Tendo como base os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2006, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) produziu o documento Hierarquia e Desigualdade Salarial na Administração Pública Brasileira, tornado público ontem. Um retrato da desigualdade: a diferença entre o menor e o maior salário no Brasil é de 1.714 vezes.
O economista Márcio Porchmann, o presidente do IPEA, compara esse dado com a diferença máxima verificada nos países em desenvolvimento que é de 20 vezes, segundo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Entre as empresas privadas, o maior salário registrado pelo estudo foi de R$ 120 mil, de um dirigente na Região Sudeste, onde também foi localizado o menor, de R$ 70 mensais, recebido por um trabalhador do setor de serviços.
No setor público, a diferença é de 187 vezes, com o maior salário em R$ 28 mil e o menor, de R$ 175.
A constatação vale como referência para uma política de desenvolvimento que efetivamente distribua renda e reduza a desigualdade social no país.
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