No G1: Parlamentares garantiram apoio nas votações e disseram que seria "deselegante" pedir outros postos além do Ministério do Turismo, ocupado atualmente pelo partido.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou boa parte da manhã desta quinta-feira (23) reunido com a atual e a futura bancadas do PTB no Congresso para garantir o apoio do partido no segundo mandato.
O partido, entretanto, não foi convidado para integrar a coalizão de governo, como ocorreu com o PMDB no dia anterior. "O partido garante apoio ao presidente Lula no painel (de votações). Nós já temos um ministro no governo. Esse é o nosso espírito. Seria muito deselegante expressarmos a nossa parceria, a nossa vontade de servir pedindo cargos", afirmou o líder do PTB na Câmara, José Múcio (PE).
Estiveram com o presidente, além da atual bancada, deputados e senadores eleitos, suplentes e simpatizantes do partido, segundo o relato de Múcio. O encontro teve duração de pouco mais de uma hora e meia.
O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) afirmou que o convite para integrar a coalizão de governo não foi feito por ser uma questão institucional do partido e não para a bancada. "Tem que haver uma decisao do partido sobre a coalizão. O que houve nesta reunião foi a bancada do PTB manifestar o apoio ao presidente Lula", afirmou Tarso. Segundo o ministro, deputados e senadores podem ter influência no governo independentemente da orientação partidária. O presidente da sigla, o deputado cassado Roberto Jefferson, autor da denúncia que gerou o escândalo do mensalão, é contrário à coalizão e defende que o partido mantenha-se independente do governo. Segundo o ministro, 20 dos 22 deputados eleitos pelo PTB manifestaram apoio ao presidente Lula.
Apoio congressual - O líder petebista saudou a iniciativa de Lula de construir uma base sólida através de apoios institucionais e voltou a afirmar que o partido não deseja mais cargos no primeiro escalão do governo além do Ministério do Turismo, ocupado por Walfrido Mares Guia.
"O governo terá uma relação com o Parlamento diferente da que teve no primeiro mandato, que não foi uma experiência exitosa", afirmou Múcio. A agenda mínima com os sete pontos do futuro governo que foi entregue ao PMDB e ao PT na quinta-feira e será repassado ao PCdoB e PSB não chegou às mãos dos petebistas.
Lula pediu esforço da bancada do partido para aprovar as propostas de interesse do governo no Congresso e ouviu do líder que na quarta-feira a maioria da bancada votou favoravelmente ao Fundo de Desenvolvimento e Manutenção da Educação Básica (Fundeb) e à Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas. “O nosso desafio é destravar o país e esse é o nosso apoio ao presidente Lula”, sintetizou o líder.
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