01 dezembro 2006

PMDB aprova participação no governo de coalizão de Lula

No G1: O Conselho Nacional do PMDB aprovou nesta quinta-feira (30) a proposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que o partido integre o governo de coalizão no segundo mandato petista. Com a decisão do Conselho, o partido adere em bloco ao governo e não apenas em parte, como no primeiro mandato de Lula. Clique para assistir ao vídeo.

Participam do conselho integrantes do PMDB que já assumiram alguma função política em nome do partido: ex-presidentes da República, do Senado, da Câmara, governadores e ex-governadores, líderes e ex-líderes no Congresso, e o atual presidente do Senado, Renan Calheiros (AL). Ao todo, são 65 membros.

A aprovação ocorreu por aclamação da maioria do conselho. A exceção foi o senador recém-eleito Jarbas Vasconcelos (PE), que registrou voto contrário.

O presidente do PMDB, deputado federal Michel Temer, telefonou na tarde desta quinta para o ministro Tarso Genro, a fim de informá-lo sobre a decisão do partido. Tarso respondeu que ligaria para o presidente Lula, que está na África.

O clima era de unidade na reunião, realizada no auditório Petrônio Portella, no Senado. Sentaram-se à mesma mesa, no comando do encontro, Temer, Renan Calheiros, o senador José Sarney (AP), o ex-governador paulista Orestes Quércia, os governadores do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, e de Santa Catarina, Luiz Henrique, o senador recém-eleito Jarbas Vasconcelos (PE), entre outros.

"O que nos leva a apoiar essa proposta de coalizão é a disposição do presidente de Lula de fazer empenhos fundamentais para o crescimento do país", afirmou Quércia, em discurso.

A cena seria considerada impossível há alguns meses, quando o próprio Quércia, além de Temer, Rigotto e Luiz Henrique eram contra a participação do PMDB no governo Lula e defendiam uma candidatura própria à presidência da República, contra a aliança de Renan e Sarney com Lula.

Temer chegou a apoiar Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à presidência, no segundo turno. Convidado para uma reunião com Lula após as eleições, o presidente do partido recuou e deu sinais de que aceitaria defender o apoio do PMDB ao governo.

Aliado fiel de Lula, Sarney comemorou em seu discurso o resultado do encontro. "Nunca vi nesses anos todos do PMDB uma reunião como esta, em um partido de divisões e tensões, um ambiente que confluísse para o mesmo objetivo", disse.

"Desejava sempre que estivesse comigo todo o partido em conjunto. O presidente Lula quer que participemos do governo, sem que isso signifique submissão. Estamos fazendo coalizão com o presidente da República e não com o PT. Eu acredito no presidente Lula", ressaltou Sarney.

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