do Partido dos Trabalhadores.
Colaboradores - Nascido de uma grande mobilização política, o jornal reuniu em seu Conselho Editorial nomes como os de Alencar Furtado, Audálio Dantas, Chico Buarque de Holanda, Edgar da Mata Machado, Fernando Henrique Cardoso, Hermilo Borba Filho e Orlando Villas Boas.
. Foram membros do seu Conselho de Redação personalidades como Perseu Abramo, Tonico Ferreira, Aguinaldo Silva, Eduardo Suplicy, Elifas Andreatto, Fernando Peixoto, Jean Claude Bernadet, Mauricio Azedo, Francisco Pinto e Raimundo Rodrigues Pereira.
. Entre as centenas de pessoas que fizeram o jornal estão Carlos Nelson Coutinho, Caco Barcelos, Chico Caruso, Duarte Pereira, Guido Mantega, Laerte, Maria Moraes, Maria Rita Kehl, Paulo Cesar Pinheiro, Paul Singer, Ricardo Maranhão, Carlos Azevedo e Rubem Grilo.
Da Redação do site.
Bom dia, Adalberto Monteiro
A meu partido
(variação de um poema de Pablo Neruda)
Fora de ti, embora que ardente,
embora que fogo,
eu seria uma frágil fagulha,
um doce alimento do vento.
Em ti continuo a ser fagulha
mas integrante das chamas,
das labaredas
que escuridão e lama
nenhuma conseguirão deter.
Fora de ti,
sou um “indivíduo …
nada mais”.
Em ti,
continuo sendo um pigmento
mas um pigmento rubro
da vermelha aurora
que o sol hasteia
a cada manhã.
Fora de ti,
sou homem frágil
atirado ao mar;
lá já estive
e me lembro o que eu era:
um homem com punhos cortados
e a alma ferida;
não que eu não amasse, sempre amei,
não que eu não guerreasse,
sempre na guerra estive.
É que sozinho
eu me julgava
um guerreiro de uma guerra
já perdida,
um cavaleiro de um princesa
já sem vida.
Sozinho, muitas vezes às cegas
eu vagava,
e os meus olhos
eram só sal e água.
Sozinho, eu me sentia
uma caça miúda com a qual
o inimigo se divertia.
Contigo, estou em toda parte,
sou muita gente,
tenho muitos nomes:
sou greve, sou tocaia,
sou guerrilha
sou beijo
sou canção.
Contigo,
aprendi que o futuro
não é uma toalha de renda
bordada
pelas mãos divinas.
O futuro
— ensinaste-me —
nossas mãos unidas
vão arrancando,
vão talhando,
esculpindo, polindo,
na rocha bruta,
áspera
adversa
do presente.
(variação de um poema de Pablo Neruda)
Fora de ti, embora que ardente,
embora que fogo,
eu seria uma frágil fagulha,
um doce alimento do vento.
Em ti continuo a ser fagulha
mas integrante das chamas,
das labaredas
que escuridão e lama
nenhuma conseguirão deter.
Fora de ti,
sou um “indivíduo …
nada mais”.
Em ti,
continuo sendo um pigmento
mas um pigmento rubro
da vermelha aurora
que o sol hasteia
a cada manhã.
Fora de ti,
sou homem frágil
atirado ao mar;
lá já estive
e me lembro o que eu era:
um homem com punhos cortados
e a alma ferida;
não que eu não amasse, sempre amei,
não que eu não guerreasse,
sempre na guerra estive.
É que sozinho
eu me julgava
um guerreiro de uma guerra
já perdida,
um cavaleiro de um princesa
já sem vida.
Sozinho, muitas vezes às cegas
eu vagava,
e os meus olhos
eram só sal e água.
Sozinho, eu me sentia
uma caça miúda com a qual
o inimigo se divertia.
Contigo, estou em toda parte,
sou muita gente,
tenho muitos nomes:
sou greve, sou tocaia,
sou guerrilha
sou beijo
sou canção.
Contigo,
aprendi que o futuro
não é uma toalha de renda
bordada
pelas mãos divinas.
O futuro
— ensinaste-me —
nossas mãos unidas
vão arrancando,
vão talhando,
esculpindo, polindo,
na rocha bruta,
áspera
adversa
do presente.
26 outubro 2011
Partido temperado e invencível
Orgulho de ser PCdoB
Luciano Siqueira
Publicado no Portal Vermelho http://www.vermelho.org.br/
Na história institucional brasileira sinuosa tem sido a trajetória dos partidos políticos. Não apenas no Império e na República Velha, quando quase inexistia prática democrática, mas mesmo após a Revolução de 30, quando se desencadeou um período de transformações significativas na sociedade.
Entretanto, os longos interregnos autoritários que se sucederam entre 30 e 85 – sobretudo o Estado Novo e a Ditadura Militar – significaram enorme obstáculo à construção de partidos consistentes e estáveis.
O fato é que sempre predominaram, em nosso País, agremiações partidárias efêmeras, conjunturais e frágeis. Mesmo partidos que se organizaram retomando siglas existentes em situações passadas, o fizeram sem coerência com a linha e a feição política de antes.
O Partido Comunista do Brasil se distingue, dentre todos, por se manter há 89 anos atuante e presentes em todas as lutas importantes de caráter popular e democrático de nossa história recente. Em que pesem a perseguição policial, a interdição legal e a carga de preconceitos que por durante muito tempo pairaram sobre si, o Partido foi capaz de sobreviver, crescer e conquistar papel indispensável na cena política.
Isto porque aliou fidelidade à base teórica e ideológica em que se funda – o marxismo-leninismo – o empenho permanente em ligar-se ao povo. Evoluiu teórica e politicamente. Alcançou a maturidade. Hoje ostenta um Programa Socialista a um só tempo cientificamente lastreado e consentâneo com as peculiaridades da realidade brasileira.
Também contribuiu e contribui para a existência exitosa do PCdoB a sua têmpera militante. Nesses quase 90 anos, milhares dos melhores filhos do povo fundiram seu destino pessoal ao projeto partidário e nacional. Foram capazes de lutar sob as mais adversas condições, inúmeros pagando com a própria vida pela fidelidade à causa que abraçaram.
É esse Partido, assim temperado no transcurso de batalhas históricas e atuais, que enfrenta no presente momento agressiva e odiosa campanha visando a denegri-lo. O combate que se trava através da grande mídia, feita porta-voz da direita mais abjeta, contra o ex-ministro Orlando Silva busca precisamente o impossível: abater, enfraquecer e derrotar o PCdoB. Mas encontra nos comunistas uma fortaleza unida, determinada e amplamente respaldada pelos aliados e pelo prestígio conquistado junto a crescentes parcelas dos trabalhadores e do povo.
O PCdoB resiste com altivez e mais uma vez vencerá, pois – como dizia João Amazonas – “é a consciência e a honra da nação”.
Luciano Siqueira
Publicado no Portal Vermelho http://www.vermelho.org.br/
Na história institucional brasileira sinuosa tem sido a trajetória dos partidos políticos. Não apenas no Império e na República Velha, quando quase inexistia prática democrática, mas mesmo após a Revolução de 30, quando se desencadeou um período de transformações significativas na sociedade.
Entretanto, os longos interregnos autoritários que se sucederam entre 30 e 85 – sobretudo o Estado Novo e a Ditadura Militar – significaram enorme obstáculo à construção de partidos consistentes e estáveis.
O fato é que sempre predominaram, em nosso País, agremiações partidárias efêmeras, conjunturais e frágeis. Mesmo partidos que se organizaram retomando siglas existentes em situações passadas, o fizeram sem coerência com a linha e a feição política de antes.
O Partido Comunista do Brasil se distingue, dentre todos, por se manter há 89 anos atuante e presentes em todas as lutas importantes de caráter popular e democrático de nossa história recente. Em que pesem a perseguição policial, a interdição legal e a carga de preconceitos que por durante muito tempo pairaram sobre si, o Partido foi capaz de sobreviver, crescer e conquistar papel indispensável na cena política.
Isto porque aliou fidelidade à base teórica e ideológica em que se funda – o marxismo-leninismo – o empenho permanente em ligar-se ao povo. Evoluiu teórica e politicamente. Alcançou a maturidade. Hoje ostenta um Programa Socialista a um só tempo cientificamente lastreado e consentâneo com as peculiaridades da realidade brasileira.
Também contribuiu e contribui para a existência exitosa do PCdoB a sua têmpera militante. Nesses quase 90 anos, milhares dos melhores filhos do povo fundiram seu destino pessoal ao projeto partidário e nacional. Foram capazes de lutar sob as mais adversas condições, inúmeros pagando com a própria vida pela fidelidade à causa que abraçaram.
É esse Partido, assim temperado no transcurso de batalhas históricas e atuais, que enfrenta no presente momento agressiva e odiosa campanha visando a denegri-lo. O combate que se trava através da grande mídia, feita porta-voz da direita mais abjeta, contra o ex-ministro Orlando Silva busca precisamente o impossível: abater, enfraquecer e derrotar o PCdoB. Mas encontra nos comunistas uma fortaleza unida, determinada e amplamente respaldada pelos aliados e pelo prestígio conquistado junto a crescentes parcelas dos trabalhadores e do povo.
O PCdoB resiste com altivez e mais uma vez vencerá, pois – como dizia João Amazonas – “é a consciência e a honra da nação”.
Trabalho escravo no Brasil de hoje
Remanescentes da senzala
Luciano Siqueira
Publicado no Blog de Jamildo (Jornal do Commercio Online)
A convivência, nem sempre pacífica, entre progresso e permanências conservadoras marca a sociedade brasileira em toda a sua evolução. É o que, em plano macro, se tem chamado de rupturas inconclusas, de que a superação do regime militar, em 1985, vem a ser o exemplo mais recente.
Aqui ocorrem transições longas, sinuosas, sujeitas a idas e vindas, em que o novo guerreia muito para, enfim, superar o velho, que resiste e não desaparece completamente.
Assim se compreende a persistência de resquícios do regime escravista, seja na esfera cultural, seja na prática concreta das relações sociais de trabalho.
Estudo recém-divulgado da OIT (Organização Internacional do Trabalho) sobre o trabalho escravo no Brasil nos dias que correm, feito em combinação com o governo brasileiro, traz revelações importantes. Nele, desenha-se o perfil dos atores envolvidos no trabalho escravo rural no Brasil: as vítimas, os intermediários e os empregadores.
O conceito de trabalho escravo contemporâneo se aplica a situações em que o trabalho ou serviço exigido de uma pessoa se dá “sob ameaça de sanção e para o qual ela não tiver se oferecido espontaneamente. Além de estar relacionado a baixos salários e más condições de trabalho, inclui uma situação de cerceamento da liberdade dos trabalhadores".
Segundo o estudo, o trabalhador submetido a relações de trabalho consideradas de escravidão é homem, negro, analfabeto funcional, tem idade média de 31,4 anos e renda declarada mensal de 1,3 salário mínimo. A grande maioria, 77%, nasceu no Nordeste. Já os empregadores são homens, brancos, com idade média de 47,1 anos. A maioria nasceu na Região Sudeste e tem ensino superior completo. E o fenômeno se concentra em áreas do Pará, de Mato Grosso, da Bahia e de Goiás.
Um fragmento expressivo do mapa das desigualdades sociais e regionais e da exclusão social em nosso país.
Até hoje, desde que em 1995 se iniciou o combate ao trabalho escravo pelo governo federal, mais de 40 mil trabalhadores e trabalhadoras foram libertados dessa situação, em geral labutando na pecuária e no setor sucroalcooleiro. E, no caso do trabalho infantil – parcela significativa -, as condições de trabalho se mostram infinitamente mais desumanas.
O combate a esse remanescente da senzala se dá basicamente em duas frentes. A principal é a promoção do desenvolvimento econômico em bases socialmente progressistas, ou seja, com distribuição de renda e valorização do trabalho. A outra, é a fiscalização direta do governo, através dos grupos móveis que atuam nas áreas identificadas como foco – que ainda é insuficiente e esbarra em obstáculos importantes, entre os quais a legislação frágil, que leva na prática à impunidade. A PEC que prevê a expropriação da terra em que for comprovada a exploração de trabalho escravo, tramita no Congresso Nacional há mais de 6 anos à espera de votação, sob quase sigilo da grande mídia e lamentável indiferença da opinião pública.
Luciano Siqueira
Publicado no Blog de Jamildo (Jornal do Commercio Online)
A convivência, nem sempre pacífica, entre progresso e permanências conservadoras marca a sociedade brasileira em toda a sua evolução. É o que, em plano macro, se tem chamado de rupturas inconclusas, de que a superação do regime militar, em 1985, vem a ser o exemplo mais recente.
Aqui ocorrem transições longas, sinuosas, sujeitas a idas e vindas, em que o novo guerreia muito para, enfim, superar o velho, que resiste e não desaparece completamente.
Assim se compreende a persistência de resquícios do regime escravista, seja na esfera cultural, seja na prática concreta das relações sociais de trabalho.
Estudo recém-divulgado da OIT (Organização Internacional do Trabalho) sobre o trabalho escravo no Brasil nos dias que correm, feito em combinação com o governo brasileiro, traz revelações importantes. Nele, desenha-se o perfil dos atores envolvidos no trabalho escravo rural no Brasil: as vítimas, os intermediários e os empregadores.
O conceito de trabalho escravo contemporâneo se aplica a situações em que o trabalho ou serviço exigido de uma pessoa se dá “sob ameaça de sanção e para o qual ela não tiver se oferecido espontaneamente. Além de estar relacionado a baixos salários e más condições de trabalho, inclui uma situação de cerceamento da liberdade dos trabalhadores".
Segundo o estudo, o trabalhador submetido a relações de trabalho consideradas de escravidão é homem, negro, analfabeto funcional, tem idade média de 31,4 anos e renda declarada mensal de 1,3 salário mínimo. A grande maioria, 77%, nasceu no Nordeste. Já os empregadores são homens, brancos, com idade média de 47,1 anos. A maioria nasceu na Região Sudeste e tem ensino superior completo. E o fenômeno se concentra em áreas do Pará, de Mato Grosso, da Bahia e de Goiás.
Um fragmento expressivo do mapa das desigualdades sociais e regionais e da exclusão social em nosso país.
Até hoje, desde que em 1995 se iniciou o combate ao trabalho escravo pelo governo federal, mais de 40 mil trabalhadores e trabalhadoras foram libertados dessa situação, em geral labutando na pecuária e no setor sucroalcooleiro. E, no caso do trabalho infantil – parcela significativa -, as condições de trabalho se mostram infinitamente mais desumanas.
O combate a esse remanescente da senzala se dá basicamente em duas frentes. A principal é a promoção do desenvolvimento econômico em bases socialmente progressistas, ou seja, com distribuição de renda e valorização do trabalho. A outra, é a fiscalização direta do governo, através dos grupos móveis que atuam nas áreas identificadas como foco – que ainda é insuficiente e esbarra em obstáculos importantes, entre os quais a legislação frágil, que leva na prática à impunidade. A PEC que prevê a expropriação da terra em que for comprovada a exploração de trabalho escravo, tramita no Congresso Nacional há mais de 6 anos à espera de votação, sob quase sigilo da grande mídia e lamentável indiferença da opinião pública.
25 outubro 2011
Polo do Agreste sob riscos
Pólo de Confecções do Agreste X invasão dos produtos asiáticos
Por Willamy Charles Feitosa Duque, economista
Diante da crise que tem sido noticiada através dos meios de comunicação e a diminuição do consumo nos países ricos, como EUA e o Bloco Europeu, grandes empresas asiáticas estão mudando seu foco em busca de novos mercados em todo o mundo. Como o Brasil está passando por um grande desenvolvimento econômico e social, e a nossa moeda está valorizada em relação às principais moedas do mundo, essas indústrias partem para o ataque a fim de conseguir conquistar novos mercados.
Em consequência desses fatos, nos últimos dias, acompanhamos as medidas do Governo Federal em defesa da indústria automotiva, através do aumento das taxas e impostos sobre os carros importados (principalmente asiáticos), provocando a valorização da indústria nacional e, consequentemente, do emprego do povo brasileiro.
Essas medidas protecionistas, sem sobra de dúvidas, foram uma conquista não apenas das montadoras nacionais, mas também dos trabalhadores que, através das entidades sindicais, unificaram o debate junto com as montadoras em defesa do mercado automobilístico.
No último sábado (01/10), foi anunciado pelo Governo da Presidenta Dilma que a Nissan-Renalt investirá no Paraná R$ 1,5 bilhões para implantar seu novo parque industrial e gerará 2 mil novos empregos. Ótima notícia para o país que, além de gerar empregos, receberá mais uma indústria de alto valor agregado.
Vale ressaltar que a Indústria Asiática não se restringe apenas à produção de carros. É uma das indústrias mais diversificadas do mundo. Diante do exposto, vamos fazer uma comparação direta com o Pólo de Confecções do Agreste Pernambucano, que é composto principalmente pelas cidades de Santa Cruz do Capibaribe, Taquaritinga do Norte, Toritama, Caruaru, e Surubim.
Juntas, essas cidades formam o segundo maior polo produtor de confecções do Brasil, possuindo clientes de todos os Estados brasileiros. Esta Região produtiva detém o PIB de aproximadamente R$ 2,8 bilhões de reais (FONTE: CONDEPE FIDEM) e juntas possuem 521.466 habitantes(FONTE: IBGE). É neste Polo de Confecções que se gera tantos empregos diretos e indiretos, que agora sofre com a vinda dos produtos importados.
