04 outubro 2006

Bom dia, Boris Pasternak


Vento

Eu acabei e tu estás viva.
E o vento, queixando-se e chorando,
abana a casa e as árvores em volta.
Não cada pinheiro isoladamente,
mas todas as árvores juntas
de todos os infinitos distantes,
como navios ao sabor das corretntes
nas baías brilhantes ancorados.
E isso não por audácia
ou por frenesia insensata,
mas para na melancolia encontrar as palavras
para a tua canção de embalar.

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