Na Folha de São Paulo de hoje, CLAUDIO BEATO, professor do Departamento de Sociologia da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e coordenador do Crisp (Centro de Estudos em Criminalidade e Segurança Pública), da mesma universidade, discute em artigo na seção Tendências/Debates intitulado “As armadilhas explosivas da segurança pública”, a questão da violência criminal a partir de uma abordagem abrangente. Vale a pena ler para refletir sobre o assunto.
Veja esse trecho do artigo:
Estamos em um novo patamar do crime, sem dúvida, embora não esteja muito claro se de ação dessas quadrilhas ou se de reação. A estratégia puramente repressiva, seja fora, seja no interior das prisões, é uma das causas desse tipo de movimento, tal como atestam reiteradamente suas lideranças em vários de seus comunicados. Trata-se de uma espécie de lei da ação e reação newtoniana aplicada à criminologia, segundo a qual bandidos, diante da inexorabilidade de seus destinos, reagem com a virulência e a ousadia dos que não têm nada a perder. Poderia ser pior. E será, se não soubermos desarmar os diversos gatilhos espalhados no interior das agências de nossa Justiça criminal, na forma de desenvolvimento que adotamos para nossos centros urbanos, e na maneira como estamos tratando nossos jovens e adolescentes. Sobretudo se continuarmos com a politização e troca leviana de acusações entre os diversos níveis de governo, que tentam ocultar uma mal disfarçada e inconfessável falta de imaginação para lidar de forma responsável com a grave situação da segurança pública em nosso país.
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