Hoje, é comum recebermos a visita de representantes de importadoras em nossas empresas com mostruários das mais diversas peças propondo parcerias para comercializarmos seus produtos (principalmente vindos da China e Índia). São produtos com bom acabamento e preços acessíveis, que chegam com grande facilidade em nossa região, através do Porto de Suape. Muitas vezes as confecções importadas por encomendas possuem até a logomarca de empresas do APL.
Vendo esses acontecimentos, observo que para muitos o que importa é o lucro, mas, para outros o que importa é a continuidade do processo produtivo dos nossos produtos e a manutenção de nossa economia. Em uma avaliação rápida posso dizer que a cada 10 mil camisas importadas por mês é praticamente uma fábrica com 30 funcionários que se fecha.
Neste mesmo contexto, analizando a taxa de retorno em números de empregos gerados em relação ao investimento no caso da Nissan-Renalt é inferior ao do Pólo de Confecção do agreste que para criar 10 empregos diretos são necessários em média um investimento de R$ 40 mil, ou seja, é mais barato gerar empregos neste Arranjo Produtivo Local de Confecção. Mas mesmo com toda essa facilidade de geração de emprego a uma taxa menor de investimento, o debate da defesa da Indústria de confecção fica deixada de lado, pelos principais envolvidos.
Deste modo, vejo que é mais que necessário a implementação de medidas protecionistas em defesa da produção de confecção deste Arranjo Produtivo Local por parte do Governo Federal e Estadual. Está mais que na hora de tomarmos como exemplo a luta que uniu trabalhadores e montadoras. Não dá para deixamos a Ásia tomar de bandeja os empregos e desmantelar nossa economia regional.
Por Willamy Charles Feitosa Duque, economista
Diante da crise que tem sido noticiada através dos meios de comunicação e a diminuição do consumo nos países ricos, como EUA e o Bloco Europeu, grandes empresas asiáticas estão mudando seu foco em busca de novos mercados em todo o mundo. Como o Brasil está passando por um grande desenvolvimento econômico e social, e a nossa moeda está valorizada em relação às principais moedas do mundo, essas indústrias partem para o ataque a fim de conseguir conquistar novos mercados.
Em consequência desses fatos, nos últimos dias, acompanhamos as medidas do Governo Federal em defesa da indústria automotiva, através do aumento das taxas e impostos sobre os carros importados (principalmente asiáticos), provocando a valorização da indústria nacional e, consequentemente, do emprego do povo brasileiro.
Essas medidas protecionistas, sem sobra de dúvidas, foram uma conquista não apenas das montadoras nacionais, mas também dos trabalhadores que, através das entidades sindicais, unificaram o debate junto com as montadoras em defesa do mercado automobilístico.
No último sábado (01/10), foi anunciado pelo Governo da Presidenta Dilma que a Nissan-Renalt investirá no Paraná R$ 1,5 bilhões para implantar seu novo parque industrial e gerará 2 mil novos empregos. Ótima notícia para o país que, além de gerar empregos, receberá mais uma indústria de alto valor agregado.
Vale ressaltar que a Indústria Asiática não se restringe apenas à produção de carros. É uma das indústrias mais diversificadas do mundo. Diante do exposto, vamos fazer uma comparação direta com o Pólo de Confecções do Agreste Pernambucano, que é composto principalmente pelas cidades de Santa Cruz do Capibaribe, Taquaritinga do Norte, Toritama, Caruaru, e Surubim.
Juntas, essas cidades formam o segundo maior polo produtor de confecções do Brasil, possuindo clientes de todos os Estados brasileiros. Esta Região produtiva detém o PIB de aproximadamente R$ 2,8 bilhões de reais (FONTE: CONDEPE FIDEM) e juntas possuem 521.466 habitantes(FONTE: IBGE). É neste Polo de Confecções que se gera tantos empregos diretos e indiretos, que agora sofre com a vinda dos produtos importados.
Hoje, é comum recebermos a visita de representantes de importadoras em nossas empresas com mostruários das mais diversas peças propondo parcerias para comercializarmos seus produtos (principalmente vindos da China e Índia). São produtos com bom acabamento e preços acessíveis, que chegam com grande facilidade em nossa região, através do Porto de Suape. Muitas vezes as confecções importadas por encomendas possuem até a logomarca de empresas do APL.
Vendo esses acontecimentos, observo que para muitos o que importa é o lucro, mas, para outros o que importa é a continuidade do processo produtivo dos nossos produtos e a manutenção de nossa economia. Em uma avaliação rápida posso dizer que a cada 10 mil camisas importadas por mês é praticamente uma fábrica com 30 funcionários que se fecha.
Neste mesmo contexto, analizando a taxa de retorno em números de empregos gerados em relação ao investimento no caso da Nissan-Renalt é inferior ao do Pólo de Confecção do agreste que para criar 10 empregos diretos são necessários em média um investimento de R$ 40 mil, ou seja, é mais barato gerar empregos neste Arranjo Produtivo Local de Confecção. Mas mesmo com toda essa facilidade de geração de emprego a uma taxa menor de investimento, o debate da defesa da Indústria de confecção fica deixada de lado, pelos principais envolvidos.
Deste modo, vejo que é mais que necessário a implementação de medidas protecionistas em defesa da produção de confecção deste Arranjo Produtivo Local por parte do Governo Federal e Estadual. Está mais que na hora de tomarmos como exemplo a luta que uniu trabalhadores e montadoras. Não dá para deixamos a Ásia tomar de bandeja os empregos e desmantelar nossa economia regional.
Novidades na Interpoética
. No mês que se comemora o Dia do Poeta - 20 de outubro - a primeira página do Interpoética não poderia deixar de dar destaque ao nosso carro-chefe e que nos faz ampliar e diversificar o nosso público de leitores a cada nova edição.
. Convidamos aos internautas a darem uma olhada no emocionante depoimento de Beatriz Brenner numa viagem de resgate de memória do nosso querido Geraldino Brasil.
. Confiram também as opiniões de Ariano Suassuna e Jerusa Pires Ferreira sobre o novo livro de Jussara Salazar, Carpideiras.
. Thiago Pininga também dá sua opinião sobre Atirem a pedra, livro de Aymmar Rodriguéz e que faz parte do Tríade.
. Paulo Azevedo Chaves nos presenteia com o seu novo livro - Poemas Homeróticos Escolhidos - com belas ilustrações e traduções primorosas.
. Outro título em evidência nesta edição do Interpoética: Dicionário da Diversidade Cultural Pernambucana, de Adriano Marcena. Veja a opinião do escritor e professor Carlos Newton Junior sobre esta obra tão importante para se entender e se pensar a pluralidade cultural de Pernambuco.
. Nas atualizações dos nosso colunistas, leiam as coisas boas de Carminha Bandeira, Cleyton Cabral, Jomard Muniz de Brito e Rita Marize.
. Na nossa web rádio Wellington de Melo fala sobre suas memórias literárias e no vídeo temos Marcos Passos recitando o mote: Mocidade é um vento passageiro / Beija a face da gente e vai embora.
. Para encerrar e deixar todo mundo na expectativa, deem uma olhada na resenha de Raimundo de Moraes sobre a nova cria de Cícero Belmar, Aqueles livros não me iludem mais, que será lançado ainda este ano.
. Veja http://migre.me/5ZELM
. Convidamos aos internautas a darem uma olhada no emocionante depoimento de Beatriz Brenner numa viagem de resgate de memória do nosso querido Geraldino Brasil.
. Confiram também as opiniões de Ariano Suassuna e Jerusa Pires Ferreira sobre o novo livro de Jussara Salazar, Carpideiras.
. Thiago Pininga também dá sua opinião sobre Atirem a pedra, livro de Aymmar Rodriguéz e que faz parte do Tríade.
. Paulo Azevedo Chaves nos presenteia com o seu novo livro - Poemas Homeróticos Escolhidos - com belas ilustrações e traduções primorosas.
. Outro título em evidência nesta edição do Interpoética: Dicionário da Diversidade Cultural Pernambucana, de Adriano Marcena. Veja a opinião do escritor e professor Carlos Newton Junior sobre esta obra tão importante para se entender e se pensar a pluralidade cultural de Pernambuco.
. Nas atualizações dos nosso colunistas, leiam as coisas boas de Carminha Bandeira, Cleyton Cabral, Jomard Muniz de Brito e Rita Marize.
. Na nossa web rádio Wellington de Melo fala sobre suas memórias literárias e no vídeo temos Marcos Passos recitando o mote: Mocidade é um vento passageiro / Beija a face da gente e vai embora.
. Para encerrar e deixar todo mundo na expectativa, deem uma olhada na resenha de Raimundo de Moraes sobre a nova cria de Cícero Belmar, Aqueles livros não me iludem mais, que será lançado ainda este ano.
. Veja http://migre.me/5ZELM
Bom dia, Cida Pedrosa
Tereza Costa Rego
água fez da água homem
cada gota
era toque
cada chuva
era chama
cada jato
era jorro
a mulher se fez charco
Dinheiro em caixa para habitação
Recursos da caderneta de poupança para habitação estão garantidos para os próximos dez anos
. A informação é da Agência Brasil. Os recursos da caderneta de poupança para o mercado imobiliário estão garantidos para os próximos dez anos, disse hoje (24) o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, ao participar de uma audiência pública na Assembleia Legislativa de São Paulo. Segundo ele, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) consegue deslocar para o mercado imobiliário cerca de R$ 30 bilhões por ano e, por isso, não haverá escassez de recursos para o financiamento nos próximos anos.
. “A Caixa está equacionada até 2013, não tem problema de recursos. Nesse período está havendo uma discussão com relação aos recursos da poupança, porque no FGTS, que financia o Programa Minha Casa, Minha Vida, tem R$ 125 bilhões para os próximos quatro anos. Então tem recursos para o Minha Casa, Minha Vida na faixa até dez salários mínimos, com mais de 2 milhões de casas para serem contratadas”.
. Hereda ressaltou que o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) terá que passar por uma transição, que deve ocorrer até os juros ficarem mais baixos no país, para que assim se possa securitizar os créditos existentes, gerando mais recursos para os investimentos. “Quando os recursos estiverem em 7%, não se precisará mais dizer de onde vem, porque será possível aplicar recursos das tesourarias dos bancos como é em todo o mundo”.
. De acordo com o presidente da Caixa, o círculo virtuoso do crédito imobiliário no Brasil ainda tem muito a caminhar. “Temos um pouco mais de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) para o crédito imobiliário, e se imaginarmos que o Chile tem 12% e o México no mesmo patamar, aqui no Brasil ainda temos um caminho longo a percorrer. A discussão é se vamos ter um crescimento de 50% ou 60% ou um pouco menor”. Para ele, o crescimento do crédito imobiliário no Brasil será um pouco menor, porém sustentado.
. Hereda disse que até o momento o financiamento imobiliário da Caixa passa de R$ 60 bilhões e a expectativa é a de fechar o ano em R$ 90 bilhões. “Nesses três últimos meses do ano a contratação acelera. Está entrando agora a contratação para a faixa de zero até três salários mínimos para o Minha Casa, Minha Vida e queremos passar dos R$ 76 bilhões do ano passado”.
. A informação é da Agência Brasil. Os recursos da caderneta de poupança para o mercado imobiliário estão garantidos para os próximos dez anos, disse hoje (24) o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, ao participar de uma audiência pública na Assembleia Legislativa de São Paulo. Segundo ele, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) consegue deslocar para o mercado imobiliário cerca de R$ 30 bilhões por ano e, por isso, não haverá escassez de recursos para o financiamento nos próximos anos.
. “A Caixa está equacionada até 2013, não tem problema de recursos. Nesse período está havendo uma discussão com relação aos recursos da poupança, porque no FGTS, que financia o Programa Minha Casa, Minha Vida, tem R$ 125 bilhões para os próximos quatro anos. Então tem recursos para o Minha Casa, Minha Vida na faixa até dez salários mínimos, com mais de 2 milhões de casas para serem contratadas”.
. Hereda ressaltou que o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) terá que passar por uma transição, que deve ocorrer até os juros ficarem mais baixos no país, para que assim se possa securitizar os créditos existentes, gerando mais recursos para os investimentos. “Quando os recursos estiverem em 7%, não se precisará mais dizer de onde vem, porque será possível aplicar recursos das tesourarias dos bancos como é em todo o mundo”.
. De acordo com o presidente da Caixa, o círculo virtuoso do crédito imobiliário no Brasil ainda tem muito a caminhar. “Temos um pouco mais de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) para o crédito imobiliário, e se imaginarmos que o Chile tem 12% e o México no mesmo patamar, aqui no Brasil ainda temos um caminho longo a percorrer. A discussão é se vamos ter um crescimento de 50% ou 60% ou um pouco menor”. Para ele, o crescimento do crédito imobiliário no Brasil será um pouco menor, porém sustentado.
. Hereda disse que até o momento o financiamento imobiliário da Caixa passa de R$ 60 bilhões e a expectativa é a de fechar o ano em R$ 90 bilhões. “Nesses três últimos meses do ano a contratação acelera. Está entrando agora a contratação para a faixa de zero até três salários mínimos para o Minha Casa, Minha Vida e queremos passar dos R$ 76 bilhões do ano passado”.
Repetição de uma velha tática, agora como farsa
Cartada frágil e sem escrúpulos
Luciano Siqueira
Para o Blog da Revista Algomais
A história não se repete, dizia Marx - a não ser como farsa. Isto no sentido de que a repetição, no caso, surge como algo sem razão nem vigor, simplesmente ocupando o vazio da falta de alternativa.
Quem rever hoje cenas em vídeo ou registradas nos jornais da época a respeito do governo Juscelino Kubistchek há de identificar com clareza cristalina o papel da direita golpista, liderada pela UDN de Carlos Lacerda, que sem proposta nem rumo optava pela tentativa de denegrir o presidente a todo custo, acusando de corrupta a sua gestão.
Udenistas faziam barulho no parlamento, a mídia à direita repercutia através de matérias “escandalosas” e ambos se postavam às portas dos gabinetes militares urdindo o golpe, que afinal veio em abril de 1964. Eram a chamadas “vivandeiras dos quarteis”, furibundas na resistência às reformas de base, bandeiras do movimento democrático e progressista em ascensão.
Hoje não há ambiente para golpe militar. Mas a farsa está a pleno vapor, como resistência às mudanças em curso no País desde a assunção de Lula à presidência da República, em 2003. Cartada frágil e sem escrúpulos.
Valendo-se de fatos reais (em alguns casos) da prática de corrupção envolvendo gente graúda nos três poderes da República, a nova UDN, representada por um núcleo demo-tucano e pela quase unanimidade da grande mídia, faz generalizações sem separar o joio e o trigo. Joga a pecha de corrupto nos que, segundo seus desígnios táticos e prementes interesses, escolhem como alvos a cada momento.
O mecanismo é tão simples quanto odioso. Repórteres obedientes à orientação dos donos dos órgãos de imprensa a que servem produzem matérias plantadas com base em acusações infundadas de algum desqualificado qualquer, denunciando o detentor de cargo público. Reverberada por outros órgãos das diversas mídias, a denúncia ganha aura de “verdade” e se passa a cobrar do acusado o ônus da prova!
Fabricam-se, assim, “escândalos” e “crises” de governo – artificialmente. Repete-se a velha tática da época de JK, agora como farsa rasteira e desbotada.
Exemplo emblemático são as matérias veiculadas pela revista Veja contra o ministro do Esporte, Orlando Silva. O acusador, um sujeito reconhecidamente infrator, alvo de processos movidos justamente pelo Ministério do Esporte por desvio de recursos públicos, agora reconhece que não dispõe de provas que sustentem sua grave e leviana acusação contra o ministro. A revista – e os demais veículos de comunicação empenhados na campanha contra o ministro – não perdem o embalo, e o no maior cinismo mudam o foco, que agora passa a ser o PCdoB, e a natureza da acusação – a absurda afirmação de que os comunistas teriam montado uma rede (sic) de corrupção a partir de sua influência no Ministério do Esporte!
Provas? Nenhuma! Apenas acusações vazias colhidas a fórceps junto a gente inescrupulosa e irresponsável. Mas assim mesmo a campanha toma corpo, temperada com a adesão oportunista de elementos suspostamente de “esquerda”.
O ministro Orlando tem sido um gigante na defesa de sua honra e do seu partido, o PCdoB, que igualmente tem reagido com firmeza e altivez. Resta aguardar o desenlace, que certamente porá por terra a farsa, prevalecendo a verdade.
Luciano Siqueira
Para o Blog da Revista Algomais
A história não se repete, dizia Marx - a não ser como farsa. Isto no sentido de que a repetição, no caso, surge como algo sem razão nem vigor, simplesmente ocupando o vazio da falta de alternativa.
Quem rever hoje cenas em vídeo ou registradas nos jornais da época a respeito do governo Juscelino Kubistchek há de identificar com clareza cristalina o papel da direita golpista, liderada pela UDN de Carlos Lacerda, que sem proposta nem rumo optava pela tentativa de denegrir o presidente a todo custo, acusando de corrupta a sua gestão.
Udenistas faziam barulho no parlamento, a mídia à direita repercutia através de matérias “escandalosas” e ambos se postavam às portas dos gabinetes militares urdindo o golpe, que afinal veio em abril de 1964. Eram a chamadas “vivandeiras dos quarteis”, furibundas na resistência às reformas de base, bandeiras do movimento democrático e progressista em ascensão.
