Noticia hoje a Folha de S. Paulo que o ministro da Justiça, Osmar Serraglio (PMDB), ligado
aos grandes proprietários de terra, teve sua agenda dominada por ruralistas e
alvos da Lava Jato em seus 55 dias de mandato.
Foram cem audiências com integrantes da Frente Parlamentar da
Agropecuária e com políticos investigados. Não houve nenhum encontro com
representantes indígenas, por exemplo.
Além de ter a Funai (Fundação Nacional do Índio) como subordinada,
a pasta tem papel decisivo no processo de demarcação de terras, reivindicação
que se intensificou no governo de Michel Temer e tem provocado conflitos nas últimas semanas. Os ruralistas são
adversários históricos dos índios em conflitos agrários.
Segundo levantamento feito pela Folha,
dos 305 encontros oficiais marcados, 82 foram com ruralistas e 18 foram com
deputados e senadores que entraram na lista do ministro Edson Fachin, relator
da Lava Jato no Supremo.
Nem precisa perguntar sobre os compromisso de classe e a
parcialidade do ministro. Está na cara – e na agenda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário