01 outubro 2025

Palavra de poeta

Se as minhas mãos pudessem desfolhar
Federico García Lorca      

Eu pronuncio teu nome
nas noites escuras,
quando vêm os astros
beber na lua
e dormem nas ramagens
das frondes ocultas.
E eu me sinto oco
de paixão e de música.
Louco relógio que canta
mortas horas antigas.

Eu pronuncio teu nome,
nesta noite escura,
e teu nome me soa
mais distante que nunca.
Mais distante que todas as estrelas
e mais dolente que a mansa chuva.

Amar-te-ei como então
alguma vez? Que culpa
tem meu coração?
Se a névoa se esfuma,
que outra paixão me espera?
Será tranqüila e pura?
Se meus dedos pudessem
desfolhar a lua!!


[Ilustração: Pino Daeni]

Leia também: "O homem vivo", poema de Lêdo Ivo https://lucianosiqueira.blogspot.com/2025/08/palavra-de-poeta_9.html 

Postei nas redes

No futebol brasileiro, a polêmica persiste: melhor gramado natural ou sintético? É simples: optemos pelo natural - como na Europa - e saudemos a Natureza. E restauremos o verdadeiro futebol brasileiro! 

Futebol: estratégia e arte https://lucianosiqueira.blogspot.com/2025/08/futebol-estrategia-e-arte.html 

Arte é vida

 

John William Waterhouse

Leia "Olho de lince", um poema de Waly Salomão https://lucianosiqueira.blogspot.com/2025/09/palavra-de-poeta_24.html