Hoje não há ambiente para golpe militar. Mas a farsa está a pleno vapor, como resistência às mudanças em curso no País desde a assunção de Lula à presidência da República, em 2003. Cartada frágil e sem escrúpulos.
Valendo-se de fatos reais (em alguns casos) da prática de corrupção envolvendo gente graúda nos três poderes da República, a nova UDN, representada por um núcleo demo-tucano e pela quase unanimidade da grande mídia, faz generalizações sem separar o joio e o trigo. Joga a pecha de corrupto nos que, segundo seus desígnios táticos e prementes interesses, escolhem como alvos a cada momento.
O mecanismo é tão simples quanto odioso. Repórteres obedientes à orientação dos donos dos órgãos de imprensa a que servem produzem matérias plantadas com base em acusações infundadas de algum desqualificado qualquer, denunciando o detentor de cargo público. Reverberada por outros órgãos das diversas mídias, a denúncia ganha aura de “verdade” e se passa a cobrar do acusado o ônus da prova!
Fabricam-se, assim, “escândalos” e “crises” de governo – artificialmente. Repete-se a velha tática da época de JK, agora como farsa rasteira e desbotada.
Exemplo emblemático são as matérias veiculadas pela revista Veja contra o ministro do Esporte, Orlando Silva. O acusador, um sujeito reconhecidamente infrator, alvo de processos movidos justamente pelo Ministério do Esporte por desvio de recursos públicos, agora reconhece que não dispõe de provas que sustentem sua grave e leviana acusação contra o ministro. A revista – e os demais veículos de comunicação empenhados na campanha contra o ministro – não perdem o embalo, e o no maior cinismo mudam o foco, que agora passa a ser o PCdoB, e a natureza da acusação – a absurda afirmação de que os comunistas teriam montado uma rede (sic) de corrupção a partir de sua influência no Ministério do Esporte!
Provas? Nenhuma! Apenas acusações vazias colhidas a fórceps junto a gente inescrupulosa e irresponsável. Mas assim mesmo a campanha toma corpo, temperada com a adesão oportunista de elementos suspostamente de “esquerda”.
O ministro Orlando tem sido um gigante na defesa de sua honra e do seu partido, o PCdoB, que igualmente tem reagido com firmeza e altivez. Resta aguardar o desenlace, que certamente porá por terra a farsa, prevalecendo a verdade.
Mentira midiática
No site http://www.pcdob.org/:
Para Estadão, acusação não precisa ser provada
Por Walter Sorrentino
Em editorial reacionário, o jornal O Estado de S. Paulo, de 21 de outubro, avaliza como verdadeiras, mesmo na ausência de provas, as acusações do soldado João Dias Ferreira contra o ministro do Esporte, Orlando Silva, e dá continuidade à campanha pela demissão, que realiza em conjunto com o semanário Veja e outros órgãos da mídia conservadora.
O título do insolente panfleto, “As provas pedidas”, dá a impressão de que ali será apresentado algo novo, mas nada é acrescentado. Dá prosseguimento, assim, a um estapafúrdio editorial anterior, intitulado “O Ministro tem que sair”, onde mandava às favas os escrúpulos e afirmava que provas não seriam necessárias no caso.
Aliás, a falta de provas já está incomodando, e o jornal da família Mesquita ignora que o próprio ministro pediu para que as denúncias de João Dias Ferreira sejam apuradas e trata a possibilidade de o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) abertura de inquérito como se já fosse uma condenação. Disse o procurador: “Nós estamos ainda num momento em que não podemos afirmar a veracidade desses fatos”. E completava: “os fatos noticiados, se verdadeiros, seria algo extremamente grave”.
O próprio jornalão se vê constrangido a admitir na sua peça acusatória: “Naturalmente, Gurgel diz que não se pode fiar ‘apenas nas declarações de uma única pessoa’, mas elas merecem ser examinadas com toda a atenção, incluindo eventualmente a quebra dos sigilos de Orlando Silva”. O próprio ministro já havia se antecipado em colocar à disposição seu sigilo.
Mas em seguida manda às urtigas a presunção de inocência. Contra o ministro comunista ou os integrantes da administração Dilma Rousseff, basta uma investigação “para tornar intolerável a permanência do acusado no governo”. Como altivamente denunciou o ministro Orlando, “não houve, não há e não haverá provas que sustentem esse grave ataque. Pretende-se tirar o ministro de Estado do governo no grito”. No Twitter, o ministro postou, no dia 21: "Mais um dia e nenhuma prova contra mim foi apresentada. Não serão, porque não existem provas, não existem fatos. É tudo mentira".
Para Estadão, acusação não precisa ser provada
Por Walter Sorrentino
Em editorial reacionário, o jornal O Estado de S. Paulo, de 21 de outubro, avaliza como verdadeiras, mesmo na ausência de provas, as acusações do soldado João Dias Ferreira contra o ministro do Esporte, Orlando Silva, e dá continuidade à campanha pela demissão, que realiza em conjunto com o semanário Veja e outros órgãos da mídia conservadora.
O título do insolente panfleto, “As provas pedidas”, dá a impressão de que ali será apresentado algo novo, mas nada é acrescentado. Dá prosseguimento, assim, a um estapafúrdio editorial anterior, intitulado “O Ministro tem que sair”, onde mandava às favas os escrúpulos e afirmava que provas não seriam necessárias no caso.
Aliás, a falta de provas já está incomodando, e o jornal da família Mesquita ignora que o próprio ministro pediu para que as denúncias de João Dias Ferreira sejam apuradas e trata a possibilidade de o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) abertura de inquérito como se já fosse uma condenação. Disse o procurador: “Nós estamos ainda num momento em que não podemos afirmar a veracidade desses fatos”. E completava: “os fatos noticiados, se verdadeiros, seria algo extremamente grave”.
O próprio jornalão se vê constrangido a admitir na sua peça acusatória: “Naturalmente, Gurgel diz que não se pode fiar ‘apenas nas declarações de uma única pessoa’, mas elas merecem ser examinadas com toda a atenção, incluindo eventualmente a quebra dos sigilos de Orlando Silva”. O próprio ministro já havia se antecipado em colocar à disposição seu sigilo.
Mas em seguida manda às urtigas a presunção de inocência. Contra o ministro comunista ou os integrantes da administração Dilma Rousseff, basta uma investigação “para tornar intolerável a permanência do acusado no governo”. Como altivamente denunciou o ministro Orlando, “não houve, não há e não haverá provas que sustentem esse grave ataque. Pretende-se tirar o ministro de Estado do governo no grito”. No Twitter, o ministro postou, no dia 21: "Mais um dia e nenhuma prova contra mim foi apresentada. Não serão, porque não existem provas, não existem fatos. É tudo mentira".
24 outubro 2011
O jogo sujo da política reforçado pela mídia
O ciclo viciado da tentativa de destruir reputações
Luciano Siqueira
Para o Blog da Folha
Futebol é jogo pesado, entra nele quem topa a parada – sempre escutei isso, desde criança, nas peladas do subúrbio onde morava, em Natal, no Rio Grande do Norte. E é o que comentaristas de nossas emissoras de rádio costumam repetir para justificar que, respeitando-se as regras, vale tudo. Inclusive o jogo violento.
Na política a coisa é parecida. O jogo é pesado, não cabem ilusões em relação a certos adversários dos quais se pode esperar tudo, menos conduta ética e respeitosa.
No Brasil de hoje, duas entidades se confundem na prática desse jogo pesado: uma parte da mídia, convertida em partido político, e os próprios partidos de oposição. O objetivo é desgastar e enfraquecer o governo central e todos os que a ele estejam aliados. Como é difícil o combate programático, se apela para o denuncismo sem limites, que em muito ultrapassa o papel vigilante que democraticamente se espera da imprensa.
Como dizia um então deputado pernambucano: “Em Brasília, se uma prostituta se dispuser a declarar a um jornal que fui com ela a um motel, a “notícia” é publicada. No dia seguinte, ela estará em seu ponto costumeiro, enquanto levarei no mínimo uns cinco anos para provar que é mentira”. Ou seja: planta-se a denúncia, sem a menor averiguação da veracidade, e cabe ao acusado se defender e provar a sua inocência, invertendo-se a equação jurídica.
A revista Veja, redundante nessa prática típica da chamada imprensa marrom, publica acusação feita por um insatisfeito, porque alvo de ação do Tribunal de Contas e da Justiça, provocada pelo Ministério do Esporte, que lhe obriga a devolver aos cofres públicos vultosa soma – justamente contra o ministro!
A revista não apresenta provas. O acusador, idem, inclusive em longo depoimento prestado à Polícia Federal. A Rede Globo, que na onda da Veja, fez igual estardalhaço, cobra da revista as tais provas que dizia ter, mas não se retrata. E como uma reação em cadeia, avalanche de matérias de mesmo sentido ocupa o centro do noticiário de toda a mídia, com raríssimas exceções. Colunistas dos grandes jornais de circulação nacional e da imprensa regional repetem o mesmo, agora tido como verdade absoluta – pouco importando a realidade dos fatos!
Iniciada a operação, importa agora forçar a queda do ministro. E tudo se faz nesse intuito. Até uma declaração intempestiva, desrespeitosa e atentatória à soberania do País de um dirigente da FIFA, que pretende “demitir” o ministro Orlando Silva, é traduzida em manchetes, sem aspas!
A Folha de S. Paulo põe como principal manchete de sua edição do último domingo uma acusação igualmente sem provas de um suposto pastor evangélico, filiado ao PP, que teria se frustrado na tentativa de conveniar com o Ministério do Esporte o Programa Segundo Tempo por se recusar à contrapartida de uma propina.
É luta política pesada, repito. Sem limites. Sem escrúpulos. Contra o governo, contra o ministro Orlando Silva e o seu partido, o PCdoB.
O jornalista Luis Nassif, experiente repórter que já passou pela Veja e pela Folha de S. Paulo, dentre outras empresas jornalísticas, tem caracterizado esse expediente como “máquina montada para destruir reputações”. E tem toda razão.
Uma “máquina” que terá seu fim quando a opinião pública elevar sua capacidade de discernimento e a correlação de forças permitir superá-la politicamente.
Luciano Siqueira
Para o Blog da Folha
Futebol é jogo pesado, entra nele quem topa a parada – sempre escutei isso, desde criança, nas peladas do subúrbio onde morava, em Natal, no Rio Grande do Norte. E é o que comentaristas de nossas emissoras de rádio costumam repetir para justificar que, respeitando-se as regras, vale tudo. Inclusive o jogo violento.
Na política a coisa é parecida. O jogo é pesado, não cabem ilusões em relação a certos adversários dos quais se pode esperar tudo, menos conduta ética e respeitosa.
No Brasil de hoje, duas entidades se confundem na prática desse jogo pesado: uma parte da mídia, convertida em partido político, e os próprios partidos de oposição. O objetivo é desgastar e enfraquecer o governo central e todos os que a ele estejam aliados. Como é difícil o combate programático, se apela para o denuncismo sem limites, que em muito ultrapassa o papel vigilante que democraticamente se espera da imprensa.
Como dizia um então deputado pernambucano: “Em Brasília, se uma prostituta se dispuser a declarar a um jornal que fui com ela a um motel, a “notícia” é publicada. No dia seguinte, ela estará em seu ponto costumeiro, enquanto levarei no mínimo uns cinco anos para provar que é mentira”. Ou seja: planta-se a denúncia, sem a menor averiguação da veracidade, e cabe ao acusado se defender e provar a sua inocência, invertendo-se a equação jurídica.
A revista Veja, redundante nessa prática típica da chamada imprensa marrom, publica acusação feita por um insatisfeito, porque alvo de ação do Tribunal de Contas e da Justiça, provocada pelo Ministério do Esporte, que lhe obriga a devolver aos cofres públicos vultosa soma – justamente contra o ministro!
A revista não apresenta provas. O acusador, idem, inclusive em longo depoimento prestado à Polícia Federal. A Rede Globo, que na onda da Veja, fez igual estardalhaço, cobra da revista as tais provas que dizia ter, mas não se retrata. E como uma reação em cadeia, avalanche de matérias de mesmo sentido ocupa o centro do noticiário de toda a mídia, com raríssimas exceções. Colunistas dos grandes jornais de circulação nacional e da imprensa regional repetem o mesmo, agora tido como verdade absoluta – pouco importando a realidade dos fatos!
Iniciada a operação, importa agora forçar a queda do ministro. E tudo se faz nesse intuito. Até uma declaração intempestiva, desrespeitosa e atentatória à soberania do País de um dirigente da FIFA, que pretende “demitir” o ministro Orlando Silva, é traduzida em manchetes, sem aspas!
A Folha de S. Paulo põe como principal manchete de sua edição do último domingo uma acusação igualmente sem provas de um suposto pastor evangélico, filiado ao PP, que teria se frustrado na tentativa de conveniar com o Ministério do Esporte o Programa Segundo Tempo por se recusar à contrapartida de uma propina.
É luta política pesada, repito. Sem limites. Sem escrúpulos. Contra o governo, contra o ministro Orlando Silva e o seu partido, o PCdoB.
O jornalista Luis Nassif, experiente repórter que já passou pela Veja e pela Folha de S. Paulo, dentre outras empresas jornalísticas, tem caracterizado esse expediente como “máquina montada para destruir reputações”. E tem toda razão.
Uma “máquina” que terá seu fim quando a opinião pública elevar sua capacidade de discernimento e a correlação de forças permitir superá-la politicamente.
Artigo de Orlando Silva na Folha de S. Paulo
A palavra do ministro Orlando Silva
Artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, em 22/10/11
Estou, há uma semana, submetido à execração pública. O bombardeio é intenso. A calúnia máxima, a de que recebi dinheiro na garagem do prédio do Ministério do Esporte, foi nos últimos dias potencializada por uma sucessão de outros fatos divulgados pela mídia.
A cada manhã me pergunto: qual a nova mentira que ganhará as manchetes de hoje? O que mais irão inventar sobre mim e minha gestão? Qual o novo ataque ao meu partido, o PCdoB?
Há uma semana repito à exaustão o mantra-resposta fruto de minha total indignação: não houve, não há e não haverá provas sobre o que me acusam, simplesmente porque se trata de uma farsa. Provas quem possui sou eu contra o meu agressor, João Dias, que desviou recursos públicos de um convênio assinado com o Ministério do Esporte e, como resultado, teve a prestação de contas rejeitada. Por isso, determinei a devolução do dinheiro. O valor pode ultrapassar R$ 5 milhões.
Eu exigi a devolução do dinheiro público! Não agora, mas há mais de um ano, quando decidi pela instauração de Tomada de Contas Especial, respeitando os trâmites legais, com o envio do processo à Controladoria-Geral da União (CGU) e ao Tribunal de Contas da União (TCU).
O parecer técnico que embasa nossa cobrança de devolução do dinheiro serviu de base para uma ação penal do Ministério Público Federal contra os que me acusam e que, segundo o procurador da República, agiam em quadrilha. O Ministério do Esporte colaborou desde o início com os trabalhos da Polícia Federal e do próprio MPF para a abertura de processos contra o grupo.
Atenção! Descobrimos um criminoso que desviou dinheiro público, acionamos todos os mecanismos legais para puni-lo, inclusive exigindo a devolução dos recursos, e como ele reage? Me acusa! Me ataca!
Mente! Inventa uma história sem qualquer comprovação! E o que é pior, todas as mentiras ganham ares de "verdade", pela maneira como foram reproduzidas e generalizadas pelos meios de comunicação.
Desde então, uma avalanche de insinuações são publicadas dia a dia. Dizem meus detratores: não importa processo, não importam as provas. Há um julgamento sumário onde decretam a culpa e exigem a eliminação de um ministro. Querem demitir um ministro no grito!
Imagine onde vamos chegar se, em cada processo administrativo em que se exija a correção do malfeito, surgir o delinquente que o praticou e acusar o gestor para intimidá-lo?
Desde a primeira hora, eu solicitei todas as medidas possíveis para apurar com urgência as mentiras publicadas contra mim e meu partido. Requeri ao dr. Roberto Gurgel, chefe do Ministério Público Federal, a apuração dos fatos relatados pela publicação.
Pedi a mesma apuração também ao ministro da Justiça, através da Polícia Federal. Ofereci a abertura do meu sigilo bancário, telefônico, fiscal e de correspondência.
Outro expediente foi endereçado ao sr. José Paulo Sepúlveda Pertence, presidente da Comissão de Ética pública da Presidência da República, para que ali pudesse expor a minha visão acerca das denúncias.
Todas essas providências foram requisitadas por mim! Solicitei audiências na Câmara e no Senado Federal para prestar esclarecimentos aos parlamentares. Abri minha vida. Insisto, eu propus todas essas medidas.
Na quinta-feira, dia 20, a AGU, a meu pedido, ofereceu queixa-crime à Justiça Federal para abertura de ação penal contra João Dias e Célio Soares Pereira, meus caluniadores. A condenação nesse tipo de delito pode ocasionar até mesmo a prisão dos caluniadores.
Depois de um verdadeiro massacre, baseado em mentiras publicadas diariamente, cheguei a uma conclusão: não adianta explicar, afinal nossos inquisidores estão surdos. Até na guerra há regras.
Desde 2006, dirijo com muito orgulho o Ministério do Esporte. De lá para cá, houve importantes mudanças na política pública do esporte e lazer em nosso país.
Quando assumi a pasta, tínhamos uma missão muito importante: a realização dos Jogos Pan e Para Pan-Americanos. Conquistamos, depois, a Copa do Mundo Fifa 2014 e os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016.
