Deslocada no tempo
Silvia Reis* (a propósito do poema “Todas
as cartas de amor são ridículas”, de Fernando Pessoa)
Eu nunca recebi uma carta de amor.
Acho que nasci no tempo das mensagens curtas e sentimentos líquidos.
Ah! Mas lembro de ter escrito
várias cartas de amor para muitas pessoas que amei ou que ainda amo.
Apesar de ter nascido na época dos
descartáveis, sempre tive um pé no século passado. Sempre achei que eu vivia
deslocada no tempo.
Agora, entendo porque sempre me
achei ridícula.
.
*Professora, apaixonada pela
poesia de Pablo Neruda
Leia mais sobre temas da atualidade:
http://migre.me/kMGFD
Nenhum comentário:
Postar um comentário