O grito da terra
Governo democrático tem disso. E é bom que tenha. A pressão popular é um elemento indispensável a que o governo avance e determinadas decisões possam ser plenamente implementadas.
Começa hoje em Brasília o Grito da Terra, organizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag). Aproximadamente 2,5 mil trabalhadores, líderes sindicais e agricultores familiares devem tomar parte. Eles serão recebidos por ministros e pelo próprio presidente Lula, até quarta-feira próxima.
A pauta de reivindicações é ampla. São 160 itens, em que se sobressaem o assentamento de 1 milhão de famílias até o fim deste ano e a atualização dos índices de produtividade, usado para determinar se uma área está ou não apta a ser desapropriada.
A questão agrária no Brasil continua atual. Com alterações significativas, é verdade, tala expansão dos grandes empreendimentos capitalistas no campo, reduzindo relativamente o espaço para a reforma agrária distributiva.
O Grito da Terra chama a atenção, uma vez mais, para o problema. Ora, se é certo que o crescimento econômico dá passos adiante, é preciso incluir os que vivem do próprio trabalho na agricultura entre os beneficiários desse crescimento.
2 comentários:
Numa sociedade democrática, todos os setores da sociedade devem ter voz altiva e ouvida. O Grito da Terra é um ato democrático e os trabalhadores rurais merecem ser ouvidos pelo governo federal.
Wallace
O Grito da Terra precisa ser ouvido. Devia ter também um "grito" para muitas oitras coisas erradas que devem ser concertadas no Brasil.
Henrique
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