Na agenda social, o Segundo Tempo é um marco, atendendo perto de 2 milhões de crianças. São 232 convênios em vigência, dos quais apenas 25 com ONGs. Os 207 outros convênios são com governos estaduais, municipais e universidades federais.
Em 2011, introduzimos uma novidade, uma Chamada Pública iniciada em julho e encerrada em setembro, pela qual selecionamos os novos parceiros do programa. E todos serão entes públicos. Essa é uma decisão de gestão.
Erros podem ter existido. Mas não compactuei com o malfeito, no passado, não o admito, no presente, assim como nunca o tolerarei, no futuro. Sempre que detectado, determinarei a apuração. No caso de ser pertinente, haverá a punição de quem quer que seja.
Sou comunista, tenho orgulho da minha tradição e da história do meu partido. São quase 90 anos de luta a favor do povo brasileiro, em diversas frentes de batalha.
Contra nós, tentaram tudo: perseguições, tortura, prisões e assassinatos. Mas nunca destruíram nossos sonhos nem nossos ideais. Nesse atual embate, ao atacarem meu partido, depararam-se com uma fortaleza. Uma organização unida, pronta para o combate.
Vou até as últimas consequências para defender a minha honra e a história do PCdoB, repudiando igualmente a tese de que o Ministério do Esporte tenha sido palco de crime que visasse benefícios escusos.
É muito importante a liberdade de imprensa. Mas essa deve ser exercida com responsabilidade, com a devida apuração dos fatos. O que não houve nesse caso.
Orlando Silva Jr. é ministro do Esporte
Artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, em 22/10/11
Estou, há uma semana, submetido à execração pública. O bombardeio é intenso. A calúnia máxima, a de que recebi dinheiro na garagem do prédio do Ministério do Esporte, foi nos últimos dias potencializada por uma sucessão de outros fatos divulgados pela mídia.
A cada manhã me pergunto: qual a nova mentira que ganhará as manchetes de hoje? O que mais irão inventar sobre mim e minha gestão? Qual o novo ataque ao meu partido, o PCdoB?
Há uma semana repito à exaustão o mantra-resposta fruto de minha total indignação: não houve, não há e não haverá provas sobre o que me acusam, simplesmente porque se trata de uma farsa. Provas quem possui sou eu contra o meu agressor, João Dias, que desviou recursos públicos de um convênio assinado com o Ministério do Esporte e, como resultado, teve a prestação de contas rejeitada. Por isso, determinei a devolução do dinheiro. O valor pode ultrapassar R$ 5 milhões.
Eu exigi a devolução do dinheiro público! Não agora, mas há mais de um ano, quando decidi pela instauração de Tomada de Contas Especial, respeitando os trâmites legais, com o envio do processo à Controladoria-Geral da União (CGU) e ao Tribunal de Contas da União (TCU).
O parecer técnico que embasa nossa cobrança de devolução do dinheiro serviu de base para uma ação penal do Ministério Público Federal contra os que me acusam e que, segundo o procurador da República, agiam em quadrilha. O Ministério do Esporte colaborou desde o início com os trabalhos da Polícia Federal e do próprio MPF para a abertura de processos contra o grupo.
Atenção! Descobrimos um criminoso que desviou dinheiro público, acionamos todos os mecanismos legais para puni-lo, inclusive exigindo a devolução dos recursos, e como ele reage? Me acusa! Me ataca!
Mente! Inventa uma história sem qualquer comprovação! E o que é pior, todas as mentiras ganham ares de "verdade", pela maneira como foram reproduzidas e generalizadas pelos meios de comunicação.
Desde então, uma avalanche de insinuações são publicadas dia a dia. Dizem meus detratores: não importa processo, não importam as provas. Há um julgamento sumário onde decretam a culpa e exigem a eliminação de um ministro. Querem demitir um ministro no grito!
Imagine onde vamos chegar se, em cada processo administrativo em que se exija a correção do malfeito, surgir o delinquente que o praticou e acusar o gestor para intimidá-lo?
Desde a primeira hora, eu solicitei todas as medidas possíveis para apurar com urgência as mentiras publicadas contra mim e meu partido. Requeri ao dr. Roberto Gurgel, chefe do Ministério Público Federal, a apuração dos fatos relatados pela publicação.
Pedi a mesma apuração também ao ministro da Justiça, através da Polícia Federal. Ofereci a abertura do meu sigilo bancário, telefônico, fiscal e de correspondência.
Outro expediente foi endereçado ao sr. José Paulo Sepúlveda Pertence, presidente da Comissão de Ética pública da Presidência da República, para que ali pudesse expor a minha visão acerca das denúncias.
Todas essas providências foram requisitadas por mim! Solicitei audiências na Câmara e no Senado Federal para prestar esclarecimentos aos parlamentares. Abri minha vida. Insisto, eu propus todas essas medidas.
Na quinta-feira, dia 20, a AGU, a meu pedido, ofereceu queixa-crime à Justiça Federal para abertura de ação penal contra João Dias e Célio Soares Pereira, meus caluniadores. A condenação nesse tipo de delito pode ocasionar até mesmo a prisão dos caluniadores.
Depois de um verdadeiro massacre, baseado em mentiras publicadas diariamente, cheguei a uma conclusão: não adianta explicar, afinal nossos inquisidores estão surdos. Até na guerra há regras.
Desde 2006, dirijo com muito orgulho o Ministério do Esporte. De lá para cá, houve importantes mudanças na política pública do esporte e lazer em nosso país.
Quando assumi a pasta, tínhamos uma missão muito importante: a realização dos Jogos Pan e Para Pan-Americanos. Conquistamos, depois, a Copa do Mundo Fifa 2014 e os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016.
Na agenda social, o Segundo Tempo é um marco, atendendo perto de 2 milhões de crianças. São 232 convênios em vigência, dos quais apenas 25 com ONGs. Os 207 outros convênios são com governos estaduais, municipais e universidades federais.
Em 2011, introduzimos uma novidade, uma Chamada Pública iniciada em julho e encerrada em setembro, pela qual selecionamos os novos parceiros do programa. E todos serão entes públicos. Essa é uma decisão de gestão.
Erros podem ter existido. Mas não compactuei com o malfeito, no passado, não o admito, no presente, assim como nunca o tolerarei, no futuro. Sempre que detectado, determinarei a apuração. No caso de ser pertinente, haverá a punição de quem quer que seja.
Sou comunista, tenho orgulho da minha tradição e da história do meu partido. São quase 90 anos de luta a favor do povo brasileiro, em diversas frentes de batalha.
Contra nós, tentaram tudo: perseguições, tortura, prisões e assassinatos. Mas nunca destruíram nossos sonhos nem nossos ideais. Nesse atual embate, ao atacarem meu partido, depararam-se com uma fortaleza. Uma organização unida, pronta para o combate.
Vou até as últimas consequências para defender a minha honra e a história do PCdoB, repudiando igualmente a tese de que o Ministério do Esporte tenha sido palco de crime que visasse benefícios escusos.
É muito importante a liberdade de imprensa. Mas essa deve ser exercida com responsabilidade, com a devida apuração dos fatos. O que não houve nesse caso.
Orlando Silva Jr. é ministro do Esporte
A luta da mulher em foco
Hoje, 10 h, estarei na abertura da Conferência Estadual de Políticas para a Mulher, no Centro de Convenções, em Olinda. Serão homenageadas duas grandes mulheres, as economistas Tânia Bacelar e Maria da Conceição Tavares.
23 outubro 2011
Sem espinha dorsal
Essa manchete “Fifa demite ministro do Esporte”, em alguns jornais, é o suprassumo da subserviência e da falta de respeito à soberania do País.
Boa noite, António Cícero
Tereza Costa Rego
Guardar Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la.
Em cofre não se guarda coisa alguma.
Em cofre perde-se a coisa à vista.
Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por
admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado.
Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por
ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela,
isto é, estar por ela ou ser por ela.
Por isso melhor se guarda o voo de um pássaro
Do que um pássaro sem voos.
Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica,
por isso se declara e declama um poema:
Para guardá-lo:
Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda:
Guarde o que quer que guarda um poema:
Por isso o lance do poema:
Por guardar-se o que se quer guardar.
Sonhar de olhos abertos
A sugestão de domingo é da amiga Viviane: “Sonhe com os pés no chão e lute. Assim os seus sonhos poderão ser conquistados.”
22 outubro 2011
Bom dia, Vladmir Maiakóvski
Blusa fátua
Costurarei calças pretas
com o veludo da minha garganta
e uma blusa amarela com três metros de poente.
pela Niévski do mundo, como criança grande,
andarei, donjuan, com ar de dândi.
Que a terra gema em sua mole indolência:
"Não viole o verde de as minhas primaveras!"
Mostrando os dentes, rirei ao sol com insolência:
"No asfalto liso hei de rolar as rimas veras!"
Não sei se é porque o céu é azul celeste
e a terra, amante, me estende as mãos ardentes
que eu faço versos alegres como marionetes
e afiados e precisos como palitar dentes!
Fêmeas, gamadas em minha carne, e esta
garota que me olha com amor de gêmea,
cubram-me de sorrisos, que eu, poeta,
com flores os bordarei na blusa cor de gema!
(tradução: Augusto de Campos)
Costurarei calças pretas
com o veludo da minha garganta
e uma blusa amarela com três metros de poente.
pela Niévski do mundo, como criança grande,
andarei, donjuan, com ar de dândi.
Que a terra gema em sua mole indolência:
"Não viole o verde de as minhas primaveras!"
Mostrando os dentes, rirei ao sol com insolência:
"No asfalto liso hei de rolar as rimas veras!"
Não sei se é porque o céu é azul celeste
e a terra, amante, me estende as mãos ardentes
que eu faço versos alegres como marionetes
e afiados e precisos como palitar dentes!
Fêmeas, gamadas em minha carne, e esta
garota que me olha com amor de gêmea,
cubram-me de sorrisos, que eu, poeta,
com flores os bordarei na blusa cor de gema!
(tradução: Augusto de Campos)
Reinvenção científica
Ciência Hoje Online:
Quem está correto, Dr. Einstein?
. O que os neutrinos (supostamente) supervelozes e a expansão acelerada do universo têm em comum? Na sua coluna de outubro, o físico Adilson de Oliveira comenta e relaciona dois eventos que agitam a sua área.
. Nas últimas semanas, duas notícias ganharam destaque nos meios de comunicação referentes a dois resultados que podem mexer com os alicerces da física. Uma foi a divulgação dos resultados de um experimento que envolveu o Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern), na Suíça, e o Laboratório Nacional de Gran Sasso, na Itália.
. Segundo os autores do estudo, foram observados neutrinos (partículas sem carga elétrica e praticamente sem massa) que viajaram mais rápido do que a velocidade da luz.
. A outra foi o anúncio dos laureados pelo Prêmio Nobel de Física de 2011 – Saul Perlmutter, Adam G. Riess e Brian P. Schmidt – por terem descoberto, de forma independente, em 1998, a aceleração da taxa de expansão do universo.
Leia a matéria na íntegra http://migre.me/5YqqJ
Quem está correto, Dr. Einstein?
. O que os neutrinos (supostamente) supervelozes e a expansão acelerada do universo têm em comum? Na sua coluna de outubro, o físico Adilson de Oliveira comenta e relaciona dois eventos que agitam a sua área.
. Nas últimas semanas, duas notícias ganharam destaque nos meios de comunicação referentes a dois resultados que podem mexer com os alicerces da física. Uma foi a divulgação dos resultados de um experimento que envolveu o Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern), na Suíça, e o Laboratório Nacional de Gran Sasso, na Itália.
. Segundo os autores do estudo, foram observados neutrinos (partículas sem carga elétrica e praticamente sem massa) que viajaram mais rápido do que a velocidade da luz.
. A outra foi o anúncio dos laureados pelo Prêmio Nobel de Física de 2011 – Saul Perlmutter, Adam G. Riess e Brian P. Schmidt – por terem descoberto, de forma independente, em 1998, a aceleração da taxa de expansão do universo.
Leia a matéria na íntegra http://migre.me/5YqqJ
Os comunistas não fogem à luta
Editorial do Vermelho http://www.vermelho.org.br/
Um dos principais aprendizados dos comunistas na trajetória de quase 90 anos de existência do Partido Comunista do Brasil é a de nunca esperar facilidades e jamais se curvar ante as adversidades e as dificuldades da luta.
O PCdoB não foge à luta – nunca fugiu. Enfrenta, agora, uma saraivada de ataques, mentiras e ironias que a mídia capitalista difunde na tentativa de enlamear essa história construída com dignidade e luta, de cabeça erguida, em defesa do socialismo, da democracia, dos trabalhadores e da Pátria.
Não é a primeira vez que o Partido e os comunistas são caluniados. O anticomunismo renitente de parcela das classes dominantes brasileiras – principalmente daquela parte da qual o noticiário baseado em calúnias é ventríloquo – hoje se manifesta através de mentiras e ironias. A tinta da outra violência, que foi intensa no passado e ainda está presente na luta social em que os comunistas atuam, é o sangue dos comunistas. Ele deixou a digital vermelha dos heróis do povo presos, torturados, deportados e assassinados, que marca a história brasileira de maneira indelével e sinaliza o preço pago pela ousadia de lutar contra os privilégios das classes dominantes, contra as ditaduras e contra as ameaças de dominação estrangeira em nosso país.
Os comunistas nunca baixaram a crista, não importa o preço a ser pago. Não se enganam – nunca se enganaram – quanto ao tamanho da tarefa histórica civilizatória que lhes cabe e quanto às dificuldades para lutar por ela.
As adversidades de todos os tipos enfrentadas pelos comunistas desde 1922 foram, e são, manifestações da luta de classes. As classes dominantes também usam diferentes formas de luta – ora a violência sangrenta, sempre a violência da calúnia. É um embate sem escrúpulos, cujo único objetivo é erigir obstáculos à luta do povo pela democracia, pelo desenvolvimento nacional, pela soberania da Pátria – bandeiras democráticas e populares que os comunistas se orgulham de manter erguidas bem alto.
A tarefa dos comunistas é imensa e ambiciosa: derrotar o capitalismo, cuja manifestação mais radical, hoje, é o neoliberalismo, organizar as forças do progresso social (trabalhadores, empresários da produção e governo) e criar as condições para o início da transição a uma nova fase civilizatória, a construção do socialismo. Foi com esta bandeira que o Partido Comunista do Brasil cresceu no período neoliberal, contrariando o anúncio do “fim da história” e do fracasso do socialismo.
O PCdoB foi um dos construtores da vitória do presidente Luís Inácio Lula da Silva em 2002 e da abertura de uma nova página, promissora e progressista, na história brasileira. Assumiu suas responsabilidades perante o governo, e o trabalho do ministro Orlando Silva na pasta do Esporte é um exemplo do denodo, dedicação, responsabilidade e espírito público (republicano, como se diz) com que os comunistas assumem suas tarefas e desdobram-se em grandes esforços para fazer muito com pouco.
É uma situação nova na qual, contrariando as expectativas e vaticínios conservadores, o PCdoB cresceu, limpo e de peito aberto, vivendo hoje a melhor fase de sua longa história de noventa anos. Não ficou restrito ao gueto em que a direita espera confinar os partidos “revolucionários” que ela até pode aceitar desde que não alcancem o coração dos brasileiros.
O PCdoB não aceita ser confinado. Fala para milhões, ajuda o povo a compreender a luta política (luta de classes), a organizar-se, mobilizar-se e ser protagonista da mudança histórica que o país vive.
Daí o Partido ser transformado em alvo dos ataques da direita. Os comunistas, o PCdoB, nunca aceitaram, nem aceitam, qualquer forma de irregularidade, de mal uso do dinheiro público, de acomodação ao poder, de benefícios ilegais ou moralmente duvidosos. Não faz parte da tradição comunista compactuar com esse lodaçal, mas sim de combate-lo com vigor.
A tradição comunista, de Astrojildo Pereira, Luís Carlos Prestes, João Amazonas e das legiões de comunistas que estes nomes históricos representam, jamais aceitou qualquer facilidade ou desvio. Não é para isso que o PCdoB existe e mobiliza a vanguarda dos trabalhadores, mas para lutar pelo progresso social, por um novo avanço civilizatório, pelos interesses populares, dos trabalhadores, da democracia e da Pátria. O PCdoB é – sempre foi – um partido de luta, que não se intimida ante as adversidades. “Já enfrentamos ditaduras e detratores como esse há 90 anos. Isso não nos intimida”, indigna-se o presidente nacional Renato Rabelo. “O PCdoB não tem medo. É da história do PCdoB a luta pela verdade”, diz a deputada comunista deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC). O PCdoB não aceita calúnias, diz o senador comunista Inácio Arruda (PCdoB-CE). “Nós estamos prestes a completar 90 anos de idade porque topamos comprar e enfrentar todas as batalhas no campo político e ideológico”, disse com orgulho.
Na mídia capitalista, conservadora e neoliberal, há os que dizem que o Partido é “fora de moda”; outros alegam que é pequeno ante suas responsabilidades no governo (entre elas o Ministério do Esporte).
Nada disso é estranho: causaria espanto se, ao contrário, estes ventríloquos conservadores concordassem com o Partido e elogiassem sua política e suas atitudes. Algo estaria errado com o Partido se alcançasse alguma forma de complacência no campo conservador.
É preciso insistir: trata-se da luta de classes, da qual o Partido e os comunistas não fogem, e na qual lutam com todas suas forças contra o conservadorismo e a nostalgia fascista mal disfarçada destes pregoeiros da “modernidade” neoliberal.
