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24 março 2023
Palavra de poeta: Marcelo Mario de Melo
AS BORBOLETRAS Marcelo Mário de Melo* Muito verso sem poesia muita poesia no ar. Muita vitrine atraente sem estoque a ofertar. Caneta com pouca tinta e teclado a encalhar. Inspiração de robô aplicativo a letrar. Mas na vida soberana as borboletras voando nas raízes e nos sumos se metamorfoseando em novos e velhos viços as asas ardorejando às trilhas da invenção o poeta arrastando. Nas nuvens borboletradas o natural o estranho o comum delimitado o espanto sem tamanho uma maravilhação o imenso e o tacanho a alegria a dor o medo a perda o ganho. Cavalgando as borboletras voando nas asas delas nos espaços que desvendam suas portas e janelas altos e baixos da vida maravilhas e sequelas a glória e a desgraça fecundando coisas belas. Bater asas de beleza das borboletras é o dom mesmo ante coisas sofridas o branco o negro o marrom doce amargo agridoce treva nuvem e baton. Os voos das borboletras nunca saem desse tom. [Ilustração: pintura rupestre] *Jornalista, poeta
A indiferença nas relações
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