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Ano Novo: vida nova!
Na primeira coluna de 2012, o antropólogo Luiz Fernando Dias Duarte fala sobre os sentidos das festas de fim de ano no Ocidente, que envolvem simbolismos diversos ligados à angústia com o passar do tempo, à ameaça da morte e à renovação da vida.
. Janeiro é um mês propício para tratar do sentido das complexas práticas que nos acompanham nas chamadas festas de fim de ano. O Natal e a festa do réveillon são o ponto alto de um ciclo mais amplo de rituais em que a grande questão da fugacidade do tempo é tematizada.
. Os nascimentos de Cristo e do Ano Novo são a face benfazeja de uma inquietação mais ampla com a continuidade da vida, que se pode considerar iniciada em fins de outubro e princípios de novembro, com o Dia das Bruxas (Halloween) e o Dia dos Mortos, passando pelo Dia de São Nicolau e pelo Dia de Reis e se estendendo até o carnaval e a consequente quaresma.
. É forte o simbolismo cristão no nível mais explícito desse longo ciclo, mas a sequência se alimenta de outras fontes de significado, algumas de muito longo curso histórico, outras bem mais recentes.
. São muitas as análises históricas que sublinham o enraizamento dessas comemorações nos rituais da Saturnália romana, ocupadas pelo cristianismo com a nova referência simbólica do nascimento do Deus Filho. Esses rituais eram os mais intensos do ciclo anual romano, envolvendo um clima festivo de liberação da ordem social, de inversão das relações hierárquicas, de intensa troca de banquetes, visitas e presentes.
. A celebração se estendia ao longo de dezembro e antecedia imediatamente o dia do solstício de inverno (no hemisfério norte), considerado o Dies Natalis do Sol Invictus (o dia de nascimento do sol invicto), início do novo ano, em cuja homenagem se acendiam numerosas velas de cera.
. Leia a matéria na íntegra http://goo.gl/e7FJu
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