Os comunistas têm um programa claro para a verdadeira modernidade do Brasil e de seu povo. Querem o desenvolvimento nacional e a transição para o socialismo. Querem o futuro, e não o passado; enfrentam os desafios contemporâneos no campo onde eles se colocam e lutam pelo bem estar do povo, pela democracia e pelo socialismo, e contra todas as manifestações do imperialismo. São alvos de ataques indignos e mentirosos justamente por não se omitirem – nunca foram omissos – mas se empenharem com vigor nesta luta que é a velha e permanente luta de classes. Venceremos!
Um dos principais aprendizados dos comunistas na trajetória de quase 90 anos de existência do Partido Comunista do Brasil é a de nunca esperar facilidades e jamais se curvar ante as adversidades e as dificuldades da luta.
O PCdoB não foge à luta – nunca fugiu. Enfrenta, agora, uma saraivada de ataques, mentiras e ironias que a mídia capitalista difunde na tentativa de enlamear essa história construída com dignidade e luta, de cabeça erguida, em defesa do socialismo, da democracia, dos trabalhadores e da Pátria.
Não é a primeira vez que o Partido e os comunistas são caluniados. O anticomunismo renitente de parcela das classes dominantes brasileiras – principalmente daquela parte da qual o noticiário baseado em calúnias é ventríloquo – hoje se manifesta através de mentiras e ironias. A tinta da outra violência, que foi intensa no passado e ainda está presente na luta social em que os comunistas atuam, é o sangue dos comunistas. Ele deixou a digital vermelha dos heróis do povo presos, torturados, deportados e assassinados, que marca a história brasileira de maneira indelével e sinaliza o preço pago pela ousadia de lutar contra os privilégios das classes dominantes, contra as ditaduras e contra as ameaças de dominação estrangeira em nosso país.
Os comunistas nunca baixaram a crista, não importa o preço a ser pago. Não se enganam – nunca se enganaram – quanto ao tamanho da tarefa histórica civilizatória que lhes cabe e quanto às dificuldades para lutar por ela.
As adversidades de todos os tipos enfrentadas pelos comunistas desde 1922 foram, e são, manifestações da luta de classes. As classes dominantes também usam diferentes formas de luta – ora a violência sangrenta, sempre a violência da calúnia. É um embate sem escrúpulos, cujo único objetivo é erigir obstáculos à luta do povo pela democracia, pelo desenvolvimento nacional, pela soberania da Pátria – bandeiras democráticas e populares que os comunistas se orgulham de manter erguidas bem alto.
A tarefa dos comunistas é imensa e ambiciosa: derrotar o capitalismo, cuja manifestação mais radical, hoje, é o neoliberalismo, organizar as forças do progresso social (trabalhadores, empresários da produção e governo) e criar as condições para o início da transição a uma nova fase civilizatória, a construção do socialismo. Foi com esta bandeira que o Partido Comunista do Brasil cresceu no período neoliberal, contrariando o anúncio do “fim da história” e do fracasso do socialismo.
O PCdoB foi um dos construtores da vitória do presidente Luís Inácio Lula da Silva em 2002 e da abertura de uma nova página, promissora e progressista, na história brasileira. Assumiu suas responsabilidades perante o governo, e o trabalho do ministro Orlando Silva na pasta do Esporte é um exemplo do denodo, dedicação, responsabilidade e espírito público (republicano, como se diz) com que os comunistas assumem suas tarefas e desdobram-se em grandes esforços para fazer muito com pouco.
É uma situação nova na qual, contrariando as expectativas e vaticínios conservadores, o PCdoB cresceu, limpo e de peito aberto, vivendo hoje a melhor fase de sua longa história de noventa anos. Não ficou restrito ao gueto em que a direita espera confinar os partidos “revolucionários” que ela até pode aceitar desde que não alcancem o coração dos brasileiros.
O PCdoB não aceita ser confinado. Fala para milhões, ajuda o povo a compreender a luta política (luta de classes), a organizar-se, mobilizar-se e ser protagonista da mudança histórica que o país vive.
Daí o Partido ser transformado em alvo dos ataques da direita. Os comunistas, o PCdoB, nunca aceitaram, nem aceitam, qualquer forma de irregularidade, de mal uso do dinheiro público, de acomodação ao poder, de benefícios ilegais ou moralmente duvidosos. Não faz parte da tradição comunista compactuar com esse lodaçal, mas sim de combate-lo com vigor.
A tradição comunista, de Astrojildo Pereira, Luís Carlos Prestes, João Amazonas e das legiões de comunistas que estes nomes históricos representam, jamais aceitou qualquer facilidade ou desvio. Não é para isso que o PCdoB existe e mobiliza a vanguarda dos trabalhadores, mas para lutar pelo progresso social, por um novo avanço civilizatório, pelos interesses populares, dos trabalhadores, da democracia e da Pátria. O PCdoB é – sempre foi – um partido de luta, que não se intimida ante as adversidades. “Já enfrentamos ditaduras e detratores como esse há 90 anos. Isso não nos intimida”, indigna-se o presidente nacional Renato Rabelo. “O PCdoB não tem medo. É da história do PCdoB a luta pela verdade”, diz a deputada comunista deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC). O PCdoB não aceita calúnias, diz o senador comunista Inácio Arruda (PCdoB-CE). “Nós estamos prestes a completar 90 anos de idade porque topamos comprar e enfrentar todas as batalhas no campo político e ideológico”, disse com orgulho.
Na mídia capitalista, conservadora e neoliberal, há os que dizem que o Partido é “fora de moda”; outros alegam que é pequeno ante suas responsabilidades no governo (entre elas o Ministério do Esporte).
Nada disso é estranho: causaria espanto se, ao contrário, estes ventríloquos conservadores concordassem com o Partido e elogiassem sua política e suas atitudes. Algo estaria errado com o Partido se alcançasse alguma forma de complacência no campo conservador.
É preciso insistir: trata-se da luta de classes, da qual o Partido e os comunistas não fogem, e na qual lutam com todas suas forças contra o conservadorismo e a nostalgia fascista mal disfarçada destes pregoeiros da “modernidade” neoliberal.
Os comunistas têm um programa claro para a verdadeira modernidade do Brasil e de seu povo. Querem o desenvolvimento nacional e a transição para o socialismo. Querem o futuro, e não o passado; enfrentam os desafios contemporâneos no campo onde eles se colocam e lutam pelo bem estar do povo, pela democracia e pelo socialismo, e contra todas as manifestações do imperialismo. São alvos de ataques indignos e mentirosos justamente por não se omitirem – nunca foram omissos – mas se empenharem com vigor nesta luta que é a velha e permanente luta de classes. Venceremos!
A palavra de Monicky Mel
Rede Globo: uma opinião crítica
Monicky Mel Araújo, jornalista
Querida Globo, sei que você está acostumada com pessoas que acreditam em tudo o que você diz, mas é melhor rever os seus conceitos... Por exemplo, na região sul (sudeste e centro-oeste), as pessoas já pararam de pensar criticamente, vai ver é a correria do dia-a-dia. Vai ver que é a poluição, mas o que acontece é que você não pode colocar todos os brasileiros no mesmo balaio. Somos diferentes!
Até porque eu jamais votaria no Tiririca para me representar no Congresso e faria o possível para manter Maluf longe do poder. Quero que você entenda que mostrar o NORDESTE de forma tão pobre e arcaica em suas novelas é duvidar da minha inteligência...
E falo isso por todos nós NORDESTINOS, que sabemos a diferença entre Tiririca e Renato Rabelo, por exemplo...
O fato é que estamos mesmo cansados de seu descaso com as nossas faculdades mentais. Somos desenvolvimento intelecto-social-cultural, diferente dos seus espectadores do meio-sul do Brasil. Temos uma economia própria, uma cultura rica e um povo brilhante, que sempre viveu com recursos próprios, uma vez que, até bem pouco tempo, os nossos presidentes da república não sabiam quem éramos.
Somos mais politizados do que a média do país e podemos viver da nossa economia tranquilamente, isso se você parar de nos atrapalhar
Que tal só uma vez mostrar as nossas indústrias, as nossas belas cidades, as nossas muitas universidades?
Em Pernambuco temos polos de confecções e de tecnologias. Na Paraíba, temos o polo tecnológico. Todos os melhores do BRASIL. Mandamos para você nossos melhores atores, humoristas, jornalistas, escritores e intelectuais. Do Nordeste saiu PAULO FREIRE, JORGE AMADO, entre outros, tivemos até o ex-presidente LULA, tivemos Collor também, que veja só que ironia, foi escolha SUA. Sempre soubemos fazer escolhas melhores do que as SUAS, por isso você é sempre revoltada conosco?
O problema é realmente conosco ou é que a massa pensante (se é que ela existe) do meio-sul fica depressiva ao nos ver tão bem?
Como disse meu amigo "@marcos_araga0: Do sudeste saiu Tati quebra-barraco!" Já do NORDESTE saiu Luiz Gonzaga, Lenine, Elba Ramalho..
De Pernambuco saiu um monte dos figurinos que você utiliza nas novelas, da suas novelas não sai muita coisa que nos agrade!
Você começou um ataque contra Pernambuco, passou para Paraíba, Piauí e onde vai parar?
Só ficaríamos tristes em deixar de sermos "irmãos" dos estados do meio-sul porque fomos nós que elegemos Dilma e gostamos dela. Porém, como alternativa para você temos a Record, o SBT, a Band e você qual alternativa tem se nos perder? Apenas os alienados do meio-sul?
Só para lembrar para você, que depois de suas escolha mal sucedida de um ex-presidente "impichmado" você não conseguiu... Nem escalar jogador de futebol. Então, porque só dessa vez você não mostra os dois lados da notícia?
Eu gostava muito de você, mas você coloca criancinhas para assistir filmes como a Lagoa Azul, quando poderia mostrar algo educativo, os seus bons programas acontecem entre 00h e 06h, você tem medo de que a população se torne critica e abandone você?
Eu estou cansada de você, porque eu sou tão critica quanto você. Só que aprendi a escolher e você está ficando velhinha... Você lembra quando disse que ia chover na inauguração do sambódromo e o RJ nunca viu um dia mais quente e feliz? Pois é, você não é digna de que eu acredite em você!
Só para que você saiba que a concorrência é séria, sabe o PAN, sim o PAN que você perdeu a transmissão? Pois é, o Brasil está BEM, o Brasil já ganhou muitas medalhas no PAN que você NÃO pode transmitir, mas não custa nada falar dos nosso queridos atletas. Afinal, você tem que ser democrática. Ah, me desculpe, você não sabe o que é isso... Você apoiou a ditadura...
Aliás, você foi o PRINCIPAL expoente da ditadura. Você é indigna da minha credulidade...
Enquanto você duvida da minha inteligência eu investigo o seu passado e conheço o caso "Time-Life"...
Globo, há mais de dez que você exibe Malhação, eu não preciso falar mais nada de você... Isso me faz lembrar que ícones como Miguel Arraes e Chico Buarque nunca gostaram nem da falar para você...
Monicky Mel Araújo, jornalista
Querida Globo, sei que você está acostumada com pessoas que acreditam em tudo o que você diz, mas é melhor rever os seus conceitos... Por exemplo, na região sul (sudeste e centro-oeste), as pessoas já pararam de pensar criticamente, vai ver é a correria do dia-a-dia. Vai ver que é a poluição, mas o que acontece é que você não pode colocar todos os brasileiros no mesmo balaio. Somos diferentes!
Até porque eu jamais votaria no Tiririca para me representar no Congresso e faria o possível para manter Maluf longe do poder. Quero que você entenda que mostrar o NORDESTE de forma tão pobre e arcaica em suas novelas é duvidar da minha inteligência...
E falo isso por todos nós NORDESTINOS, que sabemos a diferença entre Tiririca e Renato Rabelo, por exemplo...
O fato é que estamos mesmo cansados de seu descaso com as nossas faculdades mentais. Somos desenvolvimento intelecto-social-cultural, diferente dos seus espectadores do meio-sul do Brasil. Temos uma economia própria, uma cultura rica e um povo brilhante, que sempre viveu com recursos próprios, uma vez que, até bem pouco tempo, os nossos presidentes da república não sabiam quem éramos.
Somos mais politizados do que a média do país e podemos viver da nossa economia tranquilamente, isso se você parar de nos atrapalhar
Que tal só uma vez mostrar as nossas indústrias, as nossas belas cidades, as nossas muitas universidades?
Em Pernambuco temos polos de confecções e de tecnologias. Na Paraíba, temos o polo tecnológico. Todos os melhores do BRASIL. Mandamos para você nossos melhores atores, humoristas, jornalistas, escritores e intelectuais. Do Nordeste saiu PAULO FREIRE, JORGE AMADO, entre outros, tivemos até o ex-presidente LULA, tivemos Collor também, que veja só que ironia, foi escolha SUA. Sempre soubemos fazer escolhas melhores do que as SUAS, por isso você é sempre revoltada conosco?
O problema é realmente conosco ou é que a massa pensante (se é que ela existe) do meio-sul fica depressiva ao nos ver tão bem?
Como disse meu amigo "@marcos_araga0: Do sudeste saiu Tati quebra-barraco!" Já do NORDESTE saiu Luiz Gonzaga, Lenine, Elba Ramalho..
De Pernambuco saiu um monte dos figurinos que você utiliza nas novelas, da suas novelas não sai muita coisa que nos agrade!
Você começou um ataque contra Pernambuco, passou para Paraíba, Piauí e onde vai parar?
Só ficaríamos tristes em deixar de sermos "irmãos" dos estados do meio-sul porque fomos nós que elegemos Dilma e gostamos dela. Porém, como alternativa para você temos a Record, o SBT, a Band e você qual alternativa tem se nos perder? Apenas os alienados do meio-sul?
Só para lembrar para você, que depois de suas escolha mal sucedida de um ex-presidente "impichmado" você não conseguiu... Nem escalar jogador de futebol. Então, porque só dessa vez você não mostra os dois lados da notícia?
Eu gostava muito de você, mas você coloca criancinhas para assistir filmes como a Lagoa Azul, quando poderia mostrar algo educativo, os seus bons programas acontecem entre 00h e 06h, você tem medo de que a população se torne critica e abandone você?
Eu estou cansada de você, porque eu sou tão critica quanto você. Só que aprendi a escolher e você está ficando velhinha... Você lembra quando disse que ia chover na inauguração do sambódromo e o RJ nunca viu um dia mais quente e feliz? Pois é, você não é digna de que eu acredite em você!
Só para que você saiba que a concorrência é séria, sabe o PAN, sim o PAN que você perdeu a transmissão? Pois é, o Brasil está BEM, o Brasil já ganhou muitas medalhas no PAN que você NÃO pode transmitir, mas não custa nada falar dos nosso queridos atletas. Afinal, você tem que ser democrática. Ah, me desculpe, você não sabe o que é isso... Você apoiou a ditadura...
Aliás, você foi o PRINCIPAL expoente da ditadura. Você é indigna da minha credulidade...
Enquanto você duvida da minha inteligência eu investigo o seu passado e conheço o caso "Time-Life"...
Globo, há mais de dez que você exibe Malhação, eu não preciso falar mais nada de você... Isso me faz lembrar que ícones como Miguel Arraes e Chico Buarque nunca gostaram nem da falar para você...
O poeta ensina
A dica de sábado é de Carlos Pena Filho: “Vale apenas saber que a sorte é breve/e que a vida caminha além da sorte”.
21 outubro 2011
Cada coisa é uma coisa nas frentes partidárias
Ideologia, política e alianças partidárias
Luciano Siqueira
Frequentemente surgem críticas às coalizões partidárias, acusando-as de carecerem de unidade ideológica. Sobretudo quando se trata de amplas coalizões, como as que dão hoje sustentação ao governo Dilma Rousseff, em plano federal, e ao governo Eduardo Campos, cá na província.
Não procede. Unidade ideológica entre partidos políticos é impossível. Do contrário, não haveria diversidade no espectro partidário, mas apenas um partido. Ideologia se refere à concepção de mundo, a um ponto de vista de classe na abordagem da realidade econômica, social, cultural, política. É o lastro do fundamento teórico de um partido político, esteja isso explícito ou de certo modo velado.
Programas partidários se assentam em sua visão de mundo e em determinada compreensão da sociedade, que se pretende transformar ou conservar, conforme a orientação do partido.
Partidos mantêm seus distintos programas e ao mesmo tempo podem concertar alianças em torno de objetivos táticos, de curto e médio prazo. Alianças estão na esfera da política, e não da ideologia.
Daí porque partidos formalmente tão díspares eventualmente se congregam em torno de uma plataforma de governo – dezoito agremiações, no caso da base de apoio ao governo Dilma Rousseff. O que une neste instante da vida brasileira é o rumo do desenvolvimento do País, ressalvadas divergências, em muitos aspectos importantes, no seio da coalizão governista.
A ampla coalizão faz-se necessária para a governabilidade e para o alargamento da base social de apoio ao governo. Não supera discrepâncias sobre questões de fundo, como por exemplo, a gestão macroeconômica. Nem todos os partidos governistas concordam que se deva optar pelo câmbio subvalorizado, a redução substancial da taxa básica de juros e o controle do fluxo externo de capitais como mecanismos de destravamento do crescimento econômico. Alguns ainda resistem a essas medidas, apegados parcialmente aos interesses dos setores rentistas. Daí a unidade e a luta conviverem democraticamente como duas faces da coalizão.
