Uma crítica enviesada
Luciano Siqueira
Óbvio que a automação
tem subtraído postos de trabalho na produção de mercadorias e de serviços ao
longo de décadas.
Mas ainda com o
advento da inteligência artificial.
Isto sob crítica
generalizada, sobretudo da parte dos que perdem oportunidades de trabalho ou se
sentem ameaçados.
Porém em geral os críticos abstraem a
variável modo de produção capitalista, cuja lógica em todas as dimensões é a
busca sem limites do lucro máximo. Daí porque a tecnologia ao invés de
facilitar a vida da maioria promove a exclusão.
Na crítica indignada,
porém rasteira, uma espécie de retorno à primeira revolução industrial, quando o proletariado, ainda em estado de consciência meramente espontânea, dirigia a sua revolta
contra as máquinas, e não contra os proprietários delas, seus patrões.
Ora, ciência,
tecnologia & inovação são frutos do trabalho humano e produzem avanços
fantásticos que poderiam beneficiar a vida da totalidade dos habitantes do
planeta — da plena alimentação à economia de esforços físicos nas atividades
laborais e de sobrevivência cotidiana. Isto se não fossem parte das forças
produtivas controladas pelos monopólios detentores do capital.
Então, o smartphone,
tão criticado pelo uso aparentemente exaustivo que cada indivíduo dele faz no
cotidiano, não é exatamente o problema – ainda que milhões de usuários se viciem
diante da telinha - e sim um instrumento de facilitação da comunicação e do
acesso às informações nas mais diversas áreas do conhecimento e de nossas
atividades cotidianas.
Em suma, não são os
equipamentos os nossos inimigos; são os detentores do capital que monopolizam a
produção, a posse e a exploração desses equipamentos.
Um terço das escolas do mundo não tem acesso a água
potável e saneamento básico https://bit.ly/3T8g2bm
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