Independência, como assim?
Luciano
Siqueira
E eis que a Folha de S. Paulo também critica, em editorial, a postura assumida pela Meta, proclamada publicamente pelo seu presidente, Mark Zuckerberg, de liberar geral conteúdos postados em suas redes, em nome de suposta liberdade de expressão e para selar seu compromisso com Donald Trump.
O jornal fala em "independência", que seria uma condição
essencial (sic) da imprensa, a que a poderosa big tech norte-americana não quer
se sujeitar.
Independência de quê, afinal, se a própria Folha reverbera
cotidianamente, no seu formato impresso e pela via digital, posição de clara
submissão aos interesses e ao ideário do capital financeiro, numa espécie de
neoliberalismo ao modo vira-latas.
Como bem assinala o manifesto da Coalizão Direitos na Rede, "já
é notável ao redor do mundo serem falhas as Políticas de Moderação de conteúdo
das redes da Meta, dando margem a práticas de violência de gênero, afetando a
proteção de crianças e adolescentes, crescimento de grupos que propagam
discurso de ódio e desinformação, além de outras violações de direitos
humanos."
E a extrema direita, como se tem comprovado mundo
afora, faz uso indiscriminado das redes para difundir ideias neofascistas,
confundir maiorias e disputar o poder político.
Esta é a questão nodal a que não se refere o editorial
da Folha de S. Paulo justamente para não cair em confissão de culpa.
O que Zuckerberg adota escancaradamente
E é o que faz o concorrente mega empresário proprietário do X, Elan
Musk: em nome da “liberdade de expressão”, utiliza o mecanismo da algoritmização
para difundir largamente conteúdos distorcidos ou abertamente falsos como
instrumento da luta política.
Leia: Entidades lançam manifesto contra retrocessos da Meta https://lucianosiqueira.blogspot.com/2025/01/coalizao-de-direitos-na-rede.html
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