Assim se dá em nosso País, onde são muitos os partidos presentes na cena política e onde ainda é pouco consistente a feição programática das diversas correntes políticas. Futuramente, com o aprimoramento do processo democrático em curso, e se houver uma reforma política que foque a atenção do eleitor em programas partidários e não principalmente em indivíduos, certamente as alianças políticas ganharão contornos mais nítidos e unitários – ressalvadas as diferenças teóricas e ideológicos dos partidos coligados.
Luciano Siqueira
Frequentemente surgem críticas às coalizões partidárias, acusando-as de carecerem de unidade ideológica. Sobretudo quando se trata de amplas coalizões, como as que dão hoje sustentação ao governo Dilma Rousseff, em plano federal, e ao governo Eduardo Campos, cá na província.
Não procede. Unidade ideológica entre partidos políticos é impossível. Do contrário, não haveria diversidade no espectro partidário, mas apenas um partido. Ideologia se refere à concepção de mundo, a um ponto de vista de classe na abordagem da realidade econômica, social, cultural, política. É o lastro do fundamento teórico de um partido político, esteja isso explícito ou de certo modo velado.
Programas partidários se assentam em sua visão de mundo e em determinada compreensão da sociedade, que se pretende transformar ou conservar, conforme a orientação do partido.
Partidos mantêm seus distintos programas e ao mesmo tempo podem concertar alianças em torno de objetivos táticos, de curto e médio prazo. Alianças estão na esfera da política, e não da ideologia.
Daí porque partidos formalmente tão díspares eventualmente se congregam em torno de uma plataforma de governo – dezoito agremiações, no caso da base de apoio ao governo Dilma Rousseff. O que une neste instante da vida brasileira é o rumo do desenvolvimento do País, ressalvadas divergências, em muitos aspectos importantes, no seio da coalizão governista.
A ampla coalizão faz-se necessária para a governabilidade e para o alargamento da base social de apoio ao governo. Não supera discrepâncias sobre questões de fundo, como por exemplo, a gestão macroeconômica. Nem todos os partidos governistas concordam que se deva optar pelo câmbio subvalorizado, a redução substancial da taxa básica de juros e o controle do fluxo externo de capitais como mecanismos de destravamento do crescimento econômico. Alguns ainda resistem a essas medidas, apegados parcialmente aos interesses dos setores rentistas. Daí a unidade e a luta conviverem democraticamente como duas faces da coalizão.
Assim se dá em nosso País, onde são muitos os partidos presentes na cena política e onde ainda é pouco consistente a feição programática das diversas correntes políticas. Futuramente, com o aprimoramento do processo democrático em curso, e se houver uma reforma política que foque a atenção do eleitor em programas partidários e não principalmente em indivíduos, certamente as alianças políticas ganharão contornos mais nítidos e unitários – ressalvadas as diferenças teóricas e ideológicos dos partidos coligados.
20 outubro 2011
Gestão política, gestão administrativa: duas avaliações distintas
Governos e governantes na hora decisiva
Luciano Siqueira
Publicado no portal Vermelho www.vermelho.org.br
Embora os atuais prefeitos corretamente se esforcem para adiar o debate sucessório até o início do ano que vem, vai se tornando incontrolável a abordagem imediata do tema. Sobretudo onde projetos partidários (legítimos) emergem com certa força, como na capital e em importantes cidades de Pernambuco, por exemplo.
Na oposição e mesmo entre partidos coligados, surgem opiniões contraditórias sobre o desempenho do governo e do governante. Tendo em vista o pleito que se aproxima, são duas coisas distintas.
Uma coisa é a avaliação da gestão, outra é o desempenho político do governante, pelo menos aos olhos da população. É possível, e tem acontecido com certa frequência, chegar ao final da gestão contabilizando muitas importantes realizações, reconhecidas pela opinião pública; e ao mesmo o tempo não conquistar as boas graças do eleitorado.
Isto observado sob ótica mais detalhada nos permite afirmar que o prefeito governa e o secretariado administra. Ou seja: a ação administrativa cabe principalmente à equipe de governo, à qual o prefeito há de delegar responsabilidades e cobrar resultados. E a condução política da gestão e da coalizão partidária que a sustenta, é papel pessoal e intransferível do governante.
É certo que ao prefeito, na esfera administrativa, cabe o controle rigoroso da execução orçamentária, para evitar que um mínimo descontrole comprometa a gestão. Um mês de desarranjo leva um ano para corrigir. Mas o dia a dia da implementação das políticas públicas e programas que conformam o conjunto da obra administrativa, não é possível ao governante controlar tudo. Sob pena de travar o governo e de comprometer sua imagem pública.
No caso particular do Recife, a Conferência Municipal do PCdoB, recém-realizada, abordou o assunto em sua Resolução Política através de palavras cuidadosas, porém certeiras: “Os comunistas consideram indispensável o imediato aprimoramento dos procedimentos políticos e administrativos, no interior do governo e da coalizão partidária, visando a conquistar maior capacidade operativa e a dar mais consistência à unidade e à coesão das forças coligadas – fatores decisivos para a satisfação das necessidades e dos anseios da população, a consolidação da atual correlação de forças favorável e à vitória eleitoral em 2012.”
Aproxima-se a hora decisiva, quando a onça vai beber água. Há tempo de aperfeiçoar o que vem dando certo e de corrigir deficiências. Se houver vontade política para tanto.
Luciano Siqueira
Publicado no portal Vermelho www.vermelho.org.br
Embora os atuais prefeitos corretamente se esforcem para adiar o debate sucessório até o início do ano que vem, vai se tornando incontrolável a abordagem imediata do tema. Sobretudo onde projetos partidários (legítimos) emergem com certa força, como na capital e em importantes cidades de Pernambuco, por exemplo.
Na oposição e mesmo entre partidos coligados, surgem opiniões contraditórias sobre o desempenho do governo e do governante. Tendo em vista o pleito que se aproxima, são duas coisas distintas.
Uma coisa é a avaliação da gestão, outra é o desempenho político do governante, pelo menos aos olhos da população. É possível, e tem acontecido com certa frequência, chegar ao final da gestão contabilizando muitas importantes realizações, reconhecidas pela opinião pública; e ao mesmo o tempo não conquistar as boas graças do eleitorado.
Isto observado sob ótica mais detalhada nos permite afirmar que o prefeito governa e o secretariado administra. Ou seja: a ação administrativa cabe principalmente à equipe de governo, à qual o prefeito há de delegar responsabilidades e cobrar resultados. E a condução política da gestão e da coalizão partidária que a sustenta, é papel pessoal e intransferível do governante.
É certo que ao prefeito, na esfera administrativa, cabe o controle rigoroso da execução orçamentária, para evitar que um mínimo descontrole comprometa a gestão. Um mês de desarranjo leva um ano para corrigir. Mas o dia a dia da implementação das políticas públicas e programas que conformam o conjunto da obra administrativa, não é possível ao governante controlar tudo. Sob pena de travar o governo e de comprometer sua imagem pública.
No caso particular do Recife, a Conferência Municipal do PCdoB, recém-realizada, abordou o assunto em sua Resolução Política através de palavras cuidadosas, porém certeiras: “Os comunistas consideram indispensável o imediato aprimoramento dos procedimentos políticos e administrativos, no interior do governo e da coalizão partidária, visando a conquistar maior capacidade operativa e a dar mais consistência à unidade e à coesão das forças coligadas – fatores decisivos para a satisfação das necessidades e dos anseios da população, a consolidação da atual correlação de forças favorável e à vitória eleitoral em 2012.”
Aproxima-se a hora decisiva, quando a onça vai beber água. Há tempo de aperfeiçoar o que vem dando certo e de corrigir deficiências. Se houver vontade política para tanto.
Bom dia, Alberto da Cunha Melo
Falar, falar
Se conviver é conversar,
esse falatório sem pausa,
onde o silêncio é mais temido
que palavrão dentro de casa,
faz da vida inteira um entulho
de vozes de bar, de barulho;
neste metralhado lugar
tão atulhado de palavras
que não se pode caminhar,
onde do corpo só a paz
do amor calado satisfaz.
Se conviver é conversar,
esse falatório sem pausa,
onde o silêncio é mais temido
que palavrão dentro de casa,
faz da vida inteira um entulho
de vozes de bar, de barulho;
neste metralhado lugar
tão atulhado de palavras
que não se pode caminhar,
onde do corpo só a paz
do amor calado satisfaz.
19 outubro 2011
Goiana é um exemplo emblemático
Desigualdades regionais e ação do Estado
Luciano Siqueira
Publicado no Blog de Jamildo 9Jornal do Commercio Online)
O desenvolvimento desigual é uma lei objetiva do sistema capitalista. Vale para toda a face da Terra, vale para cada país, região e microrregião, sob a influência de um conjunto de variáveis, de ordem objetiva ou subjetiva.
Final do século 17 e século 18, quando a indústria açucareira (nos termos em que a tecnologia da época permitia) era o setor de ponta, Pernambuco, no Nordeste, chegou ao apogeu como polo mais dinâmico da economia brasileira. Depois, com o processo de industrialização que tomou corpo principalmente no início do século 20, esse papel preponderante se transferiu para o Sudeste.
Desigualdade na distribuição espacial das atividades econômicas corresponde, em geral, a desigualdades sociais. Não há uma relação absolutamente mecânica entre uma e outra, mas tendem a caminhar juntas.
Historicamente, por outro lado, tem se revelado possível interferir no funcionamento dessa lei objetiva do desenvolvimento desigual através da ação do Estado. O Vale do Silício, nos EUA, é sempre citado como caso emblemático.
A experiência da Sudene, entre nós, durante algum tempo, teve sentido semelhante. Pela ação estatal se procurou produzir condições de alavancar o desenvolvimento econômico e social em região menos aquinhoada. O debate regional ganhou muita força no Brasil ao final dos anos 50 e início dos anos 60.
Quando da assunção do presidente Lula à chefia da Nação, esse debate ressurgiu em novas bases, consentâneas com a evolução da economia brasileira. Nos anos 70 se completara a integração de toda a economia, inclusive na esfera financeira, mantendo-se importantes desigualdades regionais agora no âmbito de uma economia única, digamos assim. Daí a formulação de uma política nacional de desenvolvimento regional – ou seja, as disparidades regionais enfrentadas a partir de uma compreensão nacional do problema.
Decisões políticas de governo, como a de localizar no Complexo Portuário de Suape uma refinaria da Petrobras, um estaleiro de grande porte e uma planta moderníssima de poliéster refletiu essa política, gerando um novo ciclo na economia pernambucana, que cresce a taxas mais elevadas do que o conjunto do País, só comparável ao Ciclo do Açúcar.
Abordagem semelhante tem sido feita pelo governo Eduardo Campos, que tem no combate às desigualdades regionais e sociais no território pernambucano uma de suas linhas programáticas. A interferência do governo estadual no sentido de situar em Goiana, na Mata Norte, a montadora da FIAT – com enormes repercussões sobre toda a região e também sobre o litoral sul da Paraíba é reflexo disso.
É revelador que já se somam quase R$ 12 bilhões em investimentos previstos para Goiana. Uma radical inversão da matriz produtiva, tradicionalmente baseada na cana-de-açúcar, que confirma o papel decisivo do Estado como indutor do desenvolvimento econômico e do combate às desigualdades regionais e sociais.
Luciano Siqueira
Publicado no Blog de Jamildo 9Jornal do Commercio Online)
O desenvolvimento desigual é uma lei objetiva do sistema capitalista. Vale para toda a face da Terra, vale para cada país, região e microrregião, sob a influência de um conjunto de variáveis, de ordem objetiva ou subjetiva.
Final do século 17 e século 18, quando a indústria açucareira (nos termos em que a tecnologia da época permitia) era o setor de ponta, Pernambuco, no Nordeste, chegou ao apogeu como polo mais dinâmico da economia brasileira. Depois, com o processo de industrialização que tomou corpo principalmente no início do século 20, esse papel preponderante se transferiu para o Sudeste.
Desigualdade na distribuição espacial das atividades econômicas corresponde, em geral, a desigualdades sociais. Não há uma relação absolutamente mecânica entre uma e outra, mas tendem a caminhar juntas.
Historicamente, por outro lado, tem se revelado possível interferir no funcionamento dessa lei objetiva do desenvolvimento desigual através da ação do Estado. O Vale do Silício, nos EUA, é sempre citado como caso emblemático.
A experiência da Sudene, entre nós, durante algum tempo, teve sentido semelhante. Pela ação estatal se procurou produzir condições de alavancar o desenvolvimento econômico e social em região menos aquinhoada. O debate regional ganhou muita força no Brasil ao final dos anos 50 e início dos anos 60.
Quando da assunção do presidente Lula à chefia da Nação, esse debate ressurgiu em novas bases, consentâneas com a evolução da economia brasileira. Nos anos 70 se completara a integração de toda a economia, inclusive na esfera financeira, mantendo-se importantes desigualdades regionais agora no âmbito de uma economia única, digamos assim. Daí a formulação de uma política nacional de desenvolvimento regional – ou seja, as disparidades regionais enfrentadas a partir de uma compreensão nacional do problema.
Decisões políticas de governo, como a de localizar no Complexo Portuário de Suape uma refinaria da Petrobras, um estaleiro de grande porte e uma planta moderníssima de poliéster refletiu essa política, gerando um novo ciclo na economia pernambucana, que cresce a taxas mais elevadas do que o conjunto do País, só comparável ao Ciclo do Açúcar.
Abordagem semelhante tem sido feita pelo governo Eduardo Campos, que tem no combate às desigualdades regionais e sociais no território pernambucano uma de suas linhas programáticas. A interferência do governo estadual no sentido de situar em Goiana, na Mata Norte, a montadora da FIAT – com enormes repercussões sobre toda a região e também sobre o litoral sul da Paraíba é reflexo disso.
É revelador que já se somam quase R$ 12 bilhões em investimentos previstos para Goiana. Uma radical inversão da matriz produtiva, tradicionalmente baseada na cana-de-açúcar, que confirma o papel decisivo do Estado como indutor do desenvolvimento econômico e do combate às desigualdades regionais e sociais.
17 outubro 2011
Retomando o PL da música
No Blog da Folha:
PL que proíbe uso de músicas discriminatórias será tema de debate
. O Projeto de Lei nº 394/2011, de autoria do deputado Luciano Siqueira (PCdoB), que proíbe o uso de recursos públicos para a contratação de artistas que em suas músicas, danças ou coreografias desvalorizem, incentivem a violência ou exponham as mulheres, os negros, as prostitutas e o segmento LGBT a situações de constrangimento, será tema de debate a ser realizado pelo Fórum Permanente da Música de Pernambuco nesta terça-feira (18), às 19h, na sede Regional do Ministério da Cultura, na Rua do Bom Jesus, 237, Bairro do Recife.
. A proposta, que tem ganhado destaque na imprensa, segue em tramitação na Assembleia Legislativa, mas o PL ainda encontra-se na Comissão de Constituição e Justiça em virtude de pedido de vista feito pelos deputados Sebastião Oliveira Junior (PR), Sílvio Costa Filho (PTB) e Daniel Coelho (PSDB).
PL que proíbe uso de músicas discriminatórias será tema de debate
. O Projeto de Lei nº 394/2011, de autoria do deputado Luciano Siqueira (PCdoB), que proíbe o uso de recursos públicos para a contratação de artistas que em suas músicas, danças ou coreografias desvalorizem, incentivem a violência ou exponham as mulheres, os negros, as prostitutas e o segmento LGBT a situações de constrangimento, será tema de debate a ser realizado pelo Fórum Permanente da Música de Pernambuco nesta terça-feira (18), às 19h, na sede Regional do Ministério da Cultura, na Rua do Bom Jesus, 237, Bairro do Recife.
. A proposta, que tem ganhado destaque na imprensa, segue em tramitação na Assembleia Legislativa, mas o PL ainda encontra-se na Comissão de Constituição e Justiça em virtude de pedido de vista feito pelos deputados Sebastião Oliveira Junior (PR), Sílvio Costa Filho (PTB) e Daniel Coelho (PSDB).
16 outubro 2011
Ataques infundados pela voz de contraventores
Altamiro Borges, em seu blog:
As fontes sinistras da revista Veja
Atacado em sua honra pela revista Veja, o ministro dos Esportes, Orlando Silva, foi rápido nas respostas. Ainda de Guadalajara, no México, onde participou da abertura dos Jogos Pan-Americano, ele solicitou que a Polícia Federal investigue as denúncias, colocou à disposição o seu sigilo fiscal e bancário e anunciou que refutará as acusações no Congresso Nacional já na próxima semana.
Revoltado com as “invenções e calúnias”, o ministro também explicitou que não vai se intimidar. Ele está decidido a mover ações judiciais e penais contra os caluniadores e estudará mecanismos para processar a Veja. “Não temo nada do que foi publicado na revista... Estou indignado, porque um bandido me acusa e eu preciso me explicar. Agora, o sentimento é de defesa da honra”.
Métodos criminosos lembram Murdoch - A revolta de Orlando Silva é compreensível. Afinal, a Veja utilizou um sujeito de biografia sinistra, “um bandido”, como fonte para sua “reporcagem”. João Dias Ferreira não apresenta qualquer prova concreta, faz apenas insinuações maldosas. No mínimo, uma revista séria – e não um pasquim partidário dos métodos criminosos do império Murdoch – averiguaria a trajetória da sua fonte.
O noticiário da mídia de meados do ano passado é farto em denúncias sobre as ações criminosas do policial João Dias, que desviou recursos do Programa Segundo Tempo para construir uma mansão e três academias de ginástica. Bastaria ao repórter da Veja ler o que publicou o jornal Correio Braziliense, em 1º de abril de 2010:
*****
Operação Shaolin prende cinco suspeitos de desviar R$ 2 milhões do Ministério dos Esportes
Por Ary Filgueira e Lilian Tahan
Cinco pessoas estão presas na Divisão Especial de Combate ao Crime Organizado (Deco) suspeitas de participar de desvio de dinheiro repassado pelo Ministério do Esporte. O policial militar João Dias Ferreira, Demis Demétrio Dias de Abreu, Flávio Lima Carmo, Miguel Santos Souza e Eduardo Pereira Tomaz foram detidos às 6h da manhã desta quinta-feira (1º/4) por agentes da Polícia Civil do Distrito Federal, numa operação chamada Shaolin, que tem a participação do Ministério Público do DF.
O grupo, que era liderado pelo PM, falsificou 49 notas frias para retirar o dinheiro repassado pelo Ministério dos Esportes a entidades sociais conveniadas com o Programa Segundo Tempo do Governo Federal. A verba aproximada, ao longo de três anos (2006/07 e 08), foi de R$ 3 milhões. O dinheiro seria destinado a programas sociais, em atividades esportivas para 10 mil atletas carentes de núcleos situados em Sobradinho, mas pouco menos de R$ 1 milhão foi realmente destinado a eles.
O derrame de verba pública saia da Federação Brasiliense de Kung-Fu (Febrak) e da Associação João Dias de Kung-Fu, Esportes e Fitness. Esta última é uma organização não-governamental e leva o nome do soldado da 10ª Companhia de Polícia Militar Independente. Ele é dono de duas academias em Sobradinho: Thisway Fitness e Wellness Ltda., usada para lavar dinheiro desviado, situada no primeiro piso do Sobradinho Shopping.
Além das academias, os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão, autorizados pela 3ª Vara Criminal de Brasília, nas residências dos acusados, entre elas, na luxuosa casa onde reside o casal João Dias e Ana Paula Oliveira de Faria, 33, também apontada como integrante da quadrilha. O imóvel do PM fica num condomínio luxuoso de Sobradinho e foi arrestado pela Justiça.
A investigação surgiu em junho de 2008 com o cumprimento de mandado de busca e apreensão no escritório de um dos apontados no esquema: o contador Minguel Santos Souza, 54, situado na 711 Norte. Na ocasião, os policiais localizaram 49 notas fiscais emitidas pelas empresas Infinita e Serviços Gerais Ltda. e JG Comércio de Alimentos Preparados e Serviços Gerais Ltda. administradas por Miguel.
Os documentos foram emitidos em favor da Febrak e da Associação João Dias de Kung-Fu. Elas descreviam a venda de kimonos da luta marcial, jogos de xadrez, dominó, dama, varetas e gêneros alimetícios no valor de R$ 1.999.850,58. Foram apresentadas na prestação de contas ao Ministério dos EsportesApós análise na Seção de Perícias Contábeis do Instituto de Criminalística da Polícia Civil, descobriram que tais notas eram consideradas frias.
Segundo a PCDF, as duas entidades receberam um total de R$ 2.962.998 milhões do convênio com o Programa Segundo Tempo do Ministérios dos Esportes. Destes, o grupo do soldado João Dias é acusado de desviar R$ 1.999.850,58 milhão. Os acusados estão detidos por força de um mandado de prisão temporária com validade de cinco dias. Mas, com o avanço das investigações, pode ser que a pena provisória dobre ou até seja comutada para uma preventiva de 30 dias.
*****
O uso de mercenários
O uso de fontes desqualificadas já virou moda na mídia nativa – que se acha acima das leis e não teme qualquer represália. No ano passado, o Jornal Nacional serviu-se do ex-presidiário Rubnei Quicoli para caluniar a candidata Dilma Rousseff. Em setembro último, em audiência na 9ª Vara Cível, o mercenário desmentiu as acusações e “pediu desculpas ao PT”. A TV Globo sequer teve a dignidade de se retratar!
Na edição desta semana, Veja usa o mesmo expediente sórdido. Neste caso, ela simplesmente requentou velhas denúncias. Na campanha eleitoral de 2010, o policial João Dias Ferreira fez campanha para a esposa do “ético” Joaquim Roriz, candidata derrotada ao governo do Distrito Federal. O caluniador não é uma pessoa isenta. Tem lado político e virou um opositor feroz do governador Agnelo Queiroz (PT).
Agora, ele ataca o ministro Orlando Silva, até como represália pelo Ministério do Esporte ter suspenso os convênios e exigido a restituição do dinheiro roubado. Dá para confiar numa fonte como esta?
As fontes sinistras da revista Veja
Atacado em sua honra pela revista Veja, o ministro dos Esportes, Orlando Silva, foi rápido nas respostas. Ainda de Guadalajara, no México, onde participou da abertura dos Jogos Pan-Americano, ele solicitou que a Polícia Federal investigue as denúncias, colocou à disposição o seu sigilo fiscal e bancário e anunciou que refutará as acusações no Congresso Nacional já na próxima semana.
Revoltado com as “invenções e calúnias”, o ministro também explicitou que não vai se intimidar. Ele está decidido a mover ações judiciais e penais contra os caluniadores e estudará mecanismos para processar a Veja. “Não temo nada do que foi publicado na revista... Estou indignado, porque um bandido me acusa e eu preciso me explicar. Agora, o sentimento é de defesa da honra”.
Métodos criminosos lembram Murdoch - A revolta de Orlando Silva é compreensível. Afinal, a Veja utilizou um sujeito de biografia sinistra, “um bandido”, como fonte para sua “reporcagem”. João Dias Ferreira não apresenta qualquer prova concreta, faz apenas insinuações maldosas. No mínimo, uma revista séria – e não um pasquim partidário dos métodos criminosos do império Murdoch – averiguaria a trajetória da sua fonte.
O noticiário da mídia de meados do ano passado é farto em denúncias sobre as ações criminosas do policial João Dias, que desviou recursos do Programa Segundo Tempo para construir uma mansão e três academias de ginástica. Bastaria ao repórter da Veja ler o que publicou o jornal Correio Braziliense, em 1º de abril de 2010:
*****
Operação Shaolin prende cinco suspeitos de desviar R$ 2 milhões do Ministério dos Esportes
Por Ary Filgueira e Lilian Tahan
Cinco pessoas estão presas na Divisão Especial de Combate ao Crime Organizado (Deco) suspeitas de participar de desvio de dinheiro repassado pelo Ministério do Esporte. O policial militar João Dias Ferreira, Demis Demétrio Dias de Abreu, Flávio Lima Carmo, Miguel Santos Souza e Eduardo Pereira Tomaz foram detidos às 6h da manhã desta quinta-feira (1º/4) por agentes da Polícia Civil do Distrito Federal, numa operação chamada Shaolin, que tem a participação do Ministério Público do DF.
O grupo, que era liderado pelo PM, falsificou 49 notas frias para retirar o dinheiro repassado pelo Ministério dos Esportes a entidades sociais conveniadas com o Programa Segundo Tempo do Governo Federal. A verba aproximada, ao longo de três anos (2006/07 e 08), foi de R$ 3 milhões. O dinheiro seria destinado a programas sociais, em atividades esportivas para 10 mil atletas carentes de núcleos situados em Sobradinho, mas pouco menos de R$ 1 milhão foi realmente destinado a eles.
O derrame de verba pública saia da Federação Brasiliense de Kung-Fu (Febrak) e da Associação João Dias de Kung-Fu, Esportes e Fitness. Esta última é uma organização não-governamental e leva o nome do soldado da 10ª Companhia de Polícia Militar Independente. Ele é dono de duas academias em Sobradinho: Thisway Fitness e Wellness Ltda., usada para lavar dinheiro desviado, situada no primeiro piso do Sobradinho Shopping.
Além das academias, os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão, autorizados pela 3ª Vara Criminal de Brasília, nas residências dos acusados, entre elas, na luxuosa casa onde reside o casal João Dias e Ana Paula Oliveira de Faria, 33, também apontada como integrante da quadrilha. O imóvel do PM fica num condomínio luxuoso de Sobradinho e foi arrestado pela Justiça.
A investigação surgiu em junho de 2008 com o cumprimento de mandado de busca e apreensão no escritório de um dos apontados no esquema: o contador Minguel Santos Souza, 54, situado na 711 Norte. Na ocasião, os policiais localizaram 49 notas fiscais emitidas pelas empresas Infinita e Serviços Gerais Ltda. e JG Comércio de Alimentos Preparados e Serviços Gerais Ltda. administradas por Miguel.
Os documentos foram emitidos em favor da Febrak e da Associação João Dias de Kung-Fu. Elas descreviam a venda de kimonos da luta marcial, jogos de xadrez, dominó, dama, varetas e gêneros alimetícios no valor de R$ 1.999.850,58. Foram apresentadas na prestação de contas ao Ministério dos EsportesApós análise na Seção de Perícias Contábeis do Instituto de Criminalística da Polícia Civil, descobriram que tais notas eram consideradas frias.
Segundo a PCDF, as duas entidades receberam um total de R$ 2.962.998 milhões do convênio com o Programa Segundo Tempo do Ministérios dos Esportes. Destes, o grupo do soldado João Dias é acusado de desviar R$ 1.999.850,58 milhão. Os acusados estão detidos por força de um mandado de prisão temporária com validade de cinco dias. Mas, com o avanço das investigações, pode ser que a pena provisória dobre ou até seja comutada para uma preventiva de 30 dias.
*****
O uso de mercenários
O uso de fontes desqualificadas já virou moda na mídia nativa – que se acha acima das leis e não teme qualquer represália. No ano passado, o Jornal Nacional serviu-se do ex-presidiário Rubnei Quicoli para caluniar a candidata Dilma Rousseff. Em setembro último, em audiência na 9ª Vara Cível, o mercenário desmentiu as acusações e “pediu desculpas ao PT”. A TV Globo sequer teve a dignidade de se retratar!
Na edição desta semana, Veja usa o mesmo expediente sórdido. Neste caso, ela simplesmente requentou velhas denúncias. Na campanha eleitoral de 2010, o policial João Dias Ferreira fez campanha para a esposa do “ético” Joaquim Roriz, candidata derrotada ao governo do Distrito Federal. O caluniador não é uma pessoa isenta. Tem lado político e virou um opositor feroz do governador Agnelo Queiroz (PT).
Agora, ele ataca o ministro Orlando Silva, até como represália pelo Ministério do Esporte ter suspenso os convênios e exigido a restituição do dinheiro roubado. Dá para confiar numa fonte como esta?
Atitutude altiva
O ministro Orlando Silva tem postura serena, firme e correta face acusações infundadas veiculadas pela Veja/Rede Globo. A verdade vencerá.
Boa tarde, Clóvis Campêlo
O caminho do poeta
Não saberia sorrir
cruzando as águas do rio,
lembrando que o poeta
por ali passou um dia.
Talvez o seu existir,
por falta de algum brio,
por medo de alguma meta,
não tenha sido alegria.
Talvez não tenha sentido
o azul claro do céu,
a brisa morna do mar,
os sons que cantam a vida;
talvez tenha preferido
da tristeza todo o véu,
o frio da noite a reinar,
a dor sangrando a ferida.
Não saberia sorrir
cruzando as águas do rio,
lembrando que o poeta
por ali passou um dia.
Talvez o seu existir,
por falta de algum brio,
por medo de alguma meta,
não tenha sido alegria.
Talvez não tenha sentido
o azul claro do céu,
a brisa morna do mar,
os sons que cantam a vida;
talvez tenha preferido
da tristeza todo o véu,
o frio da noite a reinar,
a dor sangrando a ferida.
Sugestão do poeta
A sugestão de domingo é de Carlos Drummond de Andrade: “Vamos fazer um poema/ou qualquer outra besteira”.
Uma visão da crise global
No portal da Fundação Maurício Grabois:
Europa: a saída é socorrer o “andar de baixo”
Por João Sicsu
. Só há uma saída para a Europa, fazer exatamente o contrário do que estão tentando fazer. Devem fazer o que Brasil fez em 2008/2009: socorrer o “andar de baixo”. Devem ampliar o gasto público em programas sociais, elevar salários, reduzir o imposto de renda daqueles que possuem renda mais baixa e ampliar o valor do seguro desemprego. . Dia 15 de setembro de 2008, quebrou o Lehman Brothers. O bancão estava carregado de ativos tóxicos, morreu de overdose. A crise financeira americana contaminou a sua economia real e espalhou efeitos pela Europa e pelos países em desenvolvimento. Relembrando a origem da crise: a economia americana estava crescendo por mais de 20 anos, com emprego e renda se elevando lentamente; mas, de forma contínua; os Estados Unidos tinham uma economia com baixas taxas de juros orientadas pelo Fed (o banco central americano) – o que proporcionava rendimentos inferiores aos desejados pelas instituições financeiras em suas operações tradicionais de crédito.
. Em paralelo, durante esses anos, Margareth Thatcher e Ronald Reagan patrocinavam a desregulamentação financeira e a, consequente, globalização dos mercados especulativos. Diante desse cenário, o sistema financeiro inventou o subprime financeiro. Subprime (traduzindo: abaixo dos primeiros, dos melhores) seria aquele cidadão que, avaliado por critérios rigorosos, não teria condições de contrair um empréstimo para comprar um imóvel porque tinha um emprego precário, uma renda variável e perspectivas profissionais limitadas. Mas, milhares de cidadãos sub-prime contraíram empréstimos porque se dispunham a pagar juros mais elevados aos bancos que estavam ávidos por ativos de alto rendimento, embora também representassem alto risco.
Leia o texto na íntegra http://migre.me/5VY6L
PCdoB rechaça calúnia de Veja e apoia ministro Orlando
No Vermelho:
Na edição que circula desde este sábado, dia 15, a revista Veja, sem apresentar provas, acusa o PCdoB de ter montado “uma estrutura dentro do Ministério do Esporte para desviar dinheiro público”. Diz que o ministro do Esporte Orlando Silva seria o “chefe” da suposta operação. Em entrevista a jornalistas da TV Brasil e Rede Brasil, em São Paulo, o presidente do PCdoB Renato Rabelo, no final da tarde de hoje, dia 15, rechaçou acusações contra o PCdoB e defendeu Orlando Silva.
Com uma orientação marcadamente de direita, a publicação da família Civita acostumou-se a veicular de modo sensacionalista factóides e denúncias falsas com o propósito de desmoralizar lideranças progressistas. Recentemente, o ex-ministro José Dirceu foi vítima de uma trama do gênero.
O presidente do PCdoB destaca que a resposta de Orlando Silva à Veja “foi segura e esclarecedora”. Leia abaixo mais detalhes da entrevista concedida por Renato Rabelo:
“O ministro Orlando Silva tanto através de uma nota à imprensa divulgada pelo Ministério quanto por uma entrevista coletiva concedida no México, no dia de hoje (sábado, dia 15), apresentou uma defesa nítida e firme. Seguro e convicto de que tudo não passa de calúnia e armação, ele mesmo apresentou um pedido ao ministro da Justiça para que a polícia federal investigue as denúncias apresentadas por esse caluniador, João Dias. E, mais, já no início da próxima semana, também por sua iniciativa, Orlando irá à Câmara dos Deputados para desmascarar cabalmente essa acusação leviana. O ministro nos pronunciamentos já referidos apresenta um fato, por si só, esclarecedor. Esse indivíduo João Dias firmou em 2005 e 2006 dois contratos com o Ministério do Esporte referentes ao Programa Segundo Tempo. Recebeu o dinheiro previsto no contrato e não realizou as obrigações devidas. Resultado, o ministro Orlando encaminhou um expediente ao Tribunal de Contas da União (TCU) que exige que João Dias devolva aos cofres públicos mais de 3 milhões de reais, atualizados pelos valores de hoje. Tudo indica, portanto, que esse cidadão age por vingança, por represália contra a medida moralizadora do Ministério do Esporte.”
Acusação sem prova - “A reportagem lança uma acusação caluniosa ao PCdoB de desvio de dinheiro público para caixa dois de campanha. E qual prova apresenta? Nenhuma. Não há na reportagem absolutamente nada para sustentar tão grave acusação. A revista se apoia tão somente nas palavras de João Dias que, em suas declarações, não apresenta nenhuma prova concreta. E mais. Ele é um indivíduo sem idoneidade. Ano passado foi preso, acusado por corrupção, é um soldado investigado pela própria polícia militar. Além disso, é réu em processo do Ministério Público Federal. Um esclarecimento: a reportagem repete, por várias vezes, que João Dias “é militante do PCdoB”. Não procede. Na verdade teve um vínculo efêmero com a nossa seção do Distrito Federal. Soldado da polícia militar se filiou para se candidatar em 2006 e, imediatamente, depois da eleição, conforme a legislação estipula, foi desligado de nosso Partido. Eu pergunto: é correto – com base apenas nas palavras de uma pessoa com uma trajetória como essa, com folha corrida na polícia – uma revista lançar um ataque contra a honorabilidade de um Partido como o PCdoB, com 90 anos de atuação no país? Claro que não, é uma ignomínia que não tem nada de jornalismo. Pelo contrário, é algo que afronta o direito do povo de ter uma comunicação de qualidade, com um jornalismo baseado na verdade.
Campanha orquestrada contra o PCdoB - “Desde o início do ano o PCdoB tem sido alvo de sucessivos ataques deste tipo, visando a manchar sua reputação. Usam sempre uma mesma fórmula: assacam contra lideranças do Partido que exercem responsabilidades no governo federal para, de tabela, atingir o Partido, como instituição. Em todos os casos – como este agora da matéria de Veja –, na ausência de fatos, na inexistência de provas, recorrem a um enredo falso e a testemunhas desqualificadas, sem idoneidade.
“Fico pensando que a motivação mais de fundo disso vem do campo político conservador, reacionário, que não se conforma com o fato de um partido de esquerda, como o PCdoB, a um só tempo histórico e renovado, ser uma legenda que cresce e se fortalece na sociedade brasileira. Ao que parece é uma tentativa desesperada de querer jogar o PCdoB na vala comum. Mas, não vão conseguir.
Na edição que circula desde este sábado, dia 15, a revista Veja, sem apresentar provas, acusa o PCdoB de ter montado “uma estrutura dentro do Ministério do Esporte para desviar dinheiro público”. Diz que o ministro do Esporte Orlando Silva seria o “chefe” da suposta operação. Em entrevista a jornalistas da TV Brasil e Rede Brasil, em São Paulo, o presidente do PCdoB Renato Rabelo, no final da tarde de hoje, dia 15, rechaçou acusações contra o PCdoB e defendeu Orlando Silva.
Com uma orientação marcadamente de direita, a publicação da família Civita acostumou-se a veicular de modo sensacionalista factóides e denúncias falsas com o propósito de desmoralizar lideranças progressistas. Recentemente, o ex-ministro José Dirceu foi vítima de uma trama do gênero.
O presidente do PCdoB destaca que a resposta de Orlando Silva à Veja “foi segura e esclarecedora”. Leia abaixo mais detalhes da entrevista concedida por Renato Rabelo:
“O ministro Orlando Silva tanto através de uma nota à imprensa divulgada pelo Ministério quanto por uma entrevista coletiva concedida no México, no dia de hoje (sábado, dia 15), apresentou uma defesa nítida e firme. Seguro e convicto de que tudo não passa de calúnia e armação, ele mesmo apresentou um pedido ao ministro da Justiça para que a polícia federal investigue as denúncias apresentadas por esse caluniador, João Dias. E, mais, já no início da próxima semana, também por sua iniciativa, Orlando irá à Câmara dos Deputados para desmascarar cabalmente essa acusação leviana. O ministro nos pronunciamentos já referidos apresenta um fato, por si só, esclarecedor. Esse indivíduo João Dias firmou em 2005 e 2006 dois contratos com o Ministério do Esporte referentes ao Programa Segundo Tempo. Recebeu o dinheiro previsto no contrato e não realizou as obrigações devidas. Resultado, o ministro Orlando encaminhou um expediente ao Tribunal de Contas da União (TCU) que exige que João Dias devolva aos cofres públicos mais de 3 milhões de reais, atualizados pelos valores de hoje. Tudo indica, portanto, que esse cidadão age por vingança, por represália contra a medida moralizadora do Ministério do Esporte.”
Acusação sem prova - “A reportagem lança uma acusação caluniosa ao PCdoB de desvio de dinheiro público para caixa dois de campanha. E qual prova apresenta? Nenhuma. Não há na reportagem absolutamente nada para sustentar tão grave acusação. A revista se apoia tão somente nas palavras de João Dias que, em suas declarações, não apresenta nenhuma prova concreta. E mais. Ele é um indivíduo sem idoneidade. Ano passado foi preso, acusado por corrupção, é um soldado investigado pela própria polícia militar. Além disso, é réu em processo do Ministério Público Federal. Um esclarecimento: a reportagem repete, por várias vezes, que João Dias “é militante do PCdoB”. Não procede. Na verdade teve um vínculo efêmero com a nossa seção do Distrito Federal. Soldado da polícia militar se filiou para se candidatar em 2006 e, imediatamente, depois da eleição, conforme a legislação estipula, foi desligado de nosso Partido. Eu pergunto: é correto – com base apenas nas palavras de uma pessoa com uma trajetória como essa, com folha corrida na polícia – uma revista lançar um ataque contra a honorabilidade de um Partido como o PCdoB, com 90 anos de atuação no país? Claro que não, é uma ignomínia que não tem nada de jornalismo. Pelo contrário, é algo que afronta o direito do povo de ter uma comunicação de qualidade, com um jornalismo baseado na verdade.
Campanha orquestrada contra o PCdoB - “Desde o início do ano o PCdoB tem sido alvo de sucessivos ataques deste tipo, visando a manchar sua reputação. Usam sempre uma mesma fórmula: assacam contra lideranças do Partido que exercem responsabilidades no governo federal para, de tabela, atingir o Partido, como instituição. Em todos os casos – como este agora da matéria de Veja –, na ausência de fatos, na inexistência de provas, recorrem a um enredo falso e a testemunhas desqualificadas, sem idoneidade.
“Fico pensando que a motivação mais de fundo disso vem do campo político conservador, reacionário, que não se conforma com o fato de um partido de esquerda, como o PCdoB, a um só tempo histórico e renovado, ser uma legenda que cresce e se fortalece na sociedade brasileira. Ao que parece é uma tentativa desesperada de querer jogar o PCdoB na vala comum. Mas, não vão conseguir.
A nota oficial do Ministério do Esporte
Nota à imprensa
O ministro do Esporte, Orlando Silva, pediu ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que a Polícia Federal investigue denúncias feitas pelo Sr. João Dias em entrevista à revista Veja. Orlando Silva espera com isso não deixar dúvidas sobre a falta absoluta de fundamentação das acusações feitas contra ele pelo entrevistado. “Tenho a certeza de que ficará claro de que tudo o que ele diz são calúnias”, diz o ministro do Esporte.
João Dias, por meio da Associação João Dias de Kung Fu e da Federação Brasiliense de Kung Fu, firmou dois convênios, em 2005 e 2006, com o Ministério do Esporte, para atendimento a crianças e jovens, dentro do Programa Segundo Tempo. Como não houve cumprimento do objeto, não só o Ministério determinou a suspensão dos repasses, como o ministro Orlando Silva determinou em junho de 2010 a instauração de Tomada de Contas Especial, enviando todo o processo ao TCU. O ministério exige a devolução de R$ 3,16 milhões, atualizados para os valores de hoje.
A avaliação do ministro do Esporte é de que foi esse o motivo para João Dias fazer agora acusações de desvios de verbas do Segundo Tempo por um suposto esquema de corrupção no Ministério. Orlando Silva afirma com veemência ser caluniosa a afirmação de João Dias de que houve entrega de dinheiro nas dependências do Ministério e pretende tomar medidas legais. João Dias já é réu em ação civil pública proposta pelo Ministério Público Federal, em decorrência das irregularidades na execução dos convênios denunciadas pelo Ministerio do Esporte.
Em nenhum momento, o Ministério “amenizou” qualquer comunicado a Polícia Militar, como dá a entender o Sr. João Dias em entrevista a revista. Apenas considerou o rito do devido processo legal, que estabelece o direito de defesa do acusado. O comunicado final ao Batalhão da PM explicitou exatamente o que foi a medida tomada pelo Ministério do Esporte - a instauração de Tomada de Contas do TCU e pedido de devolução de recursos e demais medidas reparatórias cabíveis contra a ONG e o Sr. João Dias.
O Programa Segundo Tempo, que atende a mais de um milhão de crianças e jovens em todo o Brasil, é permanentemente auditado pelos órgãos de controle e qualquer denúncia consistente de irregularidade é apurada. O ministro Orlando Silva, desde que assumiu o Ministério, determinou o aperfeiçoamento constante do projeto, tanto do seu alcance como da forma de celebração dos convênios para sua execução. Em setembro passado, houve uma chamada pública, e a seleção final apenas contemplou entes públicos.
O ministro do Esporte, Orlando Silva, pediu ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que a Polícia Federal investigue denúncias feitas pelo Sr. João Dias em entrevista à revista Veja. Orlando Silva espera com isso não deixar dúvidas sobre a falta absoluta de fundamentação das acusações feitas contra ele pelo entrevistado. “Tenho a certeza de que ficará claro de que tudo o que ele diz são calúnias”, diz o ministro do Esporte.
João Dias, por meio da Associação João Dias de Kung Fu e da Federação Brasiliense de Kung Fu, firmou dois convênios, em 2005 e 2006, com o Ministério do Esporte, para atendimento a crianças e jovens, dentro do Programa Segundo Tempo. Como não houve cumprimento do objeto, não só o Ministério determinou a suspensão dos repasses, como o ministro Orlando Silva determinou em junho de 2010 a instauração de Tomada de Contas Especial, enviando todo o processo ao TCU. O ministério exige a devolução de R$ 3,16 milhões, atualizados para os valores de hoje.
A avaliação do ministro do Esporte é de que foi esse o motivo para João Dias fazer agora acusações de desvios de verbas do Segundo Tempo por um suposto esquema de corrupção no Ministério. Orlando Silva afirma com veemência ser caluniosa a afirmação de João Dias de que houve entrega de dinheiro nas dependências do Ministério e pretende tomar medidas legais. João Dias já é réu em ação civil pública proposta pelo Ministério Público Federal, em decorrência das irregularidades na execução dos convênios denunciadas pelo Ministerio do Esporte.
Em nenhum momento, o Ministério “amenizou” qualquer comunicado a Polícia Militar, como dá a entender o Sr. João Dias em entrevista a revista. Apenas considerou o rito do devido processo legal, que estabelece o direito de defesa do acusado. O comunicado final ao Batalhão da PM explicitou exatamente o que foi a medida tomada pelo Ministério do Esporte - a instauração de Tomada de Contas do TCU e pedido de devolução de recursos e demais medidas reparatórias cabíveis contra a ONG e o Sr. João Dias.
O Programa Segundo Tempo, que atende a mais de um milhão de crianças e jovens em todo o Brasil, é permanentemente auditado pelos órgãos de controle e qualquer denúncia consistente de irregularidade é apurada. O ministro Orlando Silva, desde que assumiu o Ministério, determinou o aperfeiçoamento constante do projeto, tanto do seu alcance como da forma de celebração dos convênios para sua execução. Em setembro passado, houve uma chamada pública, e a seleção final apenas contemplou entes públicos.
A palavra do ministro Orlando
No Vermelho:
Orlando Silva rebate acusações de Veja
O ministro do Esporte Orlando Silva Jr. rebateu as acusações de que teria recebido propina, publicadas em matéria da revista Veja neste sábado. Ele atribui as informações da matéria a uma reação do acusador contra as ações de sua pasta, enxerga um fundo político nas declarações e acionou a Polícia Federal para investigar denúncias.
Orlando conversou com a presidente Dilma Rousseff, durante a manhã, e adiantou que gostou do que ouviu da presidente.
“Procurei a presidente quando tive a notícia de que a reportagem estava sendo feita. Mostrei os números e nossas ações para transmitir a confiança de que a nossa conduta foi correta. As impressões que ela teve é melhor vocês [jornalistas] perguntarem a ela. Mas eu fiquei muito feliz depois de ter conversado com a presidente Dilma”, disse Orlando Silva, que está em Guadalajara, no México, acompanhando a abertura dos Jogos Pan-Americanos, que aconteceu ontem (14).
O ministro também falou sobre o que está por trás das denúncias. “Talvez a melhor resposta seja dos analistas de política. São feitas especulações sobre mudanças [na pasta] por conta do crescimento do esporte. Mas a presidente Dilma tem sido apoiadora fundamental do ministério”, disse o político.
Em nota, o ministro do Esporte afirmou que já pediu ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, que coloque a Polícia Federal para investigar as denúncias feitas por João Dias. "Tenho a certeza de que ficará claro de que tudo o que ele diz são calúnias", disse o ministro na nota.
Ainda segundo a nota, João Dias, por meio da Associação João Dias de Kung Fu e da Federação Brasiliense de Kung Fu, firmou dois convênios, em 2005 e 2006, com o Ministério do Esporte, para atendimento a crianças e jovens, dentro do Programa Segundo Tempo. Como não houve cumprimento do objeto, não só o Ministério determinou a suspensão dos repasses, como o ministro Orlando Silva determinou, em junho de 2010, a instauração de Tomada de Contas Especial, enviando todo o processo ao TCU. O ministério exige a devolução de R$ 3,16 milhões, atualizados para os valores de hoje.
A avaliação do ministro do Esporte é de que foi esse o motivo para João Dias fazer agora acusações de desvios de verbas do programa. Orlando Silva afirma com veemência ser caluniosa a afirmação de João Dias de que houve entrega de dinheiro nas dependências do Ministério e pretende tomar medidas legais. João Dias já é réu em ação civil pública proposta pelo Ministério Público Federal, em decorrência das irregularidades na execução dos convênios denunciadas pelo Ministério do Esporte.
A matéria se baseia inteiramente numa entrevista do policial militar João Dias Ferreira, à revista. Ferreira foi preso em 2010 acusado de fazer parte de um suposto esquema de desvio de recursos do programa Segundo Tempo, do ministério. Ferreira disse que Orlando Silva teria comandado um esquema ilegal quando era secretário-executivo de Agnelo Queiroz, responsável pela pasta no primeiro mandato de Lula e hoje governador do Distrito Federal.
O ministro explicou que recebeu João Dias Ferreira em uma audiência a pedido do então ministro Agnelo Queiroz, sem nenhum contato depois. Orlando também ressaltou que nunca conheceu Célio Soares Pereira.
“Essa pessoa [João Dias Ferreira] tem um inquérito policial em Brasília. Dois convênios foram firmados por ele [com o Segundo Tempo]. A prestação de contas revelou que o objeto não foi cumprido. Nós fizemos diligências para ela prestar contas. Na medida em que não foram apresentadas, fizemos a tomada de contas especial, que leva o caso para o TCU”, afirmou Orlando Silva, que disse que sua equipe recebeu ameaças dos acusadores antes da publicação da reportagem.
Orlando Silva rebate acusações de Veja
O ministro do Esporte Orlando Silva Jr. rebateu as acusações de que teria recebido propina, publicadas em matéria da revista Veja neste sábado. Ele atribui as informações da matéria a uma reação do acusador contra as ações de sua pasta, enxerga um fundo político nas declarações e acionou a Polícia Federal para investigar denúncias.
Orlando conversou com a presidente Dilma Rousseff, durante a manhã, e adiantou que gostou do que ouviu da presidente.
“Procurei a presidente quando tive a notícia de que a reportagem estava sendo feita. Mostrei os números e nossas ações para transmitir a confiança de que a nossa conduta foi correta. As impressões que ela teve é melhor vocês [jornalistas] perguntarem a ela. Mas eu fiquei muito feliz depois de ter conversado com a presidente Dilma”, disse Orlando Silva, que está em Guadalajara, no México, acompanhando a abertura dos Jogos Pan-Americanos, que aconteceu ontem (14).
O ministro também falou sobre o que está por trás das denúncias. “Talvez a melhor resposta seja dos analistas de política. São feitas especulações sobre mudanças [na pasta] por conta do crescimento do esporte. Mas a presidente Dilma tem sido apoiadora fundamental do ministério”, disse o político.
Em nota, o ministro do Esporte afirmou que já pediu ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, que coloque a Polícia Federal para investigar as denúncias feitas por João Dias. "Tenho a certeza de que ficará claro de que tudo o que ele diz são calúnias", disse o ministro na nota.
Ainda segundo a nota, João Dias, por meio da Associação João Dias de Kung Fu e da Federação Brasiliense de Kung Fu, firmou dois convênios, em 2005 e 2006, com o Ministério do Esporte, para atendimento a crianças e jovens, dentro do Programa Segundo Tempo. Como não houve cumprimento do objeto, não só o Ministério determinou a suspensão dos repasses, como o ministro Orlando Silva determinou, em junho de 2010, a instauração de Tomada de Contas Especial, enviando todo o processo ao TCU. O ministério exige a devolução de R$ 3,16 milhões, atualizados para os valores de hoje.
A avaliação do ministro do Esporte é de que foi esse o motivo para João Dias fazer agora acusações de desvios de verbas do programa. Orlando Silva afirma com veemência ser caluniosa a afirmação de João Dias de que houve entrega de dinheiro nas dependências do Ministério e pretende tomar medidas legais. João Dias já é réu em ação civil pública proposta pelo Ministério Público Federal, em decorrência das irregularidades na execução dos convênios denunciadas pelo Ministério do Esporte.
A matéria se baseia inteiramente numa entrevista do policial militar João Dias Ferreira, à revista. Ferreira foi preso em 2010 acusado de fazer parte de um suposto esquema de desvio de recursos do programa Segundo Tempo, do ministério. Ferreira disse que Orlando Silva teria comandado um esquema ilegal quando era secretário-executivo de Agnelo Queiroz, responsável pela pasta no primeiro mandato de Lula e hoje governador do Distrito Federal.
O ministro explicou que recebeu João Dias Ferreira em uma audiência a pedido do então ministro Agnelo Queiroz, sem nenhum contato depois. Orlando também ressaltou que nunca conheceu Célio Soares Pereira.
“Essa pessoa [João Dias Ferreira] tem um inquérito policial em Brasília. Dois convênios foram firmados por ele [com o Segundo Tempo]. A prestação de contas revelou que o objeto não foi cumprido. Nós fizemos diligências para ela prestar contas. Na medida em que não foram apresentadas, fizemos a tomada de contas especial, que leva o caso para o TCU”, afirmou Orlando Silva, que disse que sua equipe recebeu ameaças dos acusadores antes da publicação da reportagem.
Assinar:
Postagens